Reformulação do Conceito Estratégico da NATO: A Experiência e a Mudança. Reordenar a Segurança do Ocidente
A NATO, a maior aliança político-militar da História, garantiu a segurança do espaço geográfico da região do Atlântico Norte durante quarenta anos e ganhou a guerra-fria.
Sem inimigo, o Ocidente desarmou, particularmente os países europeus, e ressurgiu o espaço geopolítico anterior à guerra-fria, com a reunificação da Alemanha. A NATO avançou para Leste, integrando países do antigo bloco soviético, sem cuidar da sua solidez militar. Pretendeu-se que fosse o “polícia” do mundo e passou a poder actuar “fora de área”, projectando forças para qualquer parte. Mas a Rússia recuperou, fez parar o alargamento e criou condições para disputar zonas de influência à NATO.
Face às ameaças actuais, indefinidas - diferentes da que a NATO derrotou - que, além de respostas militares, exigem respostas de âmbito político, económico, social, ideológico, mediático, etc., a NATO entrou em crise.
Propõe-se: regressar à região geográfica do Atlântico, pôr fim à NATO polícia do mundo, e articulá-la com sistemas de segurança em formação do Atlântico Sul (América do Sul e África), para garantir a estabilidades e desenvolvimento da região geopolítica atlântica.