A relevância de Portugal na NATO e na UE
No actual conceito estratégico de Defesa Nacional Portugal assume, pela primeira vez, formalmente, que não tem capacidade para se defender sozinho, necessitando de recorrer a alianças para o fazer.
A NATO, única aliança militar que integramos desde a sua génese acerca de sessenta anos, consigna no seu artigo 5º a Defesa Colectiva sendo, por isso, o garante da nossa própria defesa.
Na União Europeia, as contribuições dos diversos Estados membros, são de carácter voluntário. A Organização, embora no Tratado de Lisboa se refira timidamente a uma espécie de Defesa Colectiva, ainda não está preparada para o assegurar.
As reorganizações efectuadas na NATO, nas estruturas de comando e de forças resultantes das duas alterações ao Conceito Estratégico da Organização, implicaram alterações draconianas, na estrutura de comandos e uma reorganização da sua estrutura de forças.
Apesar destas reduções, Portugal conseguiu, após grande empenhamento político e militar, que no seu território ficasse sedeado um comando de segundo nível da estrutura de comandos dependente do Comando Aliado para a Europa (SACEUR) e um Cento de “Lessons Learned” dependente do Comando da Transformação (ACT).
A participação de Portugal com Forças na NATO Response Force (NRF), e nos Battle Groups (BG) da UE, onde nos estamos a preparar para integrar um BG, sob comando do EUROFOR HQ, a par da participação portuguesa em diversas missões e operações nas duas Organizações, são um sinal claro do empenhamento nacional, facto que nos vem conferindo grande relevância e reconhecimento internacional.