O falecimento do Coronel Tirocinado de Infantaria Rio Carvalho, no passado dia 25 de Setembro, ocorreu após um longo sofrimento, que foi mais uma prova das muitas que marcaram a sua longa vida de lutador.
Militar brilhante e muito estimado, viveu uma longa e muito apreciada carreira, altamente considerada pelos amigos e por todos os que serviram sob as suas ordens. A sua inteligência, dedicação ao serviço, afabilidade, espírito de servir e o bom senso que o caracterizavam faziam com que fosse excecionalmente apreciado e tido como exemplo a seguir. [...]
Começaram a vir a público as várias declarações nacionais, relativamente ao fim da participação nas operações de combate no Afeganistão e à passagem para as autoridades afegãs, quer da responsabilidade primária pela segurança do país, quer das diversas infraestruturas militares que, ao longo dos anos, ali foram construídas; concretiza-se assim a estratégia de saída, delineada pelos EUA e assumida pela OTAN, com o fim da ISAF no próximo mês de dezembro.
Falecimento do antigo Presidente da Direção, General Gabriel Augusto do Espírito Santo (...)
O Ensino Superior Militar, em Portugal, tem vindo a ser integrado no sistema de ensino superior, com o seu início na criação do Instituto de Estudos Superiores Militar, em 2005, o qual passou a ficar na dependência direta do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.
Decorrente do “Processo de Bolonha”, os Estabelecimentos de Ensino Superior Público Universitário Militar adaptaram os seus ciclos de estudos e alteraram as suas estruturas, em consonância com os diplomas legais, entretanto publicados.
Mais recentemente, a legislação que aprovou a reforma estrutural da Defesa Nacional e das Forças Armadas (“Defesa 2020”), criou um Modelo de Governação Comum para aqueles estabelecimentos, preservando-lhes a autonomia e a especificidade no respeito pela sua natureza, valores, missão e autonomias exclusivas cometidas ao ensino superior militar.
Cem anos depois do início da I Guerra Mundial, a utilização de meios aéreos não tripulados no campo de batalha cria novas oportunidades no emprego das capacidades militares num conflito, facilitando o processo de decisão política no uso da força, mas, por sua vez, traz responsabilidades acrescidas para planeamento e execução da estratégia militar.
A estes factores não pode, contudo, escamotear-se o poder da opinião pública, como força condicionante e reguladora das ambições políticas, nos regimes democráticos, com consequências no concerto das relações entre os estados.
Localizada na África Ocidental, possuindo vastos recursos naturais e uma população de cerca de 170 milhões de pessoas, a Nigéria é uma das economias que mais tem crescido nos últimos anos, tendo-se tornado um país atractivo, tanto para o sector privado como para as grandes potências mundiais, que procuram obter um aliado estratégico na região.
Este contexto suscita o interesse de analisar a sua situação geopolítica. Recorrendo ao quadro teórico de Saul Bernard Cohen, procuramos analisar esta situação tendo em especial consideração a inserção regional do país no que Cohen designa por Shatterbelt da África Subsariana e examinando as características, potencialidades, problemas e desafios que caracterizam a Nigéria enquanto Estado nacional.
A capacidade logística da OTAN teve que adaptar-se às restrições dos seus recursos humanos, decorrente da recente alteração das estruturas dos Comandos e das suas Forças.
Para testar essas capacidades, decorreu o exercício TRIDENT JAGUAR 2014, a bordo de um navio da marinha norte-americana, com a participação de 253 efetivos, entre os quais 26 portugueses (militares e civis).
Baseando-se num cenário fictício (tipo CAX), no âmbito do artigo 5º do Tratado do Atlântico Norte, pretendeu garantir a certificação da Naval Striking and Support Forces NATO para operações marítimas expedicionárias conjuntas de pequena escala (Maritime Expeditionary Small Joint Operation).
Integrada na Conferência Internacional “A Segurança do Golfo da Guiné” que decorreu no Ministério dos Negócios Estrangeiros, no dia 11 de julho de 2014, o autor discorre sobre a importância desta área da costa ocidental de África, dos seus problemas estruturantes que, generalizadamente, afetam os países que a circunscrevem e as vulnerabilidades que os impedem de tirar partido das imensas potencialidades, essenciais para o desenvolvimento de cada um.
Angola, fazendo parte desse conjunto de países, poderá, também, contribuir para essa cooperação de esforços necessários, através da Organização Marítima da África Ocidental e Central e do Centro de Troca de Informações sobre o Comércio Marítimo.
O conflito, na altura, o de maiores proporções a nível mundial, é retratado através do seu enquadramento geopolítico e geoestratégico e dos antecedentes que conduziram Portugal a participar, quer em África, para combater os alemães e defender as possessões ultramarinas, quer na frente europeia, através do CEP, na Flandres, para combater ao lado dos ingleses.
As consequências foram pesadas pela falta de preparação atempada das nossas Forças Armadas, devido ao mau julgamento político do Governo de então.
A evolução da guerra colonial na Guiné tomou um rumo dramático em 1973-74, quando o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde) adquiriu a última versão do míssil terra-ar soviético SA-7 (Strela-2M). A utilização pela guerrilha de mísseis terra-ar provocou profundas alterações no emprego da aviação e na eficácia das operações aéreas.
Além do impacto na Força Aérea, esta nova arma criou também um sentimento de derrota nas forças militares portuguesas. Aproveitando os efeitos tácticos do míssil, que tiveram reflexos estratégicos, os guerrilheiros lançaram várias operações de grande envergadura e a guerra entrou numa fase muito delicada que provocou mudanças no próprio comando militar em Bissau, incluindo a saída e substituição do general António Spínola. A escalada da guerra provocou também uma reposta do regime em Lisboa, que apostou na continuação da guerra e no reforço do poder militar português no território.