1. AMBIENTE ESTRATÉGICO
– A imprevisibilidade da ação política e estratégica de importantes centros de poder.
– O predomínio da urgência e da incerteza nos ambientes políticos e estratégicos.
– As alterações na capacidade nuclear com o surgimento de novos atores.
– A permanência da conflituologia violenta em espaços geográficos alargados.
– A criticidade da ameaça terrorista pela constância, imprevisibilidade e difícil defesa.
– A abrangência e o alastramento da instabilidade política regional.
– A agitação estratégica nas relações euro-atlânticas e no Leste da Europa.
– A tendencial consciência europeia de desenvolvimento de poder próprio.
– A possível reformulação estratégica da OTAN.
– O provável surgimento de conflitos de interesse no mar.
– A ciberguerra como dimensão importante da influência na política e no combate.
– A possível evolução da ONU como pilar influenciador do equilíbrio estratégico.
– A emergência de tendências autonómicas e dos conflitos que podem originar.
2. REFLEXOS PARA A ESTRATÉGIA MILITAR NACIONAL
– A indispensabilidade de incutir no pensamento e na ação política a inevitável repercussão estratégica.
– O imperativo da adoção de uma Estratégia pró-ativa e contingencial.
– A exigência de assegurar uma efetiva capacidade militar de segurança e controlo do Território Nacional para garantir:
• Uma base de apoio fiável para operações aeronavais;
• A salvaguarda de Pontos Sensíveis e de Infraestruturas Críticas;
• Uma eficaz cobertura às medidas de salvaguarda de bens e de segurança das populações.
– O reforço da capacidade conjunta das Forças de Terra, Mar e Ar para otimizar a eficiência da vigilância e intervenção nos espaços terrestres, marítimo e aéreo da responsabilidade nacional.
– O desenvolvimento da capacidade de defesa NBQR e da Cibersegurança.
– O incremento da eficácia operacional no domínio do contra terrorismo, designadamente, através do reforço das capacidades nos âmbitos das Informações, da protecção NBQR, da Ciberguerra e do crescimento da Força através da Mobilização.
– A vantagem de uma flexibilização constitucional, ajustada à alteração da tipologia das ameaças, do emprego das Forças Armadas, em tempo de paz, para segurança reforçada das populações e de infraestruturas cíticas e para apoio a ações de Protecção Civil.
– A primazia, no esforço de participação em operações de apoio à paz, à defesa dos interesses vitais do País.
– A exigência de uma competente informação pública sobre o indispensável contributo do vetor militar para, no atual ambiente estratégico, colaborar na política externa do Estado e, no plano interno, na segurança do País, condição indispensável ao desenvolvimento.
Ex-chefe do Estado-Maior do Exército (1998-2001).
Ex-Presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Revista Militar (2003-2011).
Sócio Efectivo da Revista Militar.