O artigo tenta fazer um ponto de situação, não exaustivo, das principais teorias que se constituíram à volta do tema da nacionalidade e percurso de Cristóvão Colom, celebrado “descobridor” da América - quando, oficialmente, se dirigia à Índia - no ano em que se perfazem 500 anos da sua morte em Valadolide.
Estranha-se que os múltiplos enigmas históricos ligados a este grande vulto e que têm um especial interesse para Portugal, não sejam melhor investigados pela historiografia nacional e, até, da ostracização a que são votados aqueles que tentam aprofundar determinados assuntos, sobretudo quando não são coincidentes com a “verdade” oficial.
Esta “verdade” parece ser assumida, tacitamente e em resumo, tanto a nível político, como a nível académico, da seguinte forma:
A Itália fica com a honra de lhe ter servido de berço; a Espanha honra-se de o ter tido ao seu serviço; e aos portugueses cabe o mérito de lhe terem ensinado tudo (ou parte), do que ele sabia.
Neste equilíbrio, politicamente correcto, sai Portugal a perder (como quase sempre...), sem que quase ninguém se moleste muito com isso.
Aproveitando as importantes investigações em curso, relativamente à identificação do corpo de Colom e seus filhos, este artigo intenta alertar os portugueses para a importância do tema e relançar a polémica.