Em duas Cimeiras da OTAN, em Gales e em Varsóvia, foi referida a necessidade dos países membros aumentarem os seus gastos com a defesa, no sentido de serem supridas lacunas consideradas graves para a capacidade operacional da Aliança; em ambas, os Ministros da Defesa aceitaram o compromisso e, através de uma contabilidade criativa, demonstraram que os orçamentos de defesa estavam a aumentar, que o crescimento até aos 2% do PIB em dez anos ia fazendo o seu caminho e que 20% desse aumento iria ser progressivamente encaminhado para a inovação e para o reequipamento. (...)
O presente artigo constitui uma reflexão livre sobre os principais fatores que caracterizam a globalização, tendo como pano de fundo a visão estratégica. Discorre-se sobre a reversibilidade ou irreversibilidade do processo, sobre os seus benefícios e os riscos possíveis. Procura apresentar-se um novo conceito que o autor designa por globalismo, como a ideologia da globalização, segundo um sentido crítico. Sendo certo que o Mundo de hoje não é igual ao de ontem, procuram-se os seus pilares permanentes, entre os quais se releva o Estado Nação, figura ainda não descartável do sistema mundial, embora se admita a evolução de alguns dos seus aspetos não fundamentais.
O artigo procura sintetizar, na perspetiva do autor, os aspetos principais da participação do Exército Português na Grande Guerra de 1914-1918, de forma a tornar inteligíveis as motivações, os meios empenhados e as consequências dessa participação.
Nele são descritos os antecedentes e a situação portuguesa antes e no início da Guerra e a forma como foi efetuada a mobilização para as Colónias e para a Flandres.
As Forças Armadas, como instituição que detém a exclusividade do uso da violência organizada, para além de estudarem e refletirem profundamente sobre a Paz, as crises e a Guerra, têm aumentado a sua participação no âmbito de diferentes operações de paz, ao abrigo da ONU, da União Europeia e da OTAN, num Mundo globalizado em que os novos “Aceleradores da Mudança” são determinantes na construção do futuro, enquanto pressupostos de cenários mais ou menos favoráveis à sustentabilidade do planeta ou à Paz mundial.
O artigo apresenta a reflexão do autor sobre a forma como as Tecnologias de Comunicação e Informação podem ampliar a relação do estado com os cidadãos, porque, apesar do extraordinário incremento dos avanços tenológicos, a produtividade no mundo ocidental tem vindo a decrescer.
Em Portugal, a “Rede de Serviços Partilhados TIC da Administração Pública”, criada recentemente, já está a criar as necessárias condições para poder vir a dar frutos num futuro próximo.
Através da cronologia dos principais acontecimentos que constituíram a expansão portuguesa, o autor discorre sobre a posição de Portugal no mundo, face às mudanças geopolíticas que foram ocorrendo ao longo dos séculos, até aos dias de hoje.
Poucos dias antes da revolução de 25 de Abril de 1974, o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Rui Patrício, escrevia ao embaixador português em Washington, João Hall Themido, uma missiva que nunca chegaria ao seu destino. Na carta, Patrício dava várias orientações ao embaixador quanto à forma como deveria conduzir as negociações em curso para a renovação do acordo das Lajes. O ministro português formulava uma série de pedidos que deveriam ser apresentados às autoridades americanas como compensação pelo uso da base dos Açores, entre os quais figurava o fornecimento de uma central nuclear a Portugal, que deveria constituir o elemento fulcral das negociações.
A revelação deste projecto, até agora desconhecido na sua verdadeira dimensão, tornou-se possível devido à existência de documentação preservada no Arquivo da Defesa Nacional português (ADN), que nos oferece uma nova perspectiva sobre as negociações ocorridas em 1974, para a renovação do acordo das Lajes.
Memórias de um ferreiro
de Lourenço Chaves de Almeida