Nº 2485/2486 - Fevereiro/Março de 2009
2485/2486 - Fevereiro/Março de 2009
IN MEMORIAM E EVOCAÇÃO
 
VICE-ALMIRANTE ANTÓNIO EMÍLIO DE ALMEIDA AZEVEDO BARRETO FERRAZ SACCHETTI
 
O Vice-Almirante António Emílio Sacchetti nasceu em Aveiro, em 2 de Dezembro de 1930, e faleceu em Lisboa, em 15 de Janeiro de 2009. Era Sócio Efectivo da Empresa da Revista Militar desde 1980.(...)
Comodoro
Armando José Dias Correia
Almirante
António Manuel Fernandes da Silva Ribeiro
Editorial - A Proposta de Lei de Defesa Nacional
General
Gabriel Augusto do Espírito Santo
 
Seguindo o expresso no seu Programa, o XVII Governo Constitucional apresentou à Assembleia da República a Proposta para uma nova Lei de Defesa Nacional que substituirá a actual Lei nº 29/82, de 11 de Dezembro (Lei de Defesa Nacional e das Forças Armadas).(...)
NATO - Desafios e Perspectivas
Contra-almirante
Pedro Sousa Costa
Coronel
Rui Freitas
Coronel
António Martins G. Leitão
 
O artigo NATO - Desafios e Perspectivas, aborda a questão da ISAF no Afeganistão, a Transformação da NATO, com destaque para a NATO Response Force (NRF), o aumento da deployability e usability das Forças e, a revisão do Peacetime Establishment da NATO Command Structure que é muito mais do que uma alteração e redução dos quadros orgânicos, com implicações nas tarefas e no relacionamento entre os vários intervenientes.
 
O processo de alargamento da NATO, as relações NATO-Rússia e, NATO-UE são também abordados. O relacionamento com a Rússia, decorrente do apoio deste país à ISAF no Afeganistão e à sua anterior participação na Operação Active Endeavour merece especial destaque.
 
Com esta abordagem pretende-se uma maior sensibilização dos leitores para uma Organização que atravessa um processo de transformação e que desempenha um papel fundamental na segurança global.
Os Zombo na Tradição, na Colónia e na Independência (I Parte)
Professor
José Carlos de Oliveira
 
O presente artigo é o capitulo Nº 5 da tese de Doutoramento em Antropologia Cultural e Social que o autor defendeu na Universidade de Coimbra (2008), com o título Os Bazombo e o futuro (Nzil´a Bazombo) Os Bazombo na Tradição, na Colónia e na Independência.
 
Segundo o que até agora está apurado, o estudo científico do povo Bazombo, (subgrupo étnico Kongo situado na fronteira Norte de Angola com o Sul da República Democrática do Congo) não terá sido objecto de qualquer estudo aturado. Trata-se do núcleo geo-histórico da UPA, (União das Populações de Angola). O assunto teve como fundamento, inúmeras observações e reflexões pessoais, feitas ao longo de 50 anos de vivência na maior possessão portu­guesa em África, em estreito contacto com a história, cultura e sobretudo com a língua de um dos seus mais representativos grupos étnicos, e, naturalmente, com a “situação colonial” a que se encontrava submetido. A dissertação mereceu a aprovação especialmente pelo valor dos documentos apresentados e pela iconografia. O tema foi dividido em três partes, respectivamente:
 
1º O período do poder tradicional, embora a guerra inter étnica estivesse sempre latente, o quadro concebido era o do enquadramento no sistema político-religioso do grupo étnico que permitia à família extensa viver com “normalidade” os conflitos sociais locais.
 
2º O período da Administração Colonial Portuguesa efectiva que conseguiu, muito à custa da alteração política, a submissão das autoridades tradicionais e do seu regime tradicional Bantú, uma paz que, apesar dos paradoxos da colonização, permitiu às populações nativas adaptarem-se à modernidade, com relativa tranquilidade.
 
3º A Independência e o infeliz flagelo de quarenta anos de guerra. É corrente dizer-se que tudo se desmoronou. Porém, as famílias a troco dum atroz sofrimento, foram conseguindo sobreviver e, especialmente, a pouco e pouco, reerguer as estruturas da sua filosofia de vida.
 
As técnicas adoptadas pelas famílias, para chegarem vivas aos primeiros anos do século vinte e um, estão bem patentes na dissertação. Quanto custou àqueles Zombo, que hoje são homens e mulheres de 30/50 anos, reagrupar as suas famílias? Essas adaptações foram analisadas nos capítulos sete e oito. Como vêm criando e educando os seus filhos? Esse problema foi sendo resolvido com “a vida vivida”. Exactamente como as famílias portuguesas forçadas a “retornar” a Portugal, tiveram que suportar e “reinventar” os esquemas de sobrevivência face ao profundo conflito armado vivido.
 
Palavras-chave: Angola, Congo, reino do Kongo, independência, comércio internacional, diplomacia, poder religioso, comércio local, elite mercantil, contrabando, clãs, colonização, magia e religião.
Towards a holistic view of warfare
Brigadeiro-general
João Paulo Nunes Vicente
 
 
The lethality, precision, and global reach of the American way of war has changed the modern character of warfare, allowing the US to fight wars with fewer casualties and destruction, creating the general perception that conflicts are acceptable, safe, and clean. However, future emergence of a multipolar world, and the rise of US’s peer competitors with contradictory national interests, will increase the risks of conflict. Given the limited effectiveness of conventional warfare against the overwhelming conventional power of American military forces, future peer competitors will seek to dislocate its strengths. Furthermore, future trends such as the proliferation and affordability of commercial technologies, the increasing civilianization of war, and the importance of global media, will provide the leverage that asymmetric competitors can use to challenge the US outside the traditional military domain. Such changes will require professional military practitioners to have a better understanding of the nature of future warfare.
Rússia: A Sombra do Exército Vermelho.
Mestre
Carlos Alberto dos Santos Pereira
 
O conflito russo-georgiano de Agosto de 2008 continua a marcar as relações entre a Rússia e o Ocidente, apesar da progressiva normalização das relações com a União Europeia, do reatar do diálogo entre a Rússia e a Aliança Atlântica e dos primeiros sinais de “degelo” nas relações entre Moscovo e Washington.
 
No plano político, a crise georgiana veio confirmar a progressiva degradação das relações entre a Rússia e o Ocidente e o acumular de contenciosos entre as duas partes depois da “lua-de-mel” vivida durante a era Gorbatchov (1985-1991) e sobretudo nos primeiros anos da liderança de Ielstin (1991-1999).
 
No plano militar, e apesar das insuficiências apontadas pelos peritos, a performance militar russa na veio juntar-se a outros sinais de que, após um longo declínio, a capacidade militar russa merece de novo respeito e que um longo esforço de reforma e reequipamento das Forças Armadas começa a produzir resultados. Atestou sobretudo uma nova atitude do Kremlin quanto ao emprego da força.
 
A Administração Obama mostrou já disponibilidade para fechar de vez a “era Bush” e relançar o diálogo com a Rússia, mas sem emitir qualquer sinal claro de reorientação da política americana no que toca aos pomos de discórdia a que Moscovo se mostra mais sensível.
 
Para já, as iniciativas de Washington e Moscovo prometem preparar terreno para o que se anuncia com uma longa e complexa negociação entre russos e americanos, envolvendo dossiers tão delicados como o Afeganistão, o Irão, o controlo de armamentos, a expansão da NATO a Leste e sobretudo o mal-estar de Moscovo perante a influência americana no espaço pós-soviético.
O poder instituído e a relação com o Exército entre 1901 e 1914. Aspectos de uma breve caracterização.
Mestre
Ricardo Manuel de Carvalho Varandas dos Santos
 
Este artigo surge de reflexões realizadas após a realização da minha Tese de Mestrado intitulada “Processos de Reorganização do Exército Português entre 1900 e 1914” defendida em 2005 e que incidiu num assunto importante para a Historiografia Militar Nacional no século XX.
 
A relevância do tema deve-se ao facto deste ter tido capacidade de produzir alterações internas que se repercutiram na História de um povo numa determinada época. Porém a maior importância do assunto assenta na dimensão de intervenção no cenário internacional, normalmente conseguida pela vertente bélica ao serviço do Estado e das suas gentes na defesa dos territórios e dos interesses nacionais.
 
Assim o artigo que agora vos proponho para leitura incide na forma como no plano interno nomeadamente o panorama político alterou a componente militar do país. Neste artigo houve uma preocupação em separar as alterações realizadas na monarquia e no regime republicano.
 
Este trabalho pretende ser um esforço de clarificação de uma muito pequena parte da História Militar portuguesa, que deve ser investigada na totalidade para que na actualidade possamos entender o que realizámos, como actuámos e que alterações fomos capazes de produzir.
Chamberlain e a tentativa de apaziguar Hitler para alcançar a paz em nosso tempo: análise de um apaziguamento impossível
Doutor
Francisco Jorge Albuquerque Pinto e Costa Gonçalves
 
Determinados historiadores (v.g. John Charmley) entendem que a política de apaziguamento encetada por Neville Chamberlain deveria ter prosseguido frisando que a procura de "espaço vital" a Leste por parte da Alemanha não afectava os interesses estratégicos da Grã-Bretanha - bem como sustentam que Churchill foi o responsável pelo falhanço desta política.
 
Face a esta argumentação, o escopo do presente trabalho proposto visa verificar se a política de apaziguamento poderia ter apaziguado Hitler, sendo analisados os seguintes prismas: os antecedentes e características da política de apaziguamento; a caracterização da política externa de Hitler; a análise da actuação de Churchill; como se deveria apaziguar Hitler; e, finalmente, porque é que a política de apaziguamento estaria condenada ao fracasso.
 
O presente trabalho conclui que a política de apaziguamento encetada por Chamberlain foi o combustível que alimentou a política expansionista de Hitler - e que apenas podia ser parada pela força.
Crónicas Militares Nacionais
Tenente-coronel
Miguel Silva Machado
 
  • Mensagem de Natal 2008 do Bispo das Forças Armadas e de Segurança;
  • Bandeiras das Regiões Autónomas;
  • Aprovada a nova Organização da Defesa Nacional e das Forças Armadas;
  • “NRF 13”: Exercício da Brigada de Reacção Rápida;
  • Marinha recebe NRP “Bartolomeu Dias”;
  • Alterada composição da OMLT portuguesa no Afeganistão;
  • Centro de Análises e Operações Marítimas - Narcóticos;
  • Portugal participa na operação “Atalanta” com um oficial;
  • Exercício “Real Thaw 09”;
  • Regimento de Lanceiros n.º 2 condecorado;
  • Oficial da PSP comanda força policial da ONU em Timor-Leste;
  • Revista de Artilharia publica edição n.º 1 000.
Outros Assuntos de Actualidade

Revista Militar
 
 
  • Prémio “Almirante Sarmento Rodrigues” - 2009.
Crónicas Bibliográficas
 
 
  • História da Música Militar Portuguesa.
Coronel
Manuel Carlos Teixeira do Rio Carvalho
Capa da Revista

Última revista publicada:

Nº 2671/2672 - Agosto/Setembro 2024

Avatar image
Capa da Revista

Assinaturas anuais

REVISTA MILITAR @ 2024
by COM Armando Dias Correia