Na última Edição do ano da Revista Militar, justifica-se que se analise o facto mais relevante em termos de Segurança e Defesa com que, na Europa, estamos confrontados. O decorrer das ações militares na Ucrânia, ao longo de quase dez meses (início a 24 de fevereiro deste ano), permite uma reflexão sobre os acontecimentos mais significativos que têm marcado o conflito, mas também sobre a influência que os mesmos têm vindo a revelar, quer no comportamento de outras potências quer no posicionamento das Grandes Organizações Internacionais, sobre o mesmo acontecimento. (...)
Prémio Revista Militar
Regulamento
Nunca tendo havido lugar, no seio da sociedade portuguesa, o indispensável debate sobre a prestação de Serviço Militar em Portugal, após 25 Abril de 1974, com o rigor e a lucidez que a sua importância exigiria, torna-se urgente, então, uma necessária como aprofundada reflexão sobre uma política pública reconhecidamente relevante para as Forças Armadas (FA) e para o País, num momento particularmente grave para a defesa e segurança europeias. (...)
Quando pela primeira vez tomei conhecimento da existência de uma cerimónia de juramento de bandeira para cidadãos civis em Espanha, considerei o evento um pouco estranho, na medida em que sempre associei tal tradição a uma especificidade militar, que não se enquadrava noutro contexto que não o da assunção da condição militar pelos cidadãos que, por esta via, passavam a ser militares na sua plenitude. Não deixei, por isso, de me interessar pelo assunto e procurar perceber melhor esta realidade, de forma a avaliar da sua aplicabilidade, utilidade e eventuais vantagens, a nível nacional. (...)
A implosão da União Soviética, em 1991, marcou a emergência de Estados litorais independentes na região do Mar Negro – Bulgária, Geórgia, Roménia, Rússia e Ucrânia. Desde então, o núcleo central daquela região passou a englobar aqueles cinco Estados ribeirinhos. Alguns autores – como Charles King (2008), Neil Melvin (2018), Alexandra Kuimova ou Siemon Wezeman (2018) – consideram, porém, que os limites atribuídos a tal região podem variar substancialmente, dependendo da perspetiva geográfica, histórica ou cultural específica. Neste sentido, se forem tidas em conta as dinâmicas de segurança que se foram construindo, sobretudo, ao longo deste século, podemos considerar uma “região alargada do Mar Negro” que combina um espaço marítimo central (ligado aos Estados ribeirinhos supra identificados e à Turquia) com acesso limitado via Mar Egeu (através dos estreitos turcos) e zonas litorais que o ligam à Eurásia (numa vasta extensão dos Balcãs ao Cáucaso e das estepes ucranianas e russas à Anatólia) e até mesmo ao Médio Oriente (King, 2008), (Melvin, 2018), (Kuimova & Wezeman, 2018). (...)
A descoberta oficial do Brasil (oficial, pois foi quando a Coroa Portuguesa assumiu o seu “achamento”), em 22 de Abril de 1500 – dado haver praticamente a certeza de que navegadores portugueses já lá teriam chegado antes – foi sem dúvida um dos marcos fundamentais da superior saga descobridora portuguesa. O território era de uma beleza exuberante, a terra ubere e o subsolo veio a revelar ser um manancial de riquezas. (...)
A proposta para esta investigação teve como ponto de partida a procura das respostas às seguintes questões: Qual foi a evolução do exército desde o final da Monarquia até à I Guerra Mundial a nível da sua dimensão, recursos e natureza? Quais eram as principais influências e origens do fardamento? Há alterações diacrónicas nos Planos de Uniformes de 1911, 1913 e 1916? Tendo em conta as condições das trincheiras da Grande Guerra, como correspondeu o fardamento e o equipamento português? Com base na iconografia e na documentação das Ordens do Exército e das Ordens de Serviço, tentar-se-á encontrar um conjunto de respostas fundamentadas. (...)
Fim de Império (1947-1975)
GUERRA E MUDANÇAS
na Europa e no Mundo no Século XXI