Nº 2565 - Outubro de 2015

2565 - Outubro de 2015
Editorial
General
José Luiz Pinto Ramalho

Tem sido uma constante, quando se reflecte sobre a conjuntura estratégica internacional actual, a referência a ”uma nova ordem internacional”, cuja característica principal é a incerteza, para além dos riscos diversificados e multifacetados e conflitos abertos, a nível mundial, com que a estabilidade e a paz se vêem, diariamente confrontadas. Podemos afirmar por extensão e constatação da realidade objectiva, que a incerteza é, na atualidade, também uma característica predominante na Europa. (...)

Análise dos conflitos atuais, ameaças, riscos e prospectivas
General
José Alberto Loureiro dos Santos

Procurando analisar os conflitos que decorrem na atualidade, o autor classifica as atitudes da Turquia – dando provas de pretender disputar a hegemonia regional com o Irão e a Arábia Saudita – e da Rússia – demonstrando intenções de intervir nos estados da sua periferia – como potenciais focos de instabilidade para o ocidente, a par das ameaças que resultam das movimentações de refugiados provenientes de África.

O decréscimo demográfico, a radicalização dos jovens europeus, a crise financeira e os separatismos dentro da União Europeia (UE), completam o quadro das ameaças a que urge dar resposta, de forma a garantir a coesão da UE e da própria OTAN.

Da legitimidade da guerra ao “mito” da solução política – África portuguesa 1961-1974
Tenente-coronel PilAv
João José Brandão Ferreira

Partindo da questão sobre a legitimidade da posse portuguesa das províncias ultramarinas, são apresentadas as razões históricas que assistiram a Portugal para estar presente politicamente e para defender aqueles territórios, durante quase 600 anos.

A perda daquelas parcelas fora da Europa foi devida, segundo o autor, a uma conjugação de interesses internacionais do capitalismo apátrida e do marxismo internacionalista, mas, sobretudo, por falhas do poder estatal a que, recorrentemente, se designou por “solução política”.

Dor Muscular Tardia e Oxigenoterapia Hiperbárica
Capitão-tenente
Moisés Alexandre dos Santos Henriques

A dor muscular tardia ocorre na sequência de lesão muscular induzida pelo exercício e afeta a recuperação dos desportistas com impacto negativo na capacidade de treino e competição. A oxigenoterapia hiperbárica consiste na administração de oxigénio puro em ambiente com pressão superior à atmosférica. Este trabalho pretende coligir as evidências de eficácia da oxigenoterapia hiperbárica no tratamento da dor muscular tardia.

A escassa produção científica sobre este tema, aliada às limitações metodológicas dos estudos existentes, resulta numa evidência insuficiente para a utilização da oxigenoterapia hiperbárica na dor muscular tardia. Ainda assim, esta situação clínica é uma problemática atual que motiva mais e melhor investigação.

As Memórias do Capitão António Joaquim Henriques – Recordações da Grande Guerra de 1914-1918 (III)
Mestre
Luís Miguel Pulido Garcia Cardoso de Menezes
Dr.
Emanuel Luís de Oliveira Morão Lopes da Silva

O artigo tem por base as «Memórias» manuscritas do então alferes António Joaquim Henriques, que participou na Revo1ução de 5 de Outubro de 1910 e na I Guerra Mundial, em França. O próprio afirma mesmo que são alguns apontamentos sobre a sua participação, no Regimento de Infantaria nº 16, na Revolução em que foi proclamada a República, e sobre a Grande Guerra de 1914-1918, na qual tomou parte como comandante de um pelotão da 2ª Companhia do Bata1hão do Regimento de Infantaria nº 28, Figueira da Foz (26-2-1917 a 11-11-1918).

O documento inicia-se pelo relato do primeiro conflito mundial mas, por razões cronológicas, principiamos pela narrativa dos acontecimentos que levaram à instauração da Repúb1ica. Parece-nos de extrema importância o testemunho dum oficial que participou ativamente em dois acontecimentos, um de cariz nacional (1910) outro de cariz mundial (1914-1918) e que de certo modo vieram alterar o regime político em Portugal e o panorama internacional.

Balanço entre mérito e nobreza no provimento de um importante cargo militar no reinado de D. João II
Prof.
Eduardo Romano de Arantes e Oliveira

Num artigo ricamente documentado é percorrida a genealogia de João Arantes, Condestável dos Espingardeiros do Reino e seus senhorios, desde a sua origem de “homem bom” até ao prestígio social adquirido, desde a Idade Média, associado, sobretudo, à carreira das armas.

Crónicas Militares Nacionais
Coronel
Nuno Miguel Pascoal Dias Pereira da Silva
  • Treino de Simuladores de Carros de Combate, em Espanha;
  • Participação da Marinha na agência europeia FRONTEX;
  • Visita a Portugal do 127º Curso do NATO Defense College;
  • Transferência de Autoridade Nacional;
  • Reunião de Ministros da Defesa de 8 de Outubro;
  • Condecoração do Coronel Tirocinado Comando Raúl Folques;
  • Elemento de Defesa Biológica, Química e Radiológica do Exército ativado pela Autoridade Nacional de Proteção Civil.
1415 - A Conquista de Ceuta

O relato empolgante da última grande vitória de D. João I

JOÃO GOUVEIA MONTEIRO

ANTÓNIO MARTINS COSTA

Esta obra, da autoria de dois especialistas em História Medieval, procura relatar aquela que foi uma das mais extraordinárias campanhas militares da coroa portuguesa, durante a Idade Média.

Major-general
Manuel António Lourenço de Campos Almeida
Ceuta 1415 - Seiscentos anos depois

LUÍS MIGUEL DUARTE

O autor deste Ceuta 1415, Seiscentos anos depois principia a sua obra declarando que se tem investido demasiado no esclarecimento das causas da expedição e menos no estudo das estratégias e das táticas militares usadas por ambas as partes, e que também se tem dado pouca atenção ao estudo da situação política que se vivia nos reinos de Marrocos e à compreensão da história da cidade desde a sua fundação.

Major-general
Manuel António Lourenço de Campos Almeida
Uma Lança em África - História da conquista de Ceuta

PAULO DRUMOND BRAGA

No dia 21 de agosto de 1415, por volta das seis da manhã, um exército português, comandado por D. João I, desembarcou em Ceuta e conquistou a cidade. Ao lado do rei seguiam os seus filhos mais velhos D. Duarte, D. Pedro e D. Henrique, que viam nesta expedição um palco mais digno e honroso para serem armados cavaleiros do que um simples torneio.

Major-general
Manuel António Lourenço de Campos Almeida
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