Nº 2467/2468 - Agosto/Setembro de 2007
2467/2468 - Agosto/Setembro de 2007
EDITORIAL - Ainda a Segurança da Europa
General
Gabriel Augusto do Espírito Santo
 
Quando se discute de novo o modelo e correspondente enquadramento político para a União Europeia, constatamos, por ditos e feitos, que a Segurança da Europa e a sua sempre problemática defesa não têm merecido a atenção que o novo panorama estratégico global parece aconselhar. Vamos aceitando que esta componente da construção de uma Europa para europeus continua acomodada a uma concepção estratégica conhecida como o Documento Solana de 2003, mais orientado pelas ameaças temporárias e conjunturais do que pelas imposições estruturais de uma missão que deve materializar uma segurança num espaço que se vai modificando. (...)
Informações e Comunicaçâo Social
General
José Alberto Loureiro dos Santos
 
O texto procura enfatizar a importância das operações mediáticas na actual conflitualidade internacional, podendo afectar todos os vectores de actuação estratégica, incluindo o vector militar. Demonstrada a importância do papel dos média e do modo como são utilizados, comparam-se diferentes formas de estruturação do sistema de produção das informações destinadas a suportar as correspondentes operações mediáticas.
Estado Português da Índia. Eventos da década de cinquenta anterior à invasão do Estado pelas Forças Armadas da União Indiana em 18 de Dezembro de 1961 - REMEMORAÇÃO PESSOAL.
Tenente-general
José Lopes Alves
 
O período que se seguiu ao termo da Segunda Guerra Mundial foi crucial para a estabilidade do então considerado Império Português quando a generali­dade dos Povos ainda sob domínio mais ou menos ancestral de países europeus, em especial os que, como a União Indiana, tinham dado larga contribuição ao conflito e à vitória dos Aliados, começaram a exigir a libertação desse domínio.
 
Embora desde sempre considerado parcela muito aparte da nossa estrutura “imperial”, também o Estado Português da Índia viria a ser afectado por tais exigências, os proclamados “Ventos da História”, neste caso soprados pelo líder do pacifismo e da resolução das questões internacionais pela via do diálogo, o Pandita Nehru.
 
O conflito sucessivamente diplomático e político, primeiro, e estratégico e táctico militar, a seguir, que por essa razão se estabeleceu a partir de 1947 entre a União Indiana e Portugal, viria a culminar, como é conhecido, com a invasão e a ocupação do território do Estado pelas Forças Armadas da União em Dezembro de 1961.
 
São eventos dos anos cinquenta daquele conturbado período, em rememoração pessoal, que se relatam no contexto do artigo.
O Drama Espiritual das Forças Armadas. Estilhaços de uma vida castrense desfigurada.
Major-general PilAv
José Duarte krus Abecasis
 
No universo de actuações das Forças Armadas nas campanhas do Ultramar 1961/1974 torna-se imperativo de consciência, para os militares que nelas exerceram funções de Comando Superior, prestar o contributo de testemunhos por eles vividos pessoalmente. Isto não é só pelo relato das suas próprias intervenções nos Teatros de Operações (tanto sucessos como insucessos - contingências das guerra) como, também, respondendo, com autoridade, ao publicitar de textos subscritos por autores anódinos, por vezes distorcendo eventos ou fazendo leituras desvirtuadas de episódios descritos por terceiros, sob a influência de idiossincrasias individuais.
 
A controversa e delicada evolução de mentalidades, ocorrida nos conceitos basilares da profissão das armas nos anos 47 que nos separam da época a que se reporta o artigo da Revista Militar Nº2461/62 leva-nos a evocar “estilhaços” de um passado que nos confronta com a patente “simbiose”, que se afadiga em tudo conciliar, esforçando-se por impor a admissão do “cavalo de Tróia”, como progresso imparável da Era da Informação, em áreas particularmente vulneráveis de Estatutos e Regulamentos, algumas indissociáveis da Vocação das Armas, que identificaram através da História.
O Programa Atómico do Irão
Doutor
André Sopas de Mello Bandeira
 
O artigo, na sequência de outros consagrados ao Irão, defende que as consequências da perda da noção cronológica do contencioso em torno do Programa atómico da Teocracia iraniana, pode ter consequências graves. Uma delas é deixar que Teerão vá - como tem acontecido - ganhando claramente pontos na arena diplomática, sem que se perceba como eles foram obtidos. A noção destes ganhos, adquirida sem discorrer, provoca a sensação de que, quanto ao Irão, ter ou não ter a arma nuclear é igual à possibilidade de a ter, o que só se resolve com a guerra.
Combate Irregular e Natureza da Estratégia: O Caso da Subversão e Contra-Subversão nas Guerras Peninsulares
Coronel
Luís Fernando Machado Barroso
 
A discussão em torno do significado da “guerra regular” ou “guerra irregular” tem-nos impelido para a tentativa da sua diferenciação em termos estratégicos. A discussão parece nascer do reconhecimento de que uma força hegemónica “guerra regular” não o é obrigatoriamente numa “guerra irre­gular”. Contudo, achamos não ser necessário distingui-las ao nível estratégico, onde nos parecem iguais na sua natureza estratégica: a instrumentalidade do uso da força. Pela semelhança que nos parece haver com a situação do Iraque e Afeganistão, utilizámos como exemplo a subversão e contra-subversão durante as guerras peninsulares, para explicar que apenas uma teoria serve para explicar a natureza da estratégia e da guerra, seja qual for a forma que a sua condução assuma, e para mostrar que o fracasso nas “guerras regulares” se deve essencialmente ao deficit estratégico da aplicação da força.
CRÓNICAS I - Crónicas Militares Nacionais
Tenente-coronel
Miguel Silva Machado
 
  • Atribuição de Estandarte Nacional;
  • Força Operacional Permanente do Exército;
  • Dia da Força Aérea;
  • Empresa de Meios Aéreos ficará instalada em Ponte de Sôr;
  • GNR Preside à Task Force Europeia de Chefes de Polícia;
  • Busca e Salvamento no Mar;
  • Força Aérea retira de serviço o Cessna FTB 337G;
  • Grupo de Trabalho para a Reestruturação da Manutenção Militar e Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento;
  • Grandes Opções do Plano para 2008;
  • Estatuto dos Dirigentes Associativos Militares;
  • Centro de Estudos de Arquitectura Militar;
  • Corveta “Jacinto Cândido” actua em África;
  • Navio “Creoula” e uma sua tripulante premiados internacionalmente;
  • Fragata “Álvares Cabral” ao serviço da NATO integra missão histórica;
  • Pára-quedistas voltam ao Afeganistão.
CRÓNICAS II - Crónicas Bibliográficas
  • “Vem Comigo à Guerra do Ultramar” de António Luís Monteiro da Graça (2007);
  • Terrorismo e Guerrilha - Das Origens à Al-Qaeda, pelo Coronel Manuel da Silva;
  • RESENHA HISTÓRICO-MILITAR DAS CAMPANHAS DE ÁFRICA (1961-1974) - 6.º VOLUME - ASPECTOS DA ACTIVIDADE OPERACIONAL Tomo I - Angola - Livro 2 (1964/74).
Tenente-general
José Lopes Alves
Major-general
Adelino de Matos Coelho
Coronel
Alberto Ribeiro Soares
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