Na Revista de junho/julho de 2012, reproduzimos as declarações do então Secretário-Geral da OTAN, proferidas na reunião de Munique daquele ano, referindo que deveria ser uma preocupação dos europeus, mais concretamente dos responsáveis pela construção europeia e pela consistência da União Europeia, que não se tomassem decisões que viessem a transformar a atual crise financeira e económica numa grave crise social e, mais do que isso, numa crise de segurança; de salientar também, que, na altura, as suas preocupações estavam muito centradas nas implicações da austeridade na capacidade de resposta da Aliança a situações que pudessem pôr em causa a sua segurança.(...)
As potencialidades criadas com o aparecimento das bibliotecas digitais proporcionam a disponibilização de coleções e conteúdos online, até agora dificilmente acessíveis.
Desde 2014, a Biblioteca Digital do Exército faz parte do Registo Nacional de Objetos Digitais, coordenado pela Biblioteca Nacional de Portugal, e integra o Portal Europeu da Cultura – EUROPEANA –, partilhado pelos vinte e oito países da União Europeia.
Com a assinatura do Protocolo de Cooperação estabelecido com o Exército, a Revista Militar passou a disponibilizar os seus volumes, desde 1849, alargando o leque de leitores numa página web da Biblioteca do Exército, a qual atualiza frequentemente os seus conteúdos.
Podemos considerar a tomada de Ceuta como o acto fundacional da grande expansão marítima portuguesa. Deu origem a duas escolas de pensamento geopolítico português: uma, baseada nas ideias do Infante D. Pedro, privilegiava a “continentalidade”, através do comércio e das ligações políticas e culturais com a Europa do norte e com o Mediterrâneo; outra, a “Escola Henriquina”, acentuava o esforço na “maritimidade” como forma de contrabalançar o poder castelhano, procurando manter a paz na Península Ibérica.
Na comemoração dos 600 anos da tomada de Ceuta, recordam-se as razões que levaram D. João I a decidir levar a empresa por diante, concluindo-se da adequação da conquista aos objectivos geopolíticos traçados, à existência de meios para os levar a efeito e a sua sustentação, fruto de uma liderança efectiva e de uma política eminentemente nacional.
Há sinais de diminuição da conflitualidade em África, sendo expectável uma diminuição da sua frequência e intensidade, passando os estados africanos a privilegiar os fóruns de debate regionais, enquanto plataformas de diálogo conducentes à paz e ao desenvolvimento.
O presente texto foi desenvolvido numa palestra, no âmbito do 9º Curso de Estudos Africanos, em setembro de 2014, no Instituto de Estudos Superiores Militares, apresentando a natureza diversa quanto às causas e motivações e as diferentes tipologias dos conflitos que, ao longo de décadas, assolaram o continente africano.
O artigo tem por base as «Memórias» manuscritas do então alferes António Joaquim Henriques, que participou na Revolução de 5 de Outubro de 1910, em Lisboa, e na I Guerra Mundial, em França. O próprio afirma mesmo que são alguns apontamentos sobre a sua participação, no Regimento de Infantaria nº 16, na Revolução em que foi proclamada a República, e sobre a Grande Guerra de 1914-1918, na qual tomou parte como comandante de um pelotão da 2ª Companhia do Batalhão do Regimento de Infantaria nº 28, Figueira da Foz (26-2-1917 a 11-11-1918).
O documento inicia-se pelo relato do primeiro conflito mundial, mas, por razões cronológicas, principiamos pela narrativa dos acontecimentos que levaram à instauração da República. Parece-nos de extrema importância o testemunho dum oficial que participou ativamente em dois acontecimentos, um de âmbito nacional (1910) outro de cariz mundial (1914-1918) e que de certo modo vieram alterar o regime político em Portugal e o panorama internacional.
O combate de Naulila
18 de Dezembro de 1914
Autor: Coronel Pedro Esgalhado
Recensão: Major-general Manuel de Campos Almeida