Os Penalvenses na Flandres: evocação do centenário da Grande Guerra, das Edições Esgotadas, é uma obra resultante da pesquisa do seu autor, o Major-general da Força Aérea e Sócio efetivo da Revista Militar Manuel de Campos Almeida, natural de Sezures, Penalva do Castelo.
O autor dedica a obra em homenagem “aos Penalvenses, [seus] avós, bisavós ou trisavós, combatentes na Flandres, que aí passaram por indizíveis sacrifícios”. Tendo como referência a organização administrativa local da época, em 12 freguesias, a pesquisa identifica 209 militares (3 oficiais milicianos, 8 sargentos, 37 cabos e 161 soldados) que foram integrados em unidades mobilizadoras localizadas na Guarda, Lamego, Lisboa e Viseu e prestaram serviço no Corpo Expedicionário Português, na Flandres, e 18 que foram mobilizados para os territórios ultramarinos de Angola (1 sargento, 3 cabos e 8 soldados) e Moçambique (1 cabo e 5 soldados).
Numa feliz inspiração, sempre “focado” nos Penalvenses, o autor o contextualiza a entrada de Portugal na Guerra (1914-1918), a partir do confronto entre «guerristas» e «antiguerristas». Vocacionadas para a Flandres, as matérias que são incluídas nos capítulos do livro, numa correlação de efeito muito didático, remetem-nos para a dureza das problemáticas do conflito: os gaseados, os prisioneiros de guerra, as baixas em combate e noutras situações, critérios e aplicação normativa da justiça e disciplina, a revolta no Batalhão de Infantaria n.º 34, em Croix Marmouse (novembro de 1917), o regresso dos militares portugueses e as consequências do Tratado de Versailles.
A Revista Militar felicita o autor pela publicação desta obra e agradece o volume que foi ofertado para a Biblioteca.
Habilitado com os Cursos de Infantaria, da Academia Militar, Geral de Comando e Estado-Maior e Superior de Comando e Direção, do Instituto de Altos Estudos Militares; possui outros Cursos de que se destacam o de Oficial de Informação Pública do Comando Aliado da Europa da OTAN (Bélgica), o Curso Militar de Direito Internacional dos Conflitos Armados, do Instituto de Direito Humanitário de Sanremo (Itália) e o Diploma de Pós-Graduação em Estudos Europeus da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Ao longo da sua carreira, prestou serviço em várias Unidades e Órgãos do Exército, nomeadamente, no Regimento de Infantaria de nº 3, em Beja, que comandou, e no Estado-Maior do Exército, onde desempenhou o cargo de Chefe da Divisão de Pessoal. Além disso, também desempenhou carg