Na atualidade, três ordens de razões apontam para a alta probabilidade da Ucrânia iniciar uma ação ofensiva sobre a frente russa: a necessidade estratégica de contrariar uma visão de “frentes estabilizadas” e consolidação da ocupação territorial russa; as referências do Secretário Geral da OTAN e dos EUA, pela voz do General Mark Milley, de que o Ocidente já entregou mais de 90% do material necessário à Ucrânia, para esta nova fase da guerra; por último, mas não menos importante, a realização da Cimeira da OTAN, em Vilnius, em meados do próximo mês, onde será importante a apresentação de ações que materializem a conquista de território ocupado pela Rússia ou a concretização do objetivo estratégico declarado, de chegar ao Mar de Azov, quebrar a continuidade territorial e isolar a Península da Crimeia. [...]
O espírito de defesa é a predisposição e a vontade que as pessoas tenham e expressem para defender algo importante que pode ser destruído ou danificado por uma acção exterior. Sendo esta uma definição simples de espírito de defesa, aquilo que vamos tratar é o “espírito de defesa” de algo particularmente importante – o nosso país. [...]
A Geopolítica não pára. E os conflitos a que dá origem também não.
Os órgãos de comunicação social, por norma, só relatam o que acontece, depois de acontecer. E os políticos e chefes militares andarão à frente dos eventos?
É o que resta ir aferindo.
O actual conflito entre Marrocos e a Argélia, que se tem agudizado desde 2020, tem atraído pouca atenção.
Mas para nós, portugueses, o que se passa deve ser seguido à lupa, pois é de crucial importância. [...]
Dedico estas linhas, esta conferência, a todos os paraquedistas militares que serviram na Força Aérea Portuguesa (FAP), mas também a todos os que depois, no Exército, deram continuidade às Tropas Paraquedistas Portuguesas. São estes últimos que as mantêm vivas, têm o meu reconhecimento.
Em 30 de Dezembro de 1993, sendo eu capitão, com 14 anos de serviço na Força Aérea, assisti em Tancos às cerimónias de extinção do Corpo de Tropas Paraquedista, no período da manhã, e à de activação do Comando das Tropas Aerotransportadas e da Brigada Aerotransportada Independente, no período da tarde. [...]
A Guerra da Ucrânia, apelidada pelo governo russo de “operação militar especial” e desencadeada com a alegada justificação de suster atos genocidas ucranianos nas províncias pró-russas de Donetsk e Lugansk, traduziu-se na maior operação militar na Europa, desde a Segunda Guerra Mundial. Para isso, foi necessária a mobilização de um grande contingente militar para junto da fronteira com a Ucrânia, bem como o aprontamento logístico de um elevado número de meios, cenário que foi gerando vários alertas atinentes a uma provável invasão russa. Não obstante, conforme evidencia Telo (2022, p. 17), “a invasão da Ucrânia provocou inúmeras surpresas e mudou o mundo em poucos dias”. [...]
A História da Matemática assume particular relevo quando se trata de introduzir novos temas ou mostrar aplicações dos temas introduzidos. Por este facto, tem ganho nos últimos anos uma importância crescente no ensino.
Em 1759, o Marquês de Pombal decide expulsar os Jesuítas. As Universidades, ainda muito ligadas a paradigmas Escolásticos, encontram-se numa profunda crise. No sentido de modificar esta situação, Sebastião José decide reformar a Universidade de Coimbra, reformulando as faculdades, a orgânica dos cursos, os currículos. [...]
Este artigo, pretende estudar os oficiais do Exército e da Armada da família Souza Coutinho-Linhares, tendo início em D. Francisco Inocêncio de Souza Coutinho (1726-1781), Governador de Angola (1764-1772), cognominado o “Pombal de Angola”, o primeiro português que acalentou o sonho de realização do «Mapa Cor-de-Rosa» de ligação entre Angola e Moçambique; segue depois D. Francisco Maurício de Sousa Coutinho (1764-1821/1823), (...) 6º Conde de Linhares (1948), Capitão de Mar-e-Guerra (1936); e de D. António de Souza Coutinho (1881-1956), Capitão de Cavalaria (1917), etc. [...]
Entre os seus manuscritos reservados, conserva a Biblioteca Nacional de Portugal a carta cujo texto é o seguinte:
(...)
O remetente da carta e seu anexo (adiante, «carta») é, como resulta da mesma, ElRei e Este era, então, D. Carlos, 33.º Rei de Portugal, filho primogénito de D. Luiz I – a quem sucedeu no Trono – e da Rainha D. Maria Pia de Sabóia, nascido no Palácio da Ajuda, a 28-Set.-1863, e morto no Terreiro do Paço, a 1-Fev.-1908. [...]
A Guerra Cristã na Formação de Portugal
(1128-1249)
Carlos Filipe Afonso
Livro de Crónicas
Nuno Pereira da Silva