Tem sido uma constante, quando se reflecte sobre a conjuntura estratégica internacional actual, a referência a ”uma nova ordem internacional”, cuja característica principal é a incerteza, para além dos riscos diversificados e multifacetados e conflitos abertos, a nível mundial, com que a estabilidade e a paz se vêem, diariamente confrontadas. Podemos afirmar por extensão e constatação da realidade objectiva, que a incerteza é, na atualidade, também uma característica predominante na Europa. (...)
Procurando analisar os conflitos que decorrem na atualidade, o autor classifica as atitudes da Turquia – dando provas de pretender disputar a hegemonia regional com o Irão e a Arábia Saudita – e da Rússia – demonstrando intenções de intervir nos estados da sua periferia – como potenciais focos de instabilidade para o ocidente, a par das ameaças que resultam das movimentações de refugiados provenientes de África.
O decréscimo demográfico, a radicalização dos jovens europeus, a crise financeira e os separatismos dentro da União Europeia (UE), completam o quadro das ameaças a que urge dar resposta, de forma a garantir a coesão da UE e da própria OTAN.
Partindo da questão sobre a legitimidade da posse portuguesa das províncias ultramarinas, são apresentadas as razões históricas que assistiram a Portugal para estar presente politicamente e para defender aqueles territórios, durante quase 600 anos.
A perda daquelas parcelas fora da Europa foi devida, segundo o autor, a uma conjugação de interesses internacionais do capitalismo apátrida e do marxismo internacionalista, mas, sobretudo, por falhas do poder estatal a que, recorrentemente, se designou por “solução política”.
A dor muscular tardia ocorre na sequência de lesão muscular induzida pelo exercício e afeta a recuperação dos desportistas com impacto negativo na capacidade de treino e competição. A oxigenoterapia hiperbárica consiste na administração de oxigénio puro em ambiente com pressão superior à atmosférica. Este trabalho pretende coligir as evidências de eficácia da oxigenoterapia hiperbárica no tratamento da dor muscular tardia.
A escassa produção científica sobre este tema, aliada às limitações metodológicas dos estudos existentes, resulta numa evidência insuficiente para a utilização da oxigenoterapia hiperbárica na dor muscular tardia. Ainda assim, esta situação clínica é uma problemática atual que motiva mais e melhor investigação.
O artigo tem por base as «Memórias» manuscritas do então alferes António Joaquim Henriques, que participou na Revo1ução de 5 de Outubro de 1910 e na I Guerra Mundial, em França. O próprio afirma mesmo que são alguns apontamentos sobre a sua participação, no Regimento de Infantaria nº 16, na Revolução em que foi proclamada a República, e sobre a Grande Guerra de 1914-1918, na qual tomou parte como comandante de um pelotão da 2ª Companhia do Bata1hão do Regimento de Infantaria nº 28, Figueira da Foz (26-2-1917 a 11-11-1918).
O documento inicia-se pelo relato do primeiro conflito mundial mas, por razões cronológicas, principiamos pela narrativa dos acontecimentos que levaram à instauração da Repúb1ica. Parece-nos de extrema importância o testemunho dum oficial que participou ativamente em dois acontecimentos, um de cariz nacional (1910) outro de cariz mundial (1914-1918) e que de certo modo vieram alterar o regime político em Portugal e o panorama internacional.
Num artigo ricamente documentado é percorrida a genealogia de João Arantes, Condestável dos Espingardeiros do Reino e seus senhorios, desde a sua origem de “homem bom” até ao prestígio social adquirido, desde a Idade Média, associado, sobretudo, à carreira das armas.
JOÃO GOUVEIA MONTEIRO
ANTÓNIO MARTINS COSTA
Esta obra, da autoria de dois especialistas em História Medieval, procura relatar aquela que foi uma das mais extraordinárias campanhas militares da coroa portuguesa, durante a Idade Média.
O autor deste Ceuta 1415, Seiscentos anos depois principia a sua obra declarando que se tem investido demasiado no esclarecimento das causas da expedição e menos no estudo das estratégias e das táticas militares usadas por ambas as partes, e que também se tem dado pouca atenção ao estudo da situação política que se vivia nos reinos de Marrocos e à compreensão da história da cidade desde a sua fundação.
No dia 21 de agosto de 1415, por volta das seis da manhã, um exército português, comandado por D. João I, desembarcou em Ceuta e conquistou a cidade. Ao lado do rei seguiam os seus filhos mais velhos D. Duarte, D. Pedro e D. Henrique, que viam nesta expedição um palco mais digno e honroso para serem armados cavaleiros do que um simples torneio.