Nº 2603 - Dezembro de 2018
Pessoa coletiva com estatuto de utilidade pública
Depoimentos

Presidente da República lamenta a morte do General Loureiro dos Santos

 

Ministro da Defesa Nacional entre 1978 e 1980, Vice-Chefe do Estado-Maior-General, em 1977, e Chefe do Estado-Maior do Exército, o General Loureiro dos Santos teve uma destacada e reconhecida participação na vida pública portuguesa, com uma contribuição muito relevante para a consolidação da Democracia.

Com uma excecional inteligência e vasta experiência académica, o General Loureiro dos Santos era detentor de um pensamento inovador nos conceitos de estratégia e Defesa Nacional, sendo considerado um dos mais notáveis militares da sua geração e o grande mestre da moderna escola de Estratégia em Portugal.

O General José Alberto Loureiro dos Santos, várias vezes condecorado pelo Estado Português, foi este ano agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada pelo Presidente da República Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, que lamenta a sua morte e envia as mais sentidas condolências à família, aos amigos e às Forças Armadas.

 

O Parlamento Português aprovou, por unanimidade, um voto de pesar apresentado pelo presidente da Assembleia da República pela morte do General Loureiro dos Santos

 

“É com profundo pesar que a Assembleia da República assinala o falecimento do general José Alberto Loureiro dos Santos. O general Loureiro dos Santos era considerado um dos mais notáveis militares da sua geração, cuja distinta carreira o levou aos cargos de vice-Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas e Chefe do Estado-Maior do Exército”, refere o texto apresentado por Ferro Rodrigues que recorda o percurso de Loureiro dos Santos.

“A Assembleia da República lamenta profundamente a morte do cidadão ilustre, do militar exemplar e do pensador ímpar e endereça à família, aos amigos e ao Exército Português as mais sentidas condolências”, refere o voto.

José Alberto Loureiro dos Santos foi ministro da Defesa Nacional entre 1978 e 1980 nos IV e V Governos Constitucionais, chefiados por Carlos Mota Pinto e Maria de Lourdes Pintassilgo, ambos executivos de iniciativa presidencial de Ramalho Eanes.

Militar do ramo de artilharia, Loureiro dos Santos foi vice-Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, em 1977, e Chefe do Estado-Maior do Exército.

 

Ministro da Defesa Nacional lamenta falecimento do General Loureiro dos Santos

 

É com profundo pesar que o Ministro da Defesa Nacional lamenta o falecimento do antigo Ministro da Defesa Nacional e antigo Chefe do Estado-Maior do Exército.

O General Loureiro dos Santos era uma referência incontornável para as Forças Armadas e para a sociedade portuguesa, que transcende o Exército e é um nome que, pelo seu reconhecimento, perdura nas nossas memórias.

Era um líder com um grande sentido de dever, de lealdade, e de disciplina, uma referência intelectual inspiradora de uma dimensão que vai além do Exército.

 

Texto enviado ao Expresso pelo Ex-Presidente da República General Ramalho Eanes

 

Creio que Loureiro dos Santos estabeleceu, como grande propósito de vida, a excelência.

Excelência que conseguiu, primeiro, como aluno, e, depois, como professor, quer do ensino universitário, quer do ensino no Instituto de Altos Estudos Militares.

Excelência, também, como profissional militar, quer no desempenho das diferentes missões que lhe coube cumprir, quer no exercício das diversas funções que aceitou desempenhar. E, nestas últimas, referência especial merecem as de Vice-Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas e as de Chefe do Estado-Maior do Exército.

Excelência, idêntica, no trabalho político e militar que desenvolveu, para devolver ao 25 de Abril o seu grande propósito de democracia original.

Excelência, igualmente, quer no desempenho de funções políticas, enquanto Ministro da Defesa, quer na acção política militar, desenvolvida para a reinstitucionalização democrática das Forças Armadas.

Excelência, além disso, na sua preocupação ética, manifestada com coerente compromisso sempre, nomeadamente, ao dizer não à chefia do Estado-Maior-General das Forças Armadas, mas, também, às suas actividades militares.

Excelência, ainda, na sua contribuição para a informação da Sociedade Civil sobre grandes temas nacionais e internacionais, quer através de cuidada intervenção na comunicação social, quer por meio da edição de obras suas, de grande qualidade.

Excelência, esta, que lhe valeu o reconhecimento como sócio efectivo da Academia das Ciências de Lisboa e várias outras condecorações, militares e civis, por entidades públicas e pelo Estado português, nomeadamente, ainda este ano, a Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.

Loureiro dos Santos, estou certo, será perpetuado na nossa memória colectiva como uma personalidade de referência”.

 

Almirante António Silva Ribeiro, Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas

 

O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) recordou o general Loureiro dos Santos como “uma referência» na sua vida, considerando ser um «dia triste para todos os militares e académicos». «Foi não só um militar brilhantíssimo, mas um intelectual de elevada craveira, a sua morte representa para todos nós, militares, uma grande perda, mas também para a academia em Portugal», disse à Lusa, o almirante António Silva Ribeiro.

Lembrou que o general Loureiro dos Santos, depois de terminar a carreira no Exército, foi professor em várias universidades, entre as quais no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), em Lisboa. «Foi um professor de temas de estratégia, tendo tido uma carreira militar e académica brilhante. Hoje, sem dúvida, é um dia de grande tristeza para todos nós, militares e académicos, que vemos um dos mais brilhantes de todos nós partir”, frisou.

O almirante lembrou que Loureiro dos Santos foi para si “uma referência», recordando que nos seus trabalhos, quer de mestrado, quer de doutoramento, a obra do general «esteve sempre presente» dado que tinham interesses académicos comuns nas áreas da teoria da estratégia e do planeamento estratégico. «Interagimos muito os dois. E eu beneficiei imenso daquilo que foram os trabalhos precursores do general nessas áreas de investigação científica no ISCSP”, afirmou, lembrando ainda que acabou por ministrar no Instituto, quando enveredou pela carreira académica, algumas cadeiras que haviam sido anteriormente ministradas pelo general.

 

Chefe do Estado-Maior do Êxército escreveu um In Memoriam do General José Alberto Loureiro dos Santos

 

“Pela lei da vida e da morte, deixou-nos, em 17 de novembro de 2018, o General José Alberto Loureiro dos Santos, a quem o Exército, neste momento de despedida, presta uma muito sentida homenagem ao militar, ao chefe e ao académico, consubstanciada numa invulgar carreira de sucesso.

Natural de Vilela do Douro, freguesia de Paços, concelho de Sabrosa, distrito de Vila Real, José Alberto Loureiro dos Santos ingressou, em 1953, na Escola do Exército, atual Academia Militar, onde concluiu o Curso de Ciências Militares – Arma de Artilharia.

Desenvolveu uma extensa e brilhante carreira militar, no país e em África, reconhecida através de inúmeros louvores e condecorações, concedidos por entidades nacionais e estrangeiras. No seu currículo militar constam duas comissões em África, nomeadamente em Angola, de 1962 a 1965, e em Cabo Verde, de 1972 a 1974, bem como o desempenho dos mais relevantes cargos militares: Encarregado do Governo e Comandante-Chefe de Cabo Verde, Diretor do Instituto de Altos Estudos Militares, Comandante-Chefe das Forças Armadas na Madeira, Vice-Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (Vice-CEMGFA) e Chefe do Estado-Maior do Exército.

Homem de superior inteligência e profundas convicções, foi sempre um defensor e um impulsionador dos valores democráticos, tendo-se empenhado de forma muito ativa no caminho traçado por Portugal no decurso do século XX. A sua postura interventiva conduziu-o, naturalmente, ao desempenho de importantes cargos públicos: Secretário Permanente do Conselho da Revolução e Membro do Conselho da Revolução, por inerência das funções de Vice-CEMGFA, e Ministro da Defesa Nacional nos IV e V Governos Constitucionais.

Com dedicada e abnegada postura profissional e cívica, empenhou-se igualmente no estudo da História Militar, da Estratégia, dos assuntos de Segurança e Defesa, das Relações Internacionais, a par da frequência dos cursos inerentes à sua carreira militar, dos quais se destacam o Curso de Estado-Maior e o Curso de Comando e Estado-Maior do Exército Brasileiro, o qual lhe conferiu o doutoramento em Ciências Militares.

A sua sólida formação e grande cultura, aliadas a uma invulgar capacidade de trabalho, possibilitaram-lhe desenvolver um vasto trabalho de investigação e uma intensa atividade académica, nomeadamente como Professor no Instituto de Altos Estudos Militares, no Instituto de Defesa Nacional e no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. De igual modo, tornou-se sócio efetivo da Academia de Ciências de Lisboa, membro do Conselho Científico do Centro de Investigação de Segurança e Defesa do Instituto de Estudos Superiores Militares, membro do Conselho de Honra do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas e membro cooptado do Conselho Geral da Universidade Nova de Lisboa, membro fundador do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, Presidente da Assembleia Geral do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo e Membro do Grupo de Reflexão Estratégica do Ministério da Defesa Nacional.

Fruto dos seus profundíssimos conhecimentos das matérias de segurança e defesa, alicerçados na sua vasta e distinta experiência profissional, foi chamado a proferir inúmeras conferências, tendo ainda colaborado com vários órgãos de comunicação social, comentando e escrevendo artigos de inquestionável oportunidade e manifesta pertinência.

Teve ainda disponibilidade e energia para produzir extensa obra escrita a participar na elaboração de várias obras coletivas. Da sua autoria destacam-se os livros Apontamentos de História para Militares (1979), Forças Armadas, Defesa Nacional e Poder Político (1980), Incursões no Domínio da Estratégia (1983), Abordagem Estratégica da Guerra da Independência (1986), Como Defender Portugal (1991), Reflexões sobre Estratégia, Temas de Segurança e Defesa (2000), Segurança e Defesa na Viragem do Milénio, Reflexões sobre Estratégia II (2001), Ceuta 1415 – A Conquista (2002), A Idade Imperial,  Reflexões sobre Estratégia III (2003), E Depois do Iraque? (2003), Convulsões – Ano III da Guerra ao Terrorismo, Reflexões sobre Estratégia IV (2004), O Império Debaixo de Fogo – ofensiva contra a Ordem Internacional Unipolar; Reflexões sobre Estratégia V (2006), A Ameaça Global – O Império em Cheque – A Guerra do Iraque em Crónicas (2008), As Guerras que já estão aí e as que nos esperam, se os políticos não mudarem, Reflexões sobre Estratégia VI (2009), História Concisa de Como se Faz a Guerra (2010), Forças Armadas em Portugal (2012) e Tempo de Crise – Reflexões sobre Estratégia VII (2014).

O General Loureiro dos Santos dedicou a sua vida à Família, ao Exército e à valorização cultural e cívica dos Portugueses, militares e civis. Com elevada disponibilidade e notória generosidade pessoal, dedicou-se intensamente à Pátria, de que foi um cidadão exemplar e de inexcedível disponibilidade em ações que se reputam de elevado mérito literário, científico e artístico.

Cumpre-nos preservar dinamicamente a memória do General Loureiro dos Santos e prestar-lhe singelo e humilde tributo – à sua imagem – reiterando o enorme respeito pela sua dedicação, sagacidade, capacidade de liderança, pragmatismo, empatia e camaradagem. Por tudo o que foi, e por tudo o que realizou, guindou-se ao estatuto de personalidade exemplar da nossa História, sendo credor do mais profundo reconhecimento, pelos extraordinários e distintíssimos serviços que prestou ao Exército, aos Portugueses e a Portugal.

Até sempre, meu General!

Lisboa, 19 de novembro de 2018

O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO”

 

Síntese das reações de várias personalidades publicada no Diário de Notícias

 

Vasco Lourenço, capitão de Abril:

“Acima de tudo, recordo-o como um amigo, um grande amigo que parte, com o qual tive muitas lutas conjuntas depois do 25 de Abril para que a consolidação da Democracia fosse possível”, afirma o tenente coronel Vasco Lourenço, presidente da Associação 25 de Abril sobre o general Loureiro dos Santos.

O capitão de Abril Vasco Lourenço recordou a passagem de Loureiro dos Santos pela 5.ª Divisão do Estado-Maior General das Forças Armadas, “onde começou a envolver-se no processo” político do pós-25 de Abril, e foi membro do Conselho da Revolução. Foi um “militar extraordinariamente competente”, que “desempenhou altos cargos, quer no Governo, como Ministro da Defesa, quer nas Forças Armadas, como chefe do Estado Maior do Exército», afirmou ainda.

«O país fica hoje um pouco mais pobre com a partida do general Loureiro dos Santos», concluiu Vasco Lourenço, manifestando ainda a tristeza da associação a que preside pela morte de um dos seus associados.

 

João Soares, deputado:

O deputado socialista João Soares recordou o general Loureiro dos Santos como um homem «culto e inteligente» que o aconselhou por diversas vezes. «Quando tive responsabilidades na área da defesa, sob a direção de António José Seguro, várias vezes falei com ele, também quando fiz parte do Conselho Superior de Defesa Nacional. Várias vezes me aconselhei com o general, que nunca deixou de, generosa e inteligentemente, me dar o seu conselho», disse à Lusa João Soares.

O deputado socialista recordou ainda Loureiro dos Santos como «um grande militar das Forças Armadas portuguesas» e “um grande militar de Abril”, além do seu percurso como membro de dois governos «em circunstâncias complicadas», entre 1978 e 1980, dirigidos por Carlos Mota Pinto e Maria de Lourdes Pintasilgo. «Era um homem que estudava as questões que tinham a ver com as nossas Forças Armadas e as questões de geoestratégia internacional», lembrou João Soares, frisando a sua «admiração e respeito» pelo general.

 

João Gomes Cravinho, Ministro da Defesa:

Na sua conta na rede social Twitter, o Ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, escreveu que o general Loureiro dos Santos foi uma “figura de referência ímpar no pensamento militar em Portugal” e que “foi fundamental para a transição das Forças Armadas no regime democrático”.

Em comunicado, o Ministério da Defesa lamenta, igualmente, a morte do general Loureiro dos Santos, considerando-o «uma referência incontornável” para as Forças Armadas e para a sociedade portuguesa, que transcende o Exército. “É um nome que, pelo seu reconhecimento, perdura nas nossas memórias”, lê-se no comunicado do Ministério, que acrescenta que o general Loureiro dos Santos “era um líder com um grande sentido de dever, de lealdade, e de disciplina, uma referência intelectual inspiradora de uma dimensão que vai além do Exército”.

 

Ferro Rodrigues, Presidente da Assembleia da República:

“Foi sempre uma voz muito presente no espaço público, que contribuiu bastante para a difusão de uma cultura de segurança e defesa em Portugal. Espero que o seu legado continue sempre bem vivo no Exército e na sua terra natal de Sabrosa, onde existe um arquivo aberto ao público com o seu nome”, escreveu o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, numa nota enviada à agência Lusa.

Ferro Rodrigues recordou o ex-ministro da Defesa Nacional e Chefe do Estado-Maior do Exército como um homem muito respeitado pelos seus pares e muito admirado pelos portugueses, endereçando à família, aos amigos e ao Exército Português as suas condolências, em nome da Assembleia da República.

 

Velório do General Loureiro dos Santos na Capela da Academia Militar

 

“É uma grande perda, mas deixa um exemplo, um exemplo muito importante nestes tempos em que o valor da Pátria, da identidade nacional e da independência nacional, do prestígio e do respeito das forças Armadas são valores essenciais”, afirmou o Presidente da República, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, aos jornalistas quando foi apresentar condolências à família do general, na capela da Academia Militar, em Lisboa, pouco depois de regressar a Lisboa.

O Presidente da República prestou homenagem ao militar, que teve um papel essencial na transição democrática e na «institucionalização das Forças Armadas» no período pós-revolucionário e como “pensador de Portugal e do Mundo”. E comparou Loureiro dos Santos ao filósofo e ensaísta Eduardo Lourenço, que também se deslocou à capela para apresentar condolências à família.

Considerando Loureiro dos Santos uma personalidade que “suscitava consenso nacional”, o Presidente da República notou ainda a sua coragem e frontalidade, afirmando que “se discordava ao ponto de sair, saía, o que aconteceu várias vezes”, como aconteceu com o caso da chamada “lei dos coronéis», em que se demitiu de Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME).

Num comentário à ausência de representantes dos partidos no velório, o Presidente da República disse acreditar que “certamente” estarão amanhã “para as cerimónias fúnebres”, porque “se há hoje democracia partidária em Portugal isso deve-se largamente ao general Loureiro dos Santos”.

O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, lembrou que o general que também fez carreira académica «deixa um legado que é riquíssimo», como intelectual e pensador, e “na ação política”, deu um “contributo vital para a transição das Forças Armadas para o regime democrático”. E lembrou uma frase do ex-CEME, ao dizer que as “Forças Armadas serviram o regime anterior, ajudaram a derrubá-lo e ajudaram a consolidar o regime democrático” saído do 25 de Abril de 1974.

Questionado sobre se um dos legados de Loureiro dos Santos não poderia ser fazer-se o debate sobre o regresso do Serviço Militar Obrigatório (SMO), o ministro recusou essa ideia, considerando que o SMO “pode ser necessário numa conjuntura, foi necessário no passado, mas na conjuntura atual não”.

“Não creio que seja o caso”, afirmou.

Ramalho Eanes, ex-Presidente da República, realçou que Loureiro dos Santos “ajudou a democratizar uma instituição [Forças Armadas], o que não era fácil durante o 25 de Abril e no PREC [Processo Revolucionário em Curso]”.

Pelo velório passaram ainda Jorge Lacão, Vice-presidente do Parlamento, em representação de Ferro Rodrigues, que se encontrava na China; o Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho; o Major Mário Tomé, militar de Abril e antigo deputado da UDP, e o ex-titular da pasta da Defesa do PSD, Figueiredo Lopes, além de Carlos Costa, governador do Banco de Portugal.

Da hierarquia militar, estiveram presentes o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Almirante António Manuel Fernandes da Silva Ribeiro, e o Chefe do Estado-Maior do Exército, General José Nunes da Fonseca.

O General José Loureiro dos Santos, antigo ministro da Defesa Nacional e ex-chefe do Estado-Maior do Exército, morreu no dia 17 de novembro de 2018, em Lisboa, vítima de doença.

Nascido em Vilela do Douro, concelho de Sabrosa, no distrito de Vila Real, em 2 de setembro de 1936, José Alberto Loureiro dos Santos foi ministro da Defesa Nacional, entre 1978 e 1980, nos IV e V Governos Constitucionais, chefiados por Carlos Mota Pinto e Maria de Lourdes Pintassilgo, ambos executivos de iniciativa presidencial de Ramalho Eanes.

Militar do ramo de Artilharia, Loureiro dos Santos foi vice-Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, em 1977, e Chefe do Estado-Maior do Exército.

 

Nota da Redação:

Outras individualidades manifestaram publicamente o seu pesar, mas os critérios de paginação da Revista Militar limitam a sua publicação.

 


REDACÇÃO
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2019-05-10
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by COM Armando Dias Correia