O Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, e o Primeiro-Ministro, Dr. António Costa, acompanhados pelos Ministro da Defesa Nacional, Prof. Doutor José Azeredo Lopes, do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Almirante António Silva Ribeiro, do Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General Manuel Teixeira Rolo, do Chefe do Estado-Maior do Exército, General Frederico Rovisco Duarte, e do Vice-chefe do Estado-Maior da Armada, Vice-almirante Jorge Novo Palma, entre outras individualidades, participaram no programa oficial das comemorações do Centenário da Batalha de La Lys, que tiveram lugar no passado dia 8 de abril, ao fim da tarde, no Arco do Triunfo, em Paris, onde depuseram uma coroa de flores junto ao Monumento ao Soldado Desconhecido. Nesta mesma data, descerraram uma placa comemorativa da Batalha de La Lys, na Avenue des Portugais, em Paris.
No dia seguinte, o Presidente da República de França, Emmanuel Macron, deslocou-se ao Cemitério Militar Português de Richebourg, onde estão sepultados 1831 militares, e ao Monumento ao Soldado Português de La Couture, projetado pelo escultor António Teixeira Lopes, para, em conjunto com as individualidades portuguesas, assinalar o Centenário da Batalha de La Lys.
No âmbito destas homenagens e até ao dia 6 de maio, decorreram ainda outras atividades, de natureza cultural:
– Em Richebourg, uma exposição sobre os descendentes de militares portugueses que combateram na Grande Guerra;
– Nos arredores de La Couture, onde está o Monumento aos Mortos da Grande Guerra, promovido pelo município, a inauguração de um mural para “contar em imagens a história da Grande Guerra”;
– Ainda em La Couture, uma exposição sobre a participação portuguesa na Batalha de La Lys, organizada pela “Associação Alloeu Terre de Batailles 1914-1918, a qual, em colaboração com a “Associação ‘La Couture Champs de Cultures (L3C)”, publicou uma brochura sobre o Corpo Expedicionário Português (CEP);
– Em Neuve-Chapelle, onde estava a linha da frente na Batalha de La Lys, exposta uma coleção do Corpo Expedicionário Português, de Afonso Maia (neto de um soldado português que participou na Grande Guerra e que dedicou grande parte da sua vida a estudar o CEP);
– Em Lillers, a exposição intitulada “Amores Suspensos”, com cerca de 150 cartas de soldados portugueses e que também faz parte da coleção de Afonso Maia;
– Em Saint-Venant, onde estava o CEP, uma exposição sobre os soldados portugueses na Batalha de La Lys, numa iniciativa da “Association de recherches historiques, archéologiques et militaires”.
No Manoir de La Peylouse (Saint-Venant), uma mansão do século XIX que foi o quartel-general do CEP, o jardim está engalanado com plantas com as cores de Portugal e retratos de soldados portugueses nas árvores, até ao mês de outubro.
O Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, presidiu, no dia 13 de abril de 2018, no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, à comemoração do Dia do Combatente, à Cerimónia evocativa do Centenário da Batalha de La Lys e à 82.ª romagem ao Túmulo do Soldado Desconhecido.
Na cerimónia estiveram presentes o Secretário de Estado da Defesa Nacional e os três Chefes dos três ramos das Forças Armadas, tendo o discurso do Presidente da República referido-se em especial aos «bravos soldados» que morreram na Batalha de La Lys, a 9 de Abril de 1918 e nos territórios ultramarinos de administração portuguesa.
Os militares do Exército Português em missão no Iraque, pertencentes ao 6º contingente nacional destacado neste país, concluíram, em 28 de abril de 2018, uma intensa fase de treino para a preparação de 2000 elementos pertencentes às Forças Armadas iraquianas e Polícia Federal.
As Forças iraquianas foram treinadas pelos militares portugueses em áreas como o combate em áreas urbanas, combate em áreas abertas (deserto), operações ofensivas e defensivas, armamento individual a armas coletivas, instalação e operação de postos de controlo (checkpoints) fixos e móveis, socorrismo de combate, instrução e treino no âmbito de manuseamento de morteiros e execução de tiro real com toda a tipologia de armamento que as unidades iraquianas utilizam.
No âmbito da engenharia militar, o Exército Português ministrou ainda formação para a deteção, destruição e inativação de engenhos explosivos improvisados (EOD), com o objetivo de apoiar as Forças iraquianas na eliminação dos explosivos deixados por terroristas nos centros urbanos e vias de comunicação do Iraque. Simultaneamente, de forma a capacitar os oficiais e sargentos do exército iraquiano, para estes posteriormente assumirem a responsabilidade do treino, foram ministrados cursos de curta duração para futuros formadores nas áreas de combate descritas.
O contingente português que participa na Operação “Inherent Resolve”, desde novembro de 2017, é constituído por uma força de 30 elementos, que integra uma força-tarefa em Besmayah, fazendo ainda parte do contributo nacional para a operação um militar que se encontra em missão no Comando da Força Internacional em Bagdade e um outro militar destacado no Comando Conjunto da operação no Kuwait.
Quatro aeronaves F-16 e 84 militares de diversas especialidades da Força Aérea Portuguesa iniciaram, no dia 2 de maio de 2018, a participação na operação da OTAN de policiamento aéreo do Báltico (“Baltic Air Policing 18”), na Lituânia. O destacamento irá realizar, durante quatro meses, missões de patrulhamento aéreo nos países bálticos (Lituânia, Estónia e Letónia), com o objetivo de contribuir para a proteção da integridade do espaço aéreo destes países da OTAN. Nesta operação, Portugal é a «nação líder do Bloco 47» do “Baltic Air Policing”, que inclui aeronaves de Espanha e França.
A OTAN iniciou a sua política de controlo aéreo sobre estes três países em 2004, com o objetivo da proteção do espaço aéreo nesta região. Esta é já a quarta vez que Portugal participa nesta operação, tendo sido as anteriores em 2007, 2014 e 2016.
Um contingente nacional, constituído por 31 militares do Exército, partiu no dia 4 de maio de 2018, para a Operação “Inherent Resolve”, no Iraque, com objetivo de apoiar a formação e treino das Forças de Segurança iraquianas, para combate ao terrorismo no país. Destes militares, 30 vão integrar uma força-tarefa em Besmayah e um vai assumir funções no Comando da Componente Terrestre da Força Internacional, em Bagdade.
A cerimónia de despedida teve lugar na Base Aérea do Montijo e contou com a presença do Chefe do Estado-Maior do Exército, General Frederico José Rovisco Duarte, e do Chefe do Estado-Maior do Comando Conjunto para as Operações Militares, Tenente-general Joaquim Fernando Soares de Almeida, em representação do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas.
No dia 7 de maio de 2018, uma Força Nacional Destacada do Exército partiu para o Afeganistão, para se constituir como Força de Reação Rápida (Quick Reaction Force – QRF), integrada na Resolute Support Mission da OTAN. A Força portuguesa vai integrar o Base Force Protection Group, tendo como missão de contribuir para a segurança do Aeroporto Internacional Hamid Karzai, em Cabul.
A Força é constituída por 146 militares do Exército Português, oriundos das unidades do encargo operacional da Brigada de Intervenção, e realizou o seu aprontamento para a missão no Regimento de Infantaria N.º 14, em Viseu. Na cerimónia de despedida dos militares estiveram presentes o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Almirante António Manuel Fernandes da Silva Ribeiro, e o Chefe do Estado-Maior do Exército, General Frederico José Rovisco Duarte.
Desde 8 de maio de 2018, a fragata da Marinha Portuguesa D. Francisco de Almeida que participa na operação “Themis”, no Mediterrâneo Central, até ao próximo dia 5 de junho de 2018, em apoio à Agência Europeia de Fronteiras e Guarda Costeira – FRONTEX, resgatou do mar mediterrâneo 54 migrantes irregulares que se encontravam numa embarcação sobrelotada que navegava em direção à ilha de Lampedusa, em Itália. A operação foi efetuada em articulação com a Guarda Costeira italiana.
Após o resgate, todas as pessoas receberam os primeiros socorros, embora sem registo de feridos graves, e foram alimentadas com refeições quentes. Os migrantes foram entregues, dia 10 de maio de 2018, às autoridades italianas, no porto de Messina, em Itália.
Vogal do Conselho Fiscal da Revista Militar.
Autor das Crónicas Militares Nacionais da Revista Militar.