Este artigo caracteriza muito brevemente o Iraque para se poder compreender a realidade actual que se vive no território.
A caracterização da civilização árabe assim como o enquadramento geográfico são factores relevantes e imprescindíveis para os estudiosos da Geopolítica.
Neste trabalho começa-se por uma tentativa de definição teórica do que constitui uma civilização, prosseguindo com a “escalpelização” dos factores mais importantes que a constituem, nomeadamente a cultura, a educação, a família e tribos, e a religião.
O Iraque, como se pretende demonstrar neste trabalho, é um país artificial, constituído por cerca de setenta tribos diferentes, com características, exércitos facções e alinhamentos religiosos diferentes, todas elas lutando pelo poder ou pela divisão do território de forma a terem acesso directo às riquezas do petróleo.
Para além das tribos árabes existentes no território, os cristãos e turcomanos no Iraque funcionam de certa forma como tribos, pretendendo nalguns casos determinadas parcelas de território, para governar de forma autónoma ou mesmo independente, que dizem ser suas tendo por base o direito consuetudinário.
A maioria dos territórios que pretendem administrar estão assentes em enormes jazidas de petróleo, facto o que ainda vem a complicar mais a actual situação.
O trabalho termina com referências aos principais factores geográficos e geopolíticos, do Iraque, pretendendo-se poder dar aos leitores bases para perceberem o complexo puzzle em que se tornou o Iraque actual, bem como dar algumas bases para a compreensão do próximo artigo, que por uma questão de coerência, se apresentará a seguir a este.