A globalização da economia mundial e a crescente interconectividade das infra-estruturas de informação dos Estados geraram uma nova fonte de vulnerabilidades.
Durante os últimos 40 anos, com o acelerado crescimento da utilização da Internet, temos vindo a assistir a uma alteração significativa tanto ao nível da natureza das ameaças como ao dos ataques maliciosos dirigidos contra os sistemas interligados em rede. Estes sistemas e as suas componentes estruturais (computadores, redes, programas e dados), integrando as infra-estruturas de informação dos Estados, construíram um mundo virtual a que atribuímos a designação de ciberespaço.
Os movimentos terroristas podem utilizar a Internet para comunicar e coordenar as suas acções, de forma a facilitar a condução das tradicionais formas de terrorismo, mas também podem utilizar o ciberespaço para atacar infra-estruturas críticas, vitais para a sobrevivência das “sociedades da era da informação”.
Dependendo da sua natureza e do nível estimado de disrupção social, a ocorrência de ataques de elevada intensidade contra as infra-estruturas críticas de um Estado, pode hoje configurar actos de ciberterrorismo. Este artigo analisa o conceito de ciberterrorismo, o seu potencial disruptivo e procura delinear uma abordagem possível para a minimização dos seus riscos.
Palavras-Chave:
Ciberespaço, terrorismo, ciberterrorismo, infra-estrutura de informação, ataque de informação, risco social, segurança da infra-estrutura nacional de informação.