Em 24 de fevereiro de 2022, a Conjuntura Estratégica Internacional passou a estar marcada pelo conflito aberto entre a Rússia e a Ucrânia, tornando aquilo que se considerava improvável – uma guerra entre Estados – numa realidade chocante, em pleno Século XXI e no Centro da Europa. Em termos estratégicos, tornou-se uma exigência olhar para a componente militar da Defesa Nacional, materializada na existência e operacionalidade das Forças Armadas nacionais. Não é mais possível ignorar ou subalternizar esse facto. [...]
É sabido que as Forças Armadas irão desempenhar um papel determinante no sucesso da estratégia que vier a ser definida para a Segurança e Defesa de Portugal. Por isso, importa ver se os militares que as servem estão motivados, se o seu moral está em alta e se a sua mente está liberta de preocupações que os impeçam de se focarem na missão. [...]
O início do paraquedismo militar em Portugal ainda é relativamente desconhecido, mesmo no interior da instituição militar. Reconhecendo que a investigação histórica é um processo continuo, aquilo que ontem foi “descoberto” em arquivos e até o escrevemos é sempre passível de actualização, vamos dar a conhecer nestas breves notas factos indiscutíveis do que até hoje está investigado sobre a criação do Batalhão de Caçadores Paraquedistas, primeira unidade desta especialidade nas Forças Armadas Portuguesas. [...]
Com o decorrer dos anos, tem sido visível que as organizações têm necessidade de enfrentar inúmeros desafios que, para além de serem de natureza diversificada, são exigentes, o que leva os gestores a elevarem o seu grau de preocupação com a qualidade dos seus recursos humanos, pois só desta forma é possível alcançar os objetivos estratégicos definidos. [...]
É no início do período do constitucionalismo democrático, mormente no decurso da primeira revisão constitucional, em 1982, promovida pela Lei n.º 1/82, de 30 de outubro, perspectivada para a desmilitarização do regime político e consagração do subsequente princípio da subordinação das Forças Armadas ao poder politico civil, que se consagra a disposição legitimadora das restrições constitucionais aplicáveis aos militares das Forças Armadas. [...]
Passaram 60 anos sobre o início da guerra em Angola que depois se estendeu a outros territórios ultramarinos e que, no seu conjunto, a História regista como as Guerras de África (1961-1974).
Falar deste conflito é lembrar, não só, a forma como os militares da Marinha encararam os “ventos de mudança” que sopravam por grande parte do planeta, mas, também, toda uma geração que deu o seu melhor ao serviço da Marinha, pois, entre 1961 e 1974, durante cerca de 13 anos, foram mobilizados quase um milhão de portugueses, morreram mais de uma dezena de milhares de militares e foram consumidos recursos que eram necessários ao desenvolvimento do país. [...]
Autor: A. Gonçalves Ribeiro