Quando da minha passagem meteórica por S. Tomé, fiquei fascinado com as belezas da Ilha. Assim, fui levado a aprofundar o estudo do arquipélago, tão ignorado por Portugal como pelos portugueses.
O que mais me encantou e aumentou o meu interesse, foi ter encontrado num alfarrabista em Lisboa, uma cópia, de cópia, de cópia, da obra do Brigadeiro Cunha Mattos, o “Compêndio Histórico das Possessões de Portugal na África”, obra escrita depois de 1820 e redescoberta no Brasil e em Portugal, na década de 60 do século XX.
Assim, além da sua beleza selvagem, S. Tomé me apareceu também como terra virgem, viva e sempre em actividade belicosa, capaz de sofrer altos e baixos, mas mantendo a doçura de um clima quente e desafiante, embora doentio para os europeus.
No artigo são referidos os importantes trabalhos de Gago Coutinho e dos Missionários no Arquipélago, bem como as ligações de Almada Negreiros e de Viana da Mota a estes territórios.