Desde o pretérito dia 21 de maio, concretizada a alteração da sua estrutura de comando superior e a concentração de todo o poder hierárquico no Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), e com a visão de uma surpreendente multidão de inesperados especialistas em Defesa Nacional e em Organização da Instituição Militar, as Forças Armadas (FFAA) estão agora aptas a “responder com maior acuidade e eficácia, bem como a optimizar a sua operacionalidade face aos novos riscos de segurança, de um mundo pós Guerra Fria, globalizado e digitalizado, em que as novas tecnologias alteram os riscos e as formas de ataque à segurança dos Estados” (opinião de um especialista). Na Assembleia da República foi salientado que no “novo conceito de segurança nacional, as Forças Armadas têm um papel social decisivo e que hoje não fazem a guerra, fazem a paz”. A nível da tutela, a justificação para a atual visão do reforço do comando conjunto centralizado decorre, na conjuntura atual e que se evidencia, do que “são as guerras híbridas, a ciber-guerra e o uso das tecnologias disruptivas”. [...]
Os dirigentes políticos e os chefes militares reagem, frequentemente, de forma diferente em relação às prioridades e às alterações que devem ser feitas na estrutura e funcionamento das forças armadas, por forma a que elas se tornem mais aptas para cumprir as suas missões. Estas divergências resultam, por um lado, da formação que têm as elites políticas, dos riscos que a direcção política não considera ou aceita correr, da atenção que dão à economia, da baixa prioridade que atribuem aos assuntos de segurança e defesa, e do desconhecimento dos aspectos singulares que caracterizam a Instituição Militar. Por outro lado, os militares sublinham a importância dos meios humanos e materiais de que dispõem para cumprir as missões que lhes estão confiadas, a importância das estruturas, da preservação dos valores, do espírito de corpo e do moral e a consideração que a Instituição Militar e aqueles que nela servem devem merecer. (...)
Nesta cidade ribatejana de Santarém, fiz o lançamento do livro “Marquês de Sá da Bandeira: o Homem, o Militar e o Político”, na sequência das várias cerimónias de homenagem que anualmente os cadetes da Academia Militar lhe prestam, como seu patrono, a 6 de janeiro de 2019, data da sua morte. Assim, homenageei, como comandante da Academia Militar e como cidadão, Bernardo de Sá Nogueira, o “Filho da Vila e Pai da Cidade”, título da exposição integrada nas comemorações dos 150 anos de elevação de Santarém a cidade. Cerca de um ano depois, fui então convidado para fazer parte do Centro de Investigação e para proferir esta comunicação, trabalhada na sequência do lançamento da obra “A Fundação do Exército Português”, que efetuei no dia da Academia Militar, a 12 de janeiro de 2020, data da criação da “Escola do Exército” pelo Marquês de Sá da Bandeira.
Portugal, País das «sete partidas»; de gente aventureira que se instalou em Ceuta, em 1415, e percorreu a costa africana ao longo desse século, que navegou para a Índia e edificou o Império do Oriente, no século XVI, que se abalançou para o Pacífico e que ampliou a terra brasílica e a rentabilizou, a partir de meados de seiscentos, que ocupou África, na segunda metade do século XIX, e que, finalmente, como percebeu Agostinho da Silva, descobriu a Europa, em 1985. Uma longa globalização materializada por políticos, burocratas, militares, missionários, comerciantes, homiziados ou simples aventureiros; uma longa circunferência planetária que trouxe o gentio luso de regresso às origens a partir de 2002, com a emancipação de Timor-Leste. (...)
O objeto de estudo deste artigo centra-se na análise das alterações climáticas, como elementos subsidiários do Ciclo de Produção de Informações Estratégicas (CPIE) e do seu impacto nas Forças Armadas (FFAA) portuguesas. [...]
The History of the Police in Portugal is bolstered by the History of military leadership, as Army officers have left an indelible mark, with a lasting impact in its organisational culture. (...)
Estará a relação da União Europeia com a NATO marcada por um sempiterno debate mal resolvido entre idealismo e realismo em Relações Internacionais? Ou, no improvável caso de ter abandonado esse debate, apenas entregue às pressões da opinião pública? (...)
À luz do artigo 132.º, n.º 1, do atual Regulamento Geral do Serviço nas Unidades, Estabelecimentos e Órgãos do Exército (RGSUEOE), a par das tradições, as cerimónias são fatores essenciais que contribuem para uma sólida formação castrense dos militares e, bem assim, para o incremento do espírito de corpo das unidades que ocupam. (...)
Discurso do Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, na Sessão Solene Comemorativa do 47.º aniversário do 25 de Abril