O Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, no discurso que proferiu na recente Cerimónia Oficial das Comemorações do “5 de Outubro de 1910”, recordou, entre outros factos históricos que, “há precisamente cem anos, em 1918, divisões fratricidas, debilidades partidárias, tratamento errado das Forças Armadas e incapacidade para enfrentar crises económicas e sociais conduziram ao antiparlamentarismo e ao providencialismo de um homem, num apelo ao Estado pós-partidário, que a si próprio se chamava República Nova”. Nesta oportunidade, ainda recordou que “não há verdadeira democracia sem sistema político dinâmico e gerador de alternativas, sem atenção a entidades estruturantes como as Forças Armadas”. (...)
Recordando a evolução entre a duas definições de Estratégia do General Abel Cabral Couto – a primeira, de 1968 e a segunda, de 1998 – o autor considera preocupante a posição da administração norte-americana, nos últimos tempos, no domínio das relações internacionais, por falta de uma atitude de tendência racional, cuja finalidade seja a segurança e defesa dos EUA e a segurança e a paz no mundo.
Após a Conferência de Bandung, em 1955, Portugal deixava de contar com o apoio dos seus aliados tradicionais para continuar com a sua política de colonização ultramarina. Esta foi, contudo, compensada, tanto a nível militar como político, pelo suporte evidente da França, mas que os factos demonstraram não terem sido suficientes para que Portugal sustentasse o seu império...
Partindo do Despacho n.º 2943/2014, de 21 de fevereiro, do Ministro da Defesa Nacional, que enuncia a reforma do Serviço de Saúde Militar, o autor pretendeu partilhar alguns pontos e aspetos cujas problemáticas vivenciou e que, do seu ponto de vista, a Instituição, não tem sabido gerir e adaptar-se. Contudo, considera que a Saúde Militar terá sempre o seu lugar, podendo e devendo considerar-se, ainda, uma mais valia para o País.
O presente estudo, subordinado ao tema Tendências Conflituais para o horizonte 2035, tem por objetivo, apresentar de forma sistematizada, quais as tendências no domínio da conflitualidade global e um possível cenário, sob a forma de narrativa, para o horizonte 2035.
Através de um raciocínio dedutivo analisou-se um conjunto de Relatórios e Estudos de reputadas organizações e instituições internacionais, no sentido de se identificar em elementos pré-determinados e indicadores tendenciais. Após a identificação dos mesmos, expressou-se o resultado dessa análise sob a forma de narrativa em três patamares, designadamente do Sistema Político Internacional, da concentração em polos de poder regional e um patamar temático.
No final deste estudo, tomámos a retração da relevância dos EUA na Ordem Mundial, o aumento da relevância de Arquiteturas Económicas e de Segurança e Defesa regionais, a manutenção do terrorismo enquanto principal ameaça à segurança ocidental e o aumento das pressões demográficas na Europa como elementos pré-determinados. Nos três patamares de análise foram identificadas tendências que nos parecem tornar o mundo em 2035 mais incerto, mais exigente em termos securitários, reforçando a relevância do instrumento militar.
Poucos movimentos de guerrilha no mundo foram tão aguerridos na luta antiaérea como o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), durante a guerra que travou na Guiné contra as forças portuguesas. Foi no sul da pequena colónia africana que a guerra contra as armas antiaéreas do PAIGC se tornou mais dura, obrigando a Força Aérea Portuguesa a desenvolver, ao longo dos anos, uma série de missões ofensivas com o objetivo de desarticular o dispositivo antiaéreo instalado naquela região. Usando caças Fiat G.91, os pilotos portugueses conseguiram eliminar sistematicamente o armamento antiaéreo do PAIGC, tornando os guerrilheiros incapazes de restringir a liberdade de ação dos meios aéreos portugueses. Só com o aparecimento do míssil terra-ar Strela 2-M, em 1973, é que esta liberdade seria posta em causa.
Não sendo ainda consensual que a ‘Guerra Híbrida’ possa constituir uma nova modalidade de guerra, o autor considera, apoiando-se em alguns autores contemporâneos, ser mais ponderado classificá-lo como um fenómeno inerente à natureza dos conflitos que começaram a desenrolar-se no séc. XXI.
A Balança da Europa, é um livro da autoria de Carlos Gaspar, publicado por Alêtheia Editores, no qual o autor, em quatro capítulos (“o fim da Europa”, “a reconstrução da Europa”, “a reinvenção da Europa” e “o declínio da Europa”) sintetiza, de forma genérica, mas num texto cronologicamente rigoroso e de agradável leitura, as diversas tentativas da «construção de uma unidade europeia», a partir da segunda década do século passado. [...]
O Livro Antigo na Biblioteca do Exército, coordenado pelo respetivo diretor, o Coronel Mário Freire da Silva, em parceria com o Doutor Tiago Reis Miranda, do Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades (CIDEHUS) da Universidade de Évora, começa por incluir uma nota de abertura do Presidente da República, um prefácio do Ministro da Defesa, uma apresentação do General Chefe do Estado-Maior do Exército e uma introdução, escrita a duas mãos pelos seus coordenadores. O Livro inclui ainda, dezanove textos ... [...]