Esta edição da Revista Militar ocorre num momento em que tanto a União Europeia como a OTAN estão colocadas perante desafios significativos para o futuro que exigem respostas estratégicas que garantam o prosseguimento dos projetos de paz, desenvolvimento, e estabilidade. Estes projetos são os fundamentos e razão de ser da destas organizações e da adesão de europeus e norte-americanos, numa relação transatlântica que permitiu ganhar a guerra fria. (...)
Na intervenção que fez, no âmbito da conferência sobre a próxima Cimeira da OTAN, na Assembleia da República, em 23 de junho de 2016, o autor perspetiva que aquela constitua o fórum onde se prossiga e aprofunde o caminho retomado em Gales, na Cimeira de 2014.
Na sua opinião e em sentido genérico, a Cimeira visará garantir a adequação das capacidades da OTAN a um ambiente de defesa que se modificou, salvaguardando a sua unidade, coesão e solidariedade. (...)
A unificação da Alemanha teve os seus antecedentes remotos nos séc. XVI e XVII com o surgimento do Sacro Império Romano-Germânico e a Guerra dos Trinta Anos.
Foi necessário que decorressem quase dois séculos para que os estados recuperassem completamente desse período e só após o Congresso de Viena emergiu a Confederação Alemã, liderada pela Áustria.
Para os esforços de unificação dos alemães contribuíram, durante o séc. XIX, o Zollverein, a Guerra Austro-Prussiana e a Guerra Franco-Prussiana, dando à Prússia a oportunidade de afirmar a sua autoridade, incorporando os estados meridionais e unificando o novo império alemão. [...]
O presente artigo tem por base uma investigação do autor, realizada essencialmente em fundos do Arquivo Histórico-Ultramarino e do Arquivo Histórico da Guarda Nacional Republicana (GNR), sobre o papel desta na I Guerra Mundial.
Essa ação processou-se a nível interno e externo. A nível interno, como força de apoio ao regime no controlo da situação política e social, e na execução de missões no âmbito da segurança do território em apoio da sua Zona do Interior. No plano externo, a GNR participou com mobilização individual no esforço geral de guerra e com forças constituídas, nos teatros de operações de Moçambique e da Flandres.
Este empenhamento constitui, porventura, um dos aspetos menos conhecidos sobre a participação portuguesa na I Guerra Mundial. [...]
O artigo trata do processo de desenvolvimento de elites militares, o qual deverá apostar preferencialmente em oficiais de elevado potencial, relativamente cedo (e.g., a partir do meio da carreira), com a intervenção de metodologias híbridas de formação (tradicionais e não tradicionais), sendo ainda fundamental um balanceamento com equilíbrio entre a formação e o treino formal e não formal e o desenvolvimento em contexto de trabalho (on-thejob training), este materializado num desenho de carreira em espiral.
Para um adequado processo de “construção” das lideranças do futuro, responsabilidade primária de todos os comandantes/líderes seniores, é essencial que exista, como referencial, um modelo de competências que defina, com a maior precisão possível, os perfis, neste caso, aplicáveis aos militares de elevado potencial. Este referencial, construído a partir da análise dos variados contextos de atuação e de um estudo em relação às principais tipologias de cargos/funções passíveis de serem atribuídas aos oficiais das Forças Armadas portuguesas, e das correspondentes competências exigidas, será ainda o ponto de partida para as práticas de gestão de recursos humanos que se prendem com a deteção/identificação de ‘talentos’, o seu desenvolvimento, a avaliação e a gestão da mobilidade horizontal e vertical.
Mais do que encontrar respostas definitivas para as perguntas que inicialmente são formuladas, ou elaborar receitas muito concretas e de aplicação universal, o artigo deixa várias questões em aberto, à reflexão do leitor e das próprias organizações, com a finalidade de alimentar um debate que se considera importante e que se não deve protelar, em prol dos militares, das instituições e do país.
Esta é uma daquelas obras que vai marcar, profundamente, a historiografia portuguesa, designadamente no que respeita ao CEP e à participação portuguesa na Grande Guerra (GG).
Escrita por dois reconhecidos professores de História Militar da Academia Militar, um civil e um militar, o livro tem por base excelentes fontes francesas e inglesas, rompe com a visão institucional (factual, dos heróis, das batalhas e dos combates, e das fontes portuguesas), cria conhecimento e leva inevitavelmente à profunda reflexão e debate, seja a nível individual ou coletivo.