A situação decorrente da Guerra na Ucrânia obriga a uma reflexão sobre os desafios com que, naturalmente, iremos ser confrontados, no ambiente internacional que se seguirá ao desejado Acordo, que porá fim ao conflito. (...)
Uma posição possível é considerar que é ainda prematuro retirar consequências para a Segurança europeia da agressão russa à Ucrânia.
Porém, mesmo ao fim de pouco tempo, a natureza absurda e inaceitável desta guerra gerou um conjunto de evidências sobre as quais nos devemos deter. (...)
Nos últimos anos, muito se tem dito e escrito sobre a água e a sua importância para a vida do Planeta em que habitamos.
A minha intenção é fazer-vos uma breve exposição sobre a importância da água para que seja possível compreender as questões geopolíticas que a envolvem. (...)
As Pequenas e Médias Empresas (PME) têm não apenas em Portugal como em regra no mundo, um papel fundamental na garantia dos chamados equilíbrios sociais, muito necessários para o bom funcionamento das sociedades, especialmente no quadro de economias capitalistas. Por um lado, elas são garantia de geração de riqueza e rendimento para muitas pessoas, que assim podem ver concretizadas as suas aspirações de inserção e até de mobilidade sociais. Por outro lado, elas permitem que muitos possam trabalhar sem ser na qualidade de trabalhadores por conta de outrém, isto é, sem estarem na dependência económica de outrém, e assim também favorecendo a diminuição da própria conflitualidade social. (...)
Josep Borrell Fontelles, Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, escreveu no Twitter, no dia 7 de janeiro de 2022, que os próximos seis meses serão a chave para a construção da Europa do futuro, com uma UE mais soberana e capaz de agir em matéria de segurança e defesa (Fontelles 2022). Estava a referir-se às alterações em matérias de segurança e defesa, que previsivelmente serão impulsionadas pela presidência francesa da União Europeia (UE), durante o primeiro semestre de 2022. (...)
A queda do muro de Berlim e a implosão da União Soviética implicou o fim da Guerra Fria e da bipolaridade mundial, iniciando-se a unipolaridade com a hegemonia dos Estados Unidos da América (EUA). No entanto, nas últimas décadas tem-se assistido à ascensão da República Popular da China (RPC), principalmente com a chegada ao poder de Deng Xiaoping, em 1978, iniciando o seu programa das “quatro modernizações”. Através dos seus líderes, desde então, a RPC não esconde a sua vontade de se tornar uma potência global, iniciando, assim, uma das principais transformações na estrutura do poder mundial nas últimas décadas, com o desígnio de rivalizar com a única superpotência desde o fim da Guerra Fria, os EUA. (...)
Nas últimas duas décadas, aos olhos da comunidade internacional, a política externa russa tem sido vista como expansionista, onde a utilização de métodos coercivos, tais como a guerra Russo-Georgiana, em 2008, o conflito na Síria e na República Centro-Africana (RCA), e mais recentemente a guerra em Donbass, na Ucrânia, parece ser uma tentativa de reconstrução da antiga União Soviética (Benaso, 2021, p. 5). (...)