Vivendo o rescaldo dos acontecimentos de Bruxelas, a Europa tem vindo a tomar consciência das ameaças a que está exposta e, simultaneamente, dos reais problemas internos de coesão que, mais cedo ou mais tarde, terá de encarar com frontalidade ou correr o risco da sua inoperância política, com reflexos na sua saúde económica e estabilidade e confiança no Euro, a par de demonstrar uma evidente incapacidade para lidar, quer com questões internacionais que se perfilam nas fronteiras da União quer com outros actores internacionais, seja a sua relação transatlântica com os EUA, com a Rússia e, naturalmente, com a China. [...]
Fazendo uma breve alusão à gestação da República de Weimar, o autor esboça algumas semelhanças com os acontecimentos em Portugal, no período de 1974 e 1975, ainda que, frisando, com consequências distintas, pois as respetivas causas também foram diferentes.
Pelas razões explanadas ao longo do texto, conclui o seu discurso afirmando claramente que a similitude entre os ambientes vividos na Alemanha, após a I Guerra Mundial, e em Portugal (1974-1975) é aparente, pois a primeira aceitou uma ditadura e partiu para a guerra de 1939-1945, enquanto Portugal conseguiu fazer a transição para a democracia... [...]
Na comemoração do 40.º aniversário da fundação da Associação de Comandos são tecidas considerações sobre o papel e os desafios que a atual conjuntura estratégica coloca às Forças Especiais.
A nova ordem internacional, nomeadamente a situação no Médio Oriente, em África, a postura estratégica da Rússia e o ascendente da China, a par do terrorismo e dos movimentos migratórios que afetam particularmente a Europa, constituem desafios à paz e estabilidade internacionais.
São estes condicionalismos que as forças especiais têm que considerar dentro do contexto daquilo que agora é designado ‘guerras de quarta geração’. Com os dois novos ambientes de aplicação estratégica da coação militar – o espaço e o ciberespaço – deixaram de ser mais um instrumento dos exércitos convencionais para passarem a ter um papel central naquela estratégia.
Nesse contexto, em Portugal, é fundamental que seja encontrada uma matriz referencial para uma reanálise estrutural e organizacional das forças especiais, tirando partido das lições aprendidas por exércitos amigos, tidos por referência, e as experiências operacionais colhidas pelas nossas Forças Nacionais Destacadas, sem esquecer a preservação das respetivas identidades históricas e capacidades operacionais.
Na trajetória histórica, iniciada em 1958, com os Serviços Sociais das Forças Armadas, e no enquadramento jurídico (Dec-Lei nº. 215/2009, de 4 de setembro, que cria o IASFA, I.P.), é traçado o percurso da Ação Social Complementar dos militares das Forças Armadas.
Perante os desafios e as ameaças que se colocam à ação que o IASFA deve prosseguir, é proposto um modelo de reconfiguração do seu quadro estatutário e de funcionamento que garanta a sua governação e organização autónoma, no âmbito de responsabilidades e de competências próprias partilhadas pelos respetivos associados.
Perante a ameaça biológica decorrente dos conflitos armados de escala mundial, que ocorreram no séc. XX, e da acelerada evolução da ciência e da tecnologia das últimas décadas, que potenciam a utilização de agentes biológicos em conflitos armados futuros, o Exército reequacionou as suas capacidades NBQ, dentro do enquadramento internacional sobre a matéria, estabelecendo um Laboratório de Segurança Biológica de Nível 3 (BSL-3).
Tendo sido inaugurado em fevereiro de 2006, são apresentadas as suas capacidades laboratoriais e operacionais, o seu percurso na Investigação e Inovação, nomeadamente, sobre os projetos que são, atualmente, as suas referências.
Completando dez anos sobre a existência do Laboratório de Defesa Biológica do Exército são, ainda, perspetivados os vetores de desenvolvimento que, a médio prazo, possibilitam um novo patamar no apoio operacional ao sistema de defesa biológica do Exército.
Apresentando seis case-studies sobre os sistemas de armas de artilharia antiaérea de outros tantos países considerados como referências dentro da OTAN, é abordado o papel da Artilharia Antiaérea na proteção do estado e das populações, perante o contexto estratégico atual, de matriz assimé-trica.
Portugal, no âmbito dos compromissos internacionais assumidos, deverá também acompanhar as evoluções tecnológicas e integrar-se no Sistema Integrado de Defesa Aérea (NATINADS). Assim, o Regimento de Artilharia Antiaérea nº. 1 assume-se, naturalmente, como polo de formação nacional, congregando simultaneamente a componente operacional e as componentes de formação, doutrina e gestão do Projeto de Artilharia Antiaérea.
A constante evolução da situação internacional, os novos desafios e as novas ameaças, são factos que obrigam, periodicamente, todas as organizações internacionais, bem como os estados, a rever os seus Conceitos Estratégicos.
O presente artigo pretende contribuir, de uma forma prática, para a elaboração do Conceito Estratégico da União Europeia, documento estruturante de toda a Política Comum de Segurança e Defesa.
Esta obra é apresentada por três professores e investigadores do Departamento de História da Universidade de Lisboa, já autores de uma extensa e notável bibliografia.
Como é referido na Introdução, trata-se da publicação sistemática e integral de todos os volumes manuscritos das Memórias Paroquiais, redigidas pelos párocos das diversas freguesias do nosso país, após o terramoto de 1755 e elaboradas por ordem do Marquês de Pombal. [...]
XIV Exposição de Artes Plásticas “O mar e motivos marítimos”