No passado dia 19 de outubro, teve lugar, no Instituto da Defesa Nacional, o Seminário “A UE e a crise dos refugiados”, uma parceria entre o Instituto da Defesa Nacional e o Instituto Português de Relações Internacionais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
O objetivo do Seminário foi o de promover um debate aberto e plural sobre o que se entende constituir um dos maiores desafios à União Europeia, na atualidade.
O seminário foi organizado numa conferência de abertura e dois painéis que abordaram respetivamente, a crise dos refugiados e as guerras civis na Síria, no Iraque e na Líbia.
O Presidente da República, Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva, assistiu, em Tróia, no dia 5 de novembro, a demonstrações militares no âmbito do exercício da OTAN “Trident Juncture 2015”.
Recebido pelo Secretário-Geral da OTAN, pelo Ministro da Defesa Nacional, pelo Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas e por diversas entidades nacionais e estrangeiras, civis e militares, o Presidente Aníbal Cavaco Silva esteve presente no “Distinguished Visitors Day”, tendo visitado uma exposição estática e assistido a demonstrações no âmbito do exercício “Harbour Protection”, e de uma Operação de Desembarque Anfíbio.
O Comandante Supremo das Forças Armadas teve oportunidade de testemunhar o grau de preparação e operacionalidade dos militares portugueses e aliados, e a elevada complexidade de que se reveste a coordenação e a integração de meios de diferentes países.
O Presidente da República inteirou-se das atividades de preparação e planeamento conjunto do exercício da OTAN – organização da qual Portugal é membro fundador e parceiro empenhado ao longo de mais de seis décadas –, bem como sobre a ação dos militares portugueses no apoio logístico prestado e no emprego operacional das forças, envolvendo 3 000 efetivos e vários meios dos três ramos das Forças Armadas.
O exercício “Trident Juncture” da OTAN (TJ15), terminou no dia 6 novembro, tendo sido o maior e mais ambicioso exercício da OTAN, na última década.
O TJ15 decorreu, em simultâneo, a partir de três nações hospedeiras: Portugal, Itália e Espanha. No território nacional, o TJ15 decorreu nas zonas de Beja, Santa Margarida, Tróia e Setúbal, contando com a presença de cerca de 13 mil militares no terreno, de catorze países da Aliança.
Estiveram envolvidos no exercício meios da Marinha, do Exército e da Força Aérea, no âmbito do treino tático e da certificação de diversas unidades militares, bem como no treino dos Comandos de Componente da NATO RESPONSE FORCE 2016, num ambiente de alta interoperabilidade entre nações. O objetivo principal do exercício consistia em demonstrar a capacidade da OTAN em planear, gerar, preparar, projetar e sustentar forças e meios atribuídos.
Numa conferência de imprensa, que decorreu a bordo do NRP Vasco da Gama, em Tróia, em que participaram o Secretário-Geral da OTAN e o Ministro da Defesa Nacional de Portugal, Jens Stoltenberg referiu que Portugal, Espanha e Itália, países anfitriões do exercício, estavam na linha da frente dos desafios que a organização tem de enfrentar e que o sucesso do exercício demonstrou que a NRF está pronta para se empenhar, efetivamente, com uma elevada prontidão.
Referindo-se mais especificamente a Portugal, Jens Stoltenberg afirmou que o nosso país tinha efetuado um ótimo trabalho como anfitrião do exercício, contribuindo assim de forma substancial para os bons resultados do exercício, reafirmando dessa forma o seu compromisso para com a Aliança Atlântica. Relativamente às capacidades da Marinha e das Forças Especiais, oriundas das diferentes nações participantes no TJ15, o Secretário-Geral da OTAN frisou que o exercício visou também melhorar a capacidade das mesmas para trabalharem em conjunto e em situações de crise.
O Secretário-Geral da OTAN referiu ainda que a aliança está a “aumentar a sua presença na frente Leste, com mais aviões no ar, com mais tropas em terra e com mais navios no mar”. Paralelamente, poderá vir a reforçar o dispositivo militar nesta parte da Europa, sendo este um dos tópicos a discutir na próxima cimeira da OTAN, que terá lugar em julho, em Varsóvia.
O Ministro da Defesa Nacional, Dr. José Pedro Aguiar-Branco, por sua vez, congratulou-se com a forma como tinha decorrido o exercício, frisando que “a NATO permanece como uma aliança política e militar forte, pronta e capaz de lidar com todo o tipo de ameaças, sejam elas convencionais ou não convencionais”.
No dia 25 de Novembro de 2015, o General António Ramalho Eanes, juntamente com defensores humanitários e activistas de Direitos Humanos de todos os continentes, recebeu o Prémio Internacional da Paz de 2015, atribuído pela Gusi Peace Prize International, numa cerimónia em Manila, capital das Filipinas.
A Gusi Peace Prize International decidiu distinguir o General Ramalho Eanes em reconhecimento da sua carreira e do seu papel como estadista, numa contribuição única para a criação de uma paz duradoura, a nível nacional e internacional, nomeadamente, no conjunto dos países de língua portuguesa, tanto enquanto Presidente da República como, posteriormente, com uma ação cívica de relevo.
O nome da Gusi Peace Prize International é uma homenagem ao Capitão Gusi, combatente da Segunda Guerra Mundial, que se tornou líder político nas Filipinas e se notabilizou como defensor dos direitos humanos.
A Gusi Peace Prize International atribui, anualmente, desde 2002, o Prémio Internacional da Paz Gusi, considerado o «Prémio Nobel da Ásia», como reconhecimento do trabalho de individualidades ou organizações que tenham contribuído para a paz e a justiça global, em diversas áreas.
Vogal do Conselho Fiscal da Revista Militar.
Autor das Crónicas Militares Nacionais da Revista Militar.