Uma série de eventos e factos recentes elevaram significativamente a preocupação de que uma pandemia poderá estar eminente.
Se uma Pandemia de influenza surgisse hoje, as fronteiras fechariam e a economia entraria em queda. Esta súbita paragem na economia global provocaria um impacto mais devastador que o actualmente provocado pela SIDA, malária ou tuberculose.
O conceito actual de segurança tem sofrido alterações no sentido de focar a atenção nas necessidades e bem-estar dos indivíduos e não apenas nas necessidades dos estados-territórios, tentando fazer face a ameaças não militares como a doença.
Neste contexto o objectivo político-estratégico a alcançar é evitar o aparecimento de uma nova Pandemia, ou, se isto não for possível, diminuir a morbilidade e mortalidade associadas, bem como os efeitos económicos e sociais.
Todos estes factores fazem com que o combate a uma Pandemia deva assentar num conceito estratégico que se estenda para além dos aspectos médicos, para incluir aspectos económicos e de segurança.
O plano estratégico adequado contemplará medidas a serem adoptadas imediatamente de acordo com a realidade actual, ou seja, a de alerta pandémico (fase 3 de actividade infecciosa).
O planeamento estratégico e o treino para fazer face a uma Pandemia trarão benefícios mesmo que não ocorra, porque esta preparação é aplicável em todos os tipos de emergências de saúde pública.