Com esta edição de dezembro completa-se o ano Editorial da Revista Militar de 2017, sendo igualmente a oportunidade para a Direção desejar a todos os Sócios, Assinantes e Colaboradores da nossa Revista, votos de Boas Festas e de que o Ano de 2018 seja, no domínio da Paz e da Segurança Internacional, mais previsível e que possibilite um maior desenvolvimento económico e social, indiscutíveis fatores impulsionadores da estabilidade internacional e da justiça social. (...)
É consensual que se vive, atualmente, um período de profunda revolução na forma de conduzir a guerra. Por isso, as designadas “guerras de 4ª geração” possuem características muito peculiares, ao evoluírem dos meios ou táticas militares para uma forma de guerra, cujo principal atributo é a insurreição.
Para fazer face a esta peculiaridade, o autor defende que deve ser adotado um esforço concertado por parte de todos os atores – estatais e não estatais – com competências nesta matéria e, principalmente, da existência de forças aramadas equilibradas, versáteis e flexíveis.
Este artigo subordina-se ao tema da extensão da plataforma continental atlântica portuguesa, em particular à identificação, diagnóstico e avaliação dos factores de natureza interna e externa que, em algum grau, actuam ou influenciam a estratégia para atingir aquele objectivo, definido pela política nacional.
Todo este processo decorre num ambiente de multipolaridade, multilateralismo, crescente interdependência complexa entre todos os fenómenos, actores e factores, endógenos e exógenos, e “alienação de parcelas de soberania a favor do desenvolvimento de estruturas internacionais comuns” (Sacchetti, 202: 175).
Este exercício de análise ou pensamento estratégico procura concluir se, face ao manancial de potencialidades e oportunidades latentes, todavia perante o enorme pântano de constrangimentos materializado por vulnerabilidades e ameaças, Portugal poderá levar a bom porto a realização do objectivo em apreço.
A criação do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves teve como fundamentos as ameaças exteriores e as novas realidades geopolíticas resultantes do Congresso de Viena, de forma a permitir a unidade da Nação – multirracial e pluricontinental – e a estabilidade política e social. Não foi, no entanto, tido em consideração que o novo polo de poder, criado no Rio de Janeiro, se haveria de revelar decisivo para a independência daquele território...
O artigo evoca a figura de um português – Inácio Augusto Anta, ex-aluno da Escola de Oficiais do Exército – que, depois de combater na guerra civil espanhola, ao lado dos republicanos, e de participar na resistência francesa contra os alemães, morreu no campo de concentração de Sachsenhusen, na Alemanha, em 1945, vítima do Holocausto nazi.