Os acontecimentos de Paris demonstraram, mais uma vez, pela extensão do número de vítimas e pela forma como múltiplas ações foram desencadeadas, que o fenómeno do terrorismo é uma realidade da conflitualidade atual, que pode ocorrer em qualquer momento e em qualquer lugar; esta é uma afirmação que nada tem de novo, mas sempre que esta situação ocorre surgem afirmações acerca de algo que é necessário fazer-se, porque se não tem vindo a fazer e, neste caso, o Presidente Hollande veio referir que tinha de aumentar os gastos com a Segurança, concretamente, “mais cinco mil elementos para as Forças de Segurança, estabilizar os efectivos das Forças Armadas até 2019 e reforçar o orçamento de defesa em mais algumas centenas de milhões de Euros”. (...)
O autor interpreta Os Lusíadas como fonte inspiradora e orientadora da identidade nacional e da consciência coletiva dos portugueses.
Contudo, é seu entendimento que as considerações e advertências vertidas nas estrofes do poeta não têm sido aproveitadas, ao longo dos séculos, para celebrar os feitos militares e os heróis da História de Portugal, como sucedeu nas recentes comemorações do VI Centenário da Tomada de Ceuta.
O crescente aumento do fluxo de pessoas, informação e tecnologias, como efeito da globalização, facilitou o desenvolvimento das Armas de Destruição Massiva.
Para além do receio da proliferação deste tipo de armamento por parte das superpotências e da disseminação da capacidade de produção de material físsil por outros estados, o maior perigo poderá constituir a posse destas armas por organizações terroristas.
Sendo apresentado como um conceito novo, o autor procura demonstrar como já, ao longo da História de Portugal – nomeadamente, durante a presença lusitana nos quatro continentes –, os portugueses utilizaram os instrumentos militares e não militares do Comprehensive Approach to Operations para coexistir pacificamente, por tantos séculos, com tantas gentes e por tantos lugares.
O trabalho tem como objetivo geral analisar a necessidade de cooperação no entorno estratégico brasileiro, em particular na relação bilateral Brasil-Angola. No atual sistema internacional direcionado para a multipolaridade, ambos os países se inserem neste contexto tanto no relacionamento bilateral quanto em organismos e fóruns internacionais. Dessa forma, o investigador identificou na Comunidade de Países da Língua Portuguesa (CPLP) e na Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (ZOPACAS) os mecanismos que abrem novas oportunidades de inserção, em especial na área de Defesa. Esses mecanismos se propõem a cooperação em diversos domínios, o que torna possível o intercâmbio entre os países e o surgimento de novas oportunidades de integração. Sob a perspectiva da cooperação militar brasileira a países do entorno estratégico, se destaca a visão da isenção imperialista do Brasil no sistema internacional, colocando-o em vantagem para agir cooperativamente e explorar adequadamente essa capacidade.
Desde 1834 que o principal estabelecimento hospitalar do Exército está instalado no antigo Colégio da Estrela, sendo que, somente em 1852, foi definitivamente publicado o seu estatuto em Diário do Governo. Desde então, assumiu diversas designações: Hospital Militar de Lisboa, Hospital Permanente de Lisboa e Hospital Militar Principal. Ao longo da sua história, por várias vezes, se equacionou a construção de um novo hospital, mas essa medida foi sendo sistematicamente adiada. A solução passou sempre por sucessivas alterações e adaptações na sua estrutura e dimensão, fruto de imperativos de ordem diversa, nomeadamente: melhoria da resposta sanitária às circunstâncias militares, constrangimentos financeiros, alterações na rede estradal da cidade de Lisboa ou progressos nas boas práticas da Medicina que desaconselham estruturas hospitalares geograficamente distantes.
Apesar da peculiar estrutura fragmentada, com vias públicas a separar as diferentes áreas hospitalares, o HMP sempre soube adaptar-se às circunstâncias, com o propósito de honrar o seu compromisso e corresponder aos desafios na assistência à saúde da família militar, em consonância com a sua divisa: “Inter Arma Fons Vitae”.
O artigo apresenta um esboço biográfico do Vice-almirante D. Rodrigo de Souza Coutinho Teixeira de Andrade Barbosa, cuja atividade profissional esteve intimamente ligada às construções navais, no Arsenal da Marinha, em Lisboa, durante 32 anos. Paralelamente, representou em Cortes, como deputado, e tomou assento na Câmara dos Pares, tendo, ainda, pertencido a diversas comissões parlamentares.
A fase pré-insurreccional da guerra na Guiné começou em finais dos anos de 1950 com vários movimentos nacionalistas a contestar o poder colonial português e a disputar entre si o apoio dos países vizinhos na luta contra os portugueses. Seria, no entanto, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), a destacar-se na luta de guerrilha assumindo-se como o principal movimento nacionalista na Guiné. Preconizando inicialmente uma solução pacífica para o problema colonial, o PAIGC acabaria por passar à luta armada, protagonizando o início oficial da guerra com um ataque ao aquartelamento português de Tite, em janeiro de 1963. A partir desse momento, a sua acção foi crescendo na Guiné, obrigando as tropas portuguesas a um grande esforço de contra-subversão e a um aumento substancial dos efectivos, embora fossem incapazes de controlar a guerrilha.
Major-General Manuel de Campos Almeida