Nº 2583 - Abril de 2017

2583 - Abril de 2017
IN MEMORIAM

IN MEMORIAM

Tenente-general Adelino Rodrigues Coelho

General
António Eduardo Queiroz Martins Barrento
Editorial
General
José Luiz Pinto Ramalho

O início do mês de abril ficou marcado pala intervenção dos EUA na Síria, com o bombardeamento da base aérea de Shayrat, na região de Homs, com mísseis Tomahwaks. Do antecedente, através das declarações políticas de Trump, antecipavam-se como zonas potenciais de tensão, o Irão, a Coreia do Norte e a zona dos mares do sul da China, pelas reivindicações territoriais que ali se verificam, a par da militarização de algumas ilhas por parte das autoridades chinesas. As declarações políticas, uma vez mais, por parte do novo Presidente americano e as reservas expressas, quanto à política de uma só China e a dúvida de um novo relacionamento com Taiwan, não ajudavam a uma relação tranquila com Pequim – eventualmente, o encontro nos EUA com Xi Jinping, poderá melhorar o ambiente entre os dois países. (...)

O reconhecimento formal da área científica das ciências militares: um imperativo e uma inevitabilidade?
Major-general
Jorge Filipe Marques Moniz Côrte-Real Andrade
Professor Doutor
Victor José de Almeida e Sousa Lobo
Brigadeiro-general
José Augusto Nunes Vicente Passos Morgado
Coronel Tirocinado
Lúcio Agostinho Barreiros dos Santos
Tenente-coronel GNR
Nuno Miguel Parreira da Silva

Neste artigo é justificada a necessidade da definição e pleno reconhecimento público da área científica das Ciências Militares, nomeadamente o seu reconhecimento formal pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior.

As Ciências Militares constituem um domínio científico autónomo e individualizado que tem uma aplicação específica, uma comunidade singular e interações muito próprias e distintas das áreas tradicionais do conhecimento.

As Forças Armadas e a Guarda Nacional Republicana, para o cumprimento das suas missões, necessitam de um contínuo aprofundamento das Ciências Militares, como corpo organizado e sistematizado de conhecimentos transdisciplinares, resultantes da pesquisa científica e de práticas continuadas, relativo ao desenvolvimento das metodologias e processos de edificação e emprego de capacidades militares utilizadas na defesa, vigilância, controlo e segurança dos espaços sob soberania e jurisdição nacional, na resposta a crises, conflitos e emergências complexas, em missões humanitárias e de paz, em ações de segurança interna, em apoio ao desenvolvimento e bem-estar, assim como na cooperação e assistência militar.

Por outro lado, o conhecimento das Ciências Militares contribui para outras áreas do conhecimento e para a Sociedade no seu todo, como tem sido demonstrado em domínios de vanguarda, ao longo da história, e como se constata atualmente pelos resultados e benefícios mútuos alcançados entre os Centros de Investigação Militares, o Sistema Científico e Tecnológico Nacional e a Base Tecnológica e Industrial de Defesa.

As relações do Exército com a Guarda
Coronel
Carlos Manuel Gervásio Branco

Desde a sua criação, em 10 de dezembro de 1801, com a denominação de Guarda Real da Polícia, que a atual Guarda Nacional Republicana se considera e tem sido considerada como parte integrante da Instituição Militar, com um relacionamento muito próximo do Exército com o qual muitas vezes se confundiu.

Neste texto, o autor pretende apresentar as razões que levam àquele privilegiado relacionamento entre o Exército e a Guarda, embora com momentos de leal e franca cooperação e outros de desconfiança e competição, e, simultaneamente, perspetivar o futuro daquelas relações face a algumas substanciais alterações que, quer o Exército quer, sobretudo, a GNR, foram conhecendo.

Um Marinheiro com visão conjunta - A influência de Charles Napier no desfecho da Guerra Civil de 1828-1834
Capitão-de-fragata
Jorge Manuel Moreira Silva

Charles Napier, comandante das forças navais de D. Maria II durante a guerra civil de 1828-1834, foi um enérgico oficial da Armada Britânica, cuja iniciativa e visão conjunta das operações se revelaram decisivas para a vitória liberal.

An Unusual Alliance: Portuguese and South African Airpower in Angola, 1968-1974
Prof.
John P. Cann
Dr.
José Manuel Correia

The war that Portugal was obliged to fight in Africa began in 1961 and immediately stretched the resources of its armed forces. Nowhere was this thinness more apparent than in its policing of the vast territory of Angola. The only military solution to securing these immense spaces was aviation and specifically the helicopter that could carry troops into battle, protect them with a gunship, and bring them home when the operation was concluded. The immediate problem for the Portuguese Air Force (Força Aérea Portuguesa or FAP) in Angola and elsewhere was a scarcity of helicopters. The solution was an alliance with South Africa, which had a strong inventory of Alouette IIIs. This move was likewise in the interest of South Africa, as its threat came from Zambia through south-eastern Angola.

This article examines the strategic and tactical development of this unusual, cross-cultural alliance and the symbiotic relationship that resulted in destruction of the enemies of both in Angola.

As Forças Armadas, a estratégia da presença internacional e as Informações Militares
Doutora
Maria da Saudade Rodrigues Colaço Baltazar
Sargento-mor
Dinis Fonseca

A contemporaneidade coloca-nos sérios desafios associados à emergência das ilimitadas transformações de vária ordem, que na designada sociedade de risco remete a presente reflexão para o domínio das alterações geopolíticas e consequentes implicações nos sistemas de segurança e defesa dos estados. Decorrente deste contexto, as Forças Armadas têm vindo a adaptar a sua organização às novas exigências nacionais e internacionais, donde se destacam as missões internacionais que lhe são acometidas, como é o caso da participação portuguesa no quadro de intervenções multinacionais.

Este artigo pretende contribuir para a compreensão da necessidade de uma estratégia integrada civil e militar que vise o cumprimento do Conceito Estratégico de Defesa Nacional, com suporte nas informações de segurança e militares para prossecução de uma avaliação das áreas de prioritária atuação geopolítica, assim como o apetrechamento dos ramos em recursos e condições tidas como determinantes na sua atuação, e que têm vindo a revelar dificuldades no atual cenário de mitigação orçamental com que as Forças Armadas se deparam.

Crónicas Militares Nacionais
Coronel
Nuno Miguel Pascoal Dias Pereira da Silva
  • Louvor aos Comandos na República Centro-Africana;
  • O Ministro da Defesa sublinhou avanço na segurança e defesa da UE;
  • Reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional;
  • A Marinha Portuguesa no Golfo da Guiné em missão de cooperação;
  • Visita do Presidente da República à Força Aérea;
  • O Primeiro-ministro destaca as capacidades da Marinha;
  • Visita de uma delegação do Mando Conjunto de Operaciones de Espanha;
  • Reforço do sistema de informação e comunicações tático do Exército.
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