Neste terceiro ano de evocações sobre a participação de Portugal na Grande Guerra (1914-1918), acordou a Comissão com a Direção da Revista Militar editar um outro número temático, agora sobre o Teatro de Operações (TO) europeu. Já em 2014, tinha a Revista Militar feito trabalho semelhante mas sobre as campanhas no TO africano.
Também agora se optou por selecionar e publicar alguns textos da época e convidar Sócios Efetivos, de hoje, para uma interpretação contemporânea do passado.
Uma reflexão sobre o que foi feito até agora pela Comissão reforça a nossa ideia de que a alguns atos públicos de homenagem aos Soldados Portugueses que participaram naquela guerra, não só inevitáveis mas de inteira justiça, era necessário incentivar a produção de textos e, de preferência, inéditos. Serão esses textos o legado deixado para os vindouros, da forma como interpretámos as razões do nosso envolvimento naquele conflito, 100 anos mais tarde, agora que não existe qualquer restrição à liberdade de expressão, conquistada que foi, a mesma, com a democracia efetiva.
Os historiadores consideram que a Grande Guerra marca um período determinante para a Europa política que dela resultou e a evolução que tem tido, até aos dias de hoje, parece evidenciar que ainda não foi encontrada a sua expressão final.
Para Portugal, a Grande Guerra foi, também, determinante, na medida em que nos inseriu (de novo) no espaço geográfico a que efetivamente pertencemos e por ter sido caracterizada pela forma pouco cuidada como os Governos de então – e foram muitos – encararam a política de Defesa Nacional. As lições do passado obrigam-nos a usar de prudência para que situações como as vividas então não voltem a repetir-se!
É que:
Este número temático da Revista Militar é um convite à reflexão!
A disponibilização do acervo bibliográfico da Revista Militar é um bem precioso para todos os investigadores da nossa história, uma fonte de consulta para todos os que querem encontrar no passado razões para entender como chegamos aos dias de hoje, a manifestação do correto entender do dever de serviço publico.
A Revista Militar cumpriu, e bem, a sua missão no âmbito do programa de Evocação do Centenário da Participação de Portugal na I Guerra Mundial.
[1] Ameaça Hibrida: Capacidade de atuar de forma coordenada e integrada, combinando as potencialidades de uma força irregular com as de uma força regular, moderna, atual, para potenciar os efeitos que são capazes de provocar.