Nº 2593/2594 - Fevereiro/Março de 2018
Pessoa coletiva com estatuto de utilidade pública
Contributos para reflexão
General
António Eduardo Queiroz Martins Barrento
Tenente-general
João Carlos de Azevedo de Araújo Geraldes

1.  AMBIENTE ESTRATÉGICO

     – A imprevisibilidade da ação política e estratégica de importantes centros de poder.

     – O predomínio da urgência e da incerteza nos ambientes políticos e estratégicos.

     – As alterações na capacidade nuclear com o surgimento de novos atores.

     – A permanência da conflituologia violenta em espaços geográficos alargados.

     – A criticidade da ameaça terrorista pela constância, imprevisibilidade e difícil defesa.

     – A abrangência e o alastramento da instabilidade política regional.

     – A agitação estratégica nas relações euro-atlânticas e no Leste da Europa.

     – A tendencial consciência europeia de desenvolvimento de poder próprio.

     – A possível reformulação estratégica da OTAN.

     – O provável surgimento de conflitos de interesse no mar.

     – A ciberguerra como dimensão importante da influência na política e no combate.

     – A possível evolução da ONU como pilar influenciador do equilíbrio estratégico.

     – A emergência de tendências autonómicas e dos conflitos que podem originar.

 

2.  REFLEXOS PARA A ESTRATÉGIA MILITAR NACIONAL

     – A indispensabilidade de incutir no pensamento e na ação política a inevitável repercussão estratégica.

     – O imperativo da adoção de uma Estratégia pró-ativa e contingencial.

     – A exigência de assegurar uma efetiva capacidade militar de segurança e controlo do Território Nacional para garantir:

        • Uma base de apoio fiável para operações aeronavais;

        • A salvaguarda de Pontos Sensíveis e de Infraestruturas Críticas;

        • Uma eficaz cobertura às medidas de salvaguarda de bens e de segurança das populações.

     – O reforço da capacidade conjunta das Forças de Terra, Mar e Ar para otimizar a eficiência da vigilância e intervenção nos espaços terrestres, marítimo e aéreo da responsabilidade nacional.

     – O desenvolvimento da capacidade de defesa NBQR e da Cibersegurança.

     – O incremento da eficácia operacional no domínio do contra terrorismo, designadamente, através do reforço das capacidades nos âmbitos das Informações, da protecção NBQR, da Ciberguerra e do crescimento da Força através da Mobilização.

     – A vantagem de uma flexibilização constitucional, ajustada à alteração da tipologia das ameaças, do emprego das Forças Armadas, em tempo de paz, para segurança reforçada das populações e de infraestruturas cíticas e para apoio a ações de Protecção Civil.

     – A primazia, no esforço de participação em operações de apoio à paz, à defesa dos interesses vitais do País.

     – A exigência de uma competente informação pública sobre o indispensável contributo do vetor militar para, no atual ambiente estratégico, colaborar na política externa do Estado e, no plano interno, na segurança do País, condição indispensável ao desenvolvimento.

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2018-07-06
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General

António Eduardo Queiroz Martins Barrento

Ex-chefe do Estado-Maior do Exército (1998-2001).

Ex-Presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Revista Militar (2003-2011).

Sócio Efectivo da Revista Militar.

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Tenente-general

João Carlos de Azevedo de Araújo Geraldes

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by COM Armando Dias Correia