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2650 - Novembro de 2022

Nota de Abertura


 

Bicentenário da Independência do Brasil

7 de setembro de 2022

 

A Revista Militar (RM) dedica à efeméride o presente número temático que tem a colaboração da Biblioteca do Exército, na sequência da realização do Ciclo de Conferências Os Exércitos e a Independência do Brasil – 2021 a 2023, que decorreu em 22 de novembro de 2021, na Direção de História e Cultura Militar, em Lisboa, coordenado pelas Bibliotecas dos Exércitos de Portugal e do Brasil, no qual participaram o Prof. Doutor Sérgio Veludo Coelho, da Escola Superior de Educação do Politécnico do Porto, e o Tenente-coronel QCO Wagner Alcides de Souza, da Diretoria do Património Histórico e Cultural do Exército do Brasil, que apresentaram as comunicações “Do Exército do Reino de Portugal ao Exército do Reino do Brasil – continuidades e rupturas” e “O desejo irrealizável – O Império Luso-Brasileiro”, respetivamente.

As comunicações deram origem aos artigos que se publicam nesta edição da RM, a que se juntam os artigos “A engenharia militar lusitana e a grandeza do Brasil” e “Uniformes dos Regimentos do Reino e Conquistas”, do General Marcio Tadeu Bettega Bergo, Presidente do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, e do Prof. Doutor Pedro Soares Branco, diretor clínico do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, respetivamente, que aceitaram os convites para colaborarem nesta edição evocativa.

Na oportunidade, a par de uma Bibliografia da RM, no âmbito da independência do Brasil, são republicadas quatro crónicas internas alusivas à construção e à inauguração da estátua de D. Pedro IV, localizada na Praça do Rossio, em Lisboa:

– [“Colocação da primeira pedra para a estátua de D. Pedro IV”] (1852);

– “Memória a D. Pedro IV no Rossio de Lisboa” (1864);

– “Sobre o mesmo assunto” (1864);

– “Inauguração da estátua de D. Pedro IV” (1870).

A Direção da RM agradece o apoio do Exército Português, através da Direção de História e Cultura Militar e da Biblioteca do Exército, bem como da Comissão Portuguesa de História Militar para publicação deste número temático. Fica aqui também uma nota de reconhecimento aos autores pelos contributos das excelentes colaborações.

 

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Resumo do Acervo Articular da Revista

 

1. A engenharia militar lusitana e a grandeza do Brasil
   General Marcio Tadeu Bettega Bergo e Prof. Cristiane Carbone

O corrente ano, do Bicentenário da Independência do Brasil, assinala cinquenta e duas décadas contadas a partir do momento em que as caravelas de Cabral fundearam às costas da Bahia, além dos duzentos anos desde o Grito do Ipiranga. (...)

 

2. Uniformes dos Regimentos do Reino e Conquistas – Anno 1791
   Prof. Doutor Pedro Soares Branco

Entre o extenso e valioso acervo da Biblioteca do Exército encontra-se um livro manuscrito, intitulado “Uniformes dos Regimentos do Reino e Conquistas”, de 1791. Este contém um raríssimo conjunto de ilustrações coloridas, representando os uniformes dos corpos dos reinos de Portugal e do Algarve, do Brasil, de Angola e Moçambique e dos Estados da Índia, bem como dos aspirantes guarda marinha e dos engenheiros. (...)

 

3. Do Exército do Reino de Portugal ao Exército do Império do Brasil – continuidades e ruturas 
   Prof. Doutor Sérgio Veludo Coelho

Em Novembro de 1807, Napoleão ordenara ao general Junot que invadisse e ocupasse Portugal para integrar o país no seu Bloqueio Continental contra a Grã-Bretanha. Nesta altura, a resistência era inútil, mas, numa atitude inédita, o príncipe regente, D. João VI, decidiu transferir a Corte para o Brasil em vez de se submeter a Napoleão. (...)

 

4. O irrealizável Império Luso Brasileiro
   Tenente-coronel Wagner Alcides de Souza

No dia de Todos os Santos de 1755, as Igrejas em Lisboa estavam lotadas, quando adveio a catástrofe do Terremoto, acompanhado por uma maremoto que impôs gigantescos danos à capital portuguesa. Essa tragédia, foi de tal monta que impressionou a intelectualidade européia, em especial a Voltaire que escreveu Poème sur le désastre de Lisbonne, editado em 1756, onde explanou: “Filósofos iludidos que bradais «Tudo está bem»”. (...)

 

Republicação de Artigos

5. Cronica Interna - [Colocação da primeira pedra para a estátua de D. Pedro IV]
   Salgado (Revista Militar n.º 8, agosto de 1852, pp. 361-362)

Festividade da collocação da primeira pedra fundamental do monumento, que, na praça, de D. Pedro, deve erigir-se á memoria de Sua Magestade Imperial o Senhor D. PEDRO IV. – No dia 17 de Julho ultimo teve logar esta festividade. No vestibulo da fachada principal do Theatro da Senhora D. Maria II estavam ricamente armadas tres tribunas; a do centro, destinada a Suas Magestades e Altezas, a da esquerda ao Corpo Diplomatico, e a da direita ás deputações das Camaras electiva e hereditaria. (...)

 

6. Memoria ao Sr. D. Pedro IV no Rocio de Lisboa
    Nuno Correa Moncão, Major do Exercito (Revista Militar n.º 6, março de 1864, pp. 183-184)

Sabemos que o actual sr. ministro das obras publicas mandàra demolir um monte de pedras, que se acha levantado na Praça de D. Pedro, a que o publico chama o galheteiro do Rocio; o que já ha muito devêra ter sido ordenado por ser vergonhoso, que se elevasse um similhante monumento, ao primeiro homem do nosso paiz, e a quem principalmente devemos a liberdade de que gosamos. (...)

 

7. Sobre o mesmo assumpto
    Cunha Vianna (Revista Militar n.º 6, março de 1864, pp. 184-186)

O artigo que precede este, determinou-me a escrever tambem duas palavras ácerca do malfadado monumento da Praça de D. Pedro. Depois de terminada a luta da legitimidade do throno, e com elIa a da liberdade do paiz; e tendo fallecido o Heroe, que se collocára á testa de tão gloriosa empreza, houve o sublime pensamento de levantar um padrão, que exprimisse o reconhecimento de um povo pelo seu libertador, e do exercito pelo seu general, que lhe proporcionára occasião de adquirir fama e renome. (...)

 

8. Inauguração da estatua de D. Pedro IV
    Antonio Florencio de Sousa Pinto, Ten. cor. d’art (Revista Militar n.º 8, abril de 1870, pp. 183-186)

Hoje 29 de abril descobre-se a estatua do duque de Bragança, D. Pedro de Alcantara, quarto de nome, vigessimo Dono na ordem dos reis de Portugal, e o primeiro na dos imperadores do Brazil, e que, abdicando um e outro cargo em favor de sua filha a sr.ª D. Maria da Gloria, e de seu filho o sr. D. Pedro (actualmente imperador do Brazil) tomou o logar de general do exercito que se denominou libertador, e restabeleceu o codigo da monarchia por elle decretado, quando rei, faz hoje quarenta e quatro annos; e depois de mandar hastear em todos os angulos de Portugal e de suas colonias a bandeira bicolor da liberdade, abraçando a sua gloriosa espada, entregou o espírito a quem Ih’o tinha dado, e há trinta e seis annos que dorme o somno ria morte na mansão dos reis. (...)

 

9. Bibliografia da RM, no âmbito da independência do Brasil

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by CMG Armando Dias Correia