Com este número da Revista Militar inicia-se o 66º Volume e o 165º ano da sua publicação ininterrupta. Continuaremos, Sócios e, naturalmente, Direção atentos às realidades nacionais e internacionais da Segurança e da Defesa e, também, da Instituição Militar. [...]
(…) O século em que vivemos tende, sem dúvida, a consomar o grande pensamento humanitário, que tem por base o predomínio da inteligência sobre a força. (…)
O objetivo político das ações da União Europeia na Somália é contribuir para o fortalecimento do Governo Federal da Somália, como um governo funcional capaz de emergir da fragilidade e capacitar as novas instituições para servir os cidadãos somalis. Estas ações desenvolvem-se em várias dimensões, e a temática da segurança e da reedificação das Somali National Armed Forces assume um relevo especial. Neste contexto, a European Union Mission Training in Somalia, onde Portugal participa, desde meados de 2010, constitui um dos elementos preponderantes desta participação que procuramos, neste complexo enquadramento geopolítico que é a região do Corno de África, analisar ao longo deste artigo de opinião.
Cerca de um ano após o início de actividade do Hospital das Forças Armadas (HFAR), afigura-se oportuno recordar datas, eventos ou factos (e algumas curiosidades) relacionados com a Saúde Militar dos três ramos, nos últimos duzentos anos (duzentos e doze, para ser exacto…), muitos dos quais contribuíram para ou marcaram a Saúde, em sentido lato, em Portugal.
Segue-se, assim, um levantamento por ordem cronológica, com recurso a variadíssima bibliografia, arquivos e testemunhos pessoais, que se espera permitir uma abrangente percepção deste período da Medicina Castrense Portuguesa.
É objectivo do autor que o testemunho aqui registado não só constitua motivo de orgulho no passado da Saúde Militar (ontem como hoje com frequentes remodelações: atente-se à segunda metade do século XIX), mas também que possa servir de incentivo à Excelência e às Capacidades que se pretendem manter e conseguir com a criação do HFAR e confirmar a razão de ser da Saúde Militar (prevenção, apoio operacional, recuperação de indisponíveis, apoio a missões humanitárias/medicina de catástrofes e complementaridade do Serviço Nacional de Saúde, nas suas capacidades excedentárias ou áreas técnicas específicas).
Espera, ainda, que esta revisão possa despertar interesse das novas gerações do Serviço de Saúde no estudo mais aprofundado de alguns temas e factos históricos.
Recordar o passado permite preparar o futuro. Não é tempo perdido: pode ser tempo ganho ao invocar lições aprendidas, evitando erros anteriores.
No presente artigo, face ao incidente que vitimou o jovem tenente Valadim, no fim do século XIX, no norte de Moçambique, explana-se a situação, nessa data, em Moçambique e no Continente Português, as soluções escolhidas politicamente para esta colónia, resumidas na instalação de Companhias da Carta e as tentativas de ocupação do Niassa assentes em reconhecimentos “musculados”.
Descreve-se a expedição do major Machado, enviada pela Companhia do Niassa, em 1899, para liquidar o Mataca, baseada numa publicação com data de 1939, de autoria de Georges Stucky, cidadão suíço, que a intitulou “Diário de Campanha da Expedição contra o Mataca”.
Termina-se com um resumo da evolução, ao longo dos tempos, das tentativas de defesa da Colónia por parte do país colonizador.
Guerra aérea remota. A revolução do poder aéreo e as oportunidades para Portugal.
Autor: Tenente-coronel PILAV João Vicente.
Recensão: Major-general Manuel de Campos Almeida.
Álvaro Gonçalves Coutinho, “O Magriço” - O cavaleiro e o seu tempo
Autor: João Ferreira da Fonseca
Recensão: Coronel Nuno António Bravo Mira Vaz