Coronel Joaquim Mendes Borges Ribeiro Simões
20 de junho de 1924 – 26 de julho de 2016
Na última edição da Revista Militar, expressámos uma opinião relativa aos desafios próximos que se colocavam tanto à União Europeia como à Aliança Atlântica, fruto das implicações do “brexit” e da Cimeira da OTAN, em Varsóvia, tendo presente as declarações que iam sendo proferidas relativamente ao diálogo com a Rússia, considerando a actual situação na Ucrânia. [...]
Apesar da aparente tranquilidade e ausência de conflitos armados violentos ou de grande intensidade na Europa, existem desafios no novo ambiente geopolítico e de segurança contemporâneos que afetam diretamente os cidadãos europeus, sobretudo a sul e a leste.
A resposta adequada a estes desafios e ameaças exige adaptação às rápidas mudanças e transformações em curso, com o aumento de capacidades militares e uma base tecnológica e industrial de defesa inovadora e competitiva, caso contrário corre-se o risco da Europa caminhar para um processo de desarmamento estrutural, podendo tornar-se irrelevante como fornecedor de segurança internacional, importando, ainda, renovar as dinâmicas da economia de defesa e da indispensabilidade de cooperação de defesa entre países.
O reforço das relações UE-OTAN também é fundamental, evitando duplicações desnecessárias e ineficientes de meios e capacidades.
No rescaldo da batalha de Muddy Flat é criado, em 12 de abril de 1854, o Shanghai Volunteer Corps (SVC). Sendo um corpo voluntário internacional armado, no qual também participaram portugueses, tinha como finalidade proteger a cidade face aos eventos decorrentes da Rebelião de Taiping e era comandado por um oficial inglês.
Mais tarde, em 1882, é constituído o ‘SVC nº 4’, uma companhia portuguesa liderada pelo tenente Mário Gutterres, destinada a proteger os interesses nacionais na zona norte da cidade, onde se concentrava a comunidade lusa.
Apesar das sucessivas alterações à sua composição e dependência formal, permanece ativa até 1937, ano em que recebe ordem para se juntar ao Exército Português, em Macau.
Os 93 elementos que permanecem ao serviço dos SVC acabam por ser desmobilizados com a extinção da unidade, em 1942.
Segundo o autor, a personalidade e a vida de Afonso de Albuquerque está intimamente ligada às razões que levaram os portugueses ao Oriente.
O culto da sua personalidade continua a ser relembrado naquelas paragens, mesmo 500 anos após a sua morte.
Guerreiro indómito e de uma determinação e vontade inabaláveis, era um estadista invulgarmente dotado, tendo sio nomeado Vice-rei da Índia e o primeiro a receber o título de Duque fora da família real.
No âmbito do Centro de Investigação de Segurança e Defesa, do Instituto Universitário Militar (ex-IESM), foi publicado o livro com o título de “Estudos do Poder Aeroespacial”, gentilmente oferecido à Revista Militar, com quatro artigos que correspondem a outras tantas dissertações de mestrado, incluídas no projecto mais vasto com a designação “Transformação do Poder Aeroespacial”, liderado pelo Sócio da Revista Tenente-coronel Piloto Aviador João Paulo Nunes Vicente. [...]
O Coronel Mira Vaz, professor de Sociologia Militar, mestre em Estratégia e Doutor em Ciências Sociais, oferece-nos uma obra que é resultado de uma pesquisa sistemática nos jornais e publicações mais relevantes editadas em Portugal, durante a Grande Guerra de 1914-1918, nas quais se refletiram as diferentes opiniões públicas daquele período. [...]
O livro do Doutor Engenheiro Fernando Abecassis “A Grande Guerra em Moçambique” está escrito num estilo vivo em que intercala depoimentos da época de um modo adequado com descrições de ambientes inóspitos, mas ao mesmo tempo de uma surpreendente beleza.
Foi-lhe possível conhecer os locais e condições de combate aquando ali prestou serviço militar.
É um trabalho que se lê com prazer, mais do que uma vez. [...]