Ainda que o tenente-general Gomes Freire de Andrade [1757-1817] tenha editado alguns opúsculos[1], não se conhece nenhum contributo da sua autoria para a efervescente imprensa periódica contemporânea, tanto nacional como estrangeira. Contudo, atendendo à prática do anonimato, é-nos admissível que tenha assinado trabalhos jornalísticos dispostos algures, mas que não se encontram assinalados em nenhum registo biobibliográfico. Ainda assim, poderemos presumir que fosse um leitor atento e assíduo da imprensa periódica portuguesa e europeia.
Contudo, além desta questão ainda em aberto, quisemos discorrer uma panorâmica da actividade periódica entre nós, nomeadamente dos acontecimentos ocorridos após a saída dos exércitos franceses do território nacional e o subsequente governo militar inglês, não esquecendo a polémica execução do nosso homenageado e os episódios que precipitaram a Revolução Liberal de 24 de Agosto de 1820, entre outros eventos sucedidos até ao final desse ano[2]. Apesar de grande parte da Europa encontrar-se em estado de guerra contra o império napoleónico, o tráfego e o comércio internacional manteve-se extremamente activo e assistiu, inclusive, a um crescimento expressivo, como patente nas edições jornalísticas, p.e.
Por conseguinte, renovou-se o ímpeto comercial e a difusão dos novos avanços da agricultura, considerada aí como o pilar estrutural de toda a Economia. Um dos periódicos mais activos neste campo seria a Gazeta de Agricultura e Commercio de Portugal [3] [1812-1813], publicada por Francisco Soares Franco[4] [1772-1844], o qual assumia paralelamente a redacção da Gazeta de Lisboa. Os seus 75 números foram essencialmente noticiosos, mas vocacionados para as questões comerciais e agrícolas, tal como sucedia em periódicos similares[5].
Assistiu-se a um recrudescimento da imprensa periódica, aumentando notavelmente o número e a qualidade editorial dos novos títulos. Ocupando um lugar eminente neste campo, destacamos o Jornal de Coimbra[6] [1812-1820], o qual ainda vigora, embora sem qualquer vínculo editorial com este periódico oitocentista e outros títulos homónimos ao longo do século XIX. Marco incontornável da nossa imprensa periódica pré-romântica, foi impresso mensalmente em Lisboa, apesar do seu título referir-se a Coimbra.
Teve por fundadores José Feliciano de Castilho[7] [1769-1826], Ângelo Ferreira Dinis[8] [1768-1848], Jerónimo Joaquim de Figueiredo[9] [1772-1828] e José Maria Soares[10] [?-1822], lentes de Medicina na Universidade de Coimbra, entre numerosos colaboradores e correspondentes. Sendo um jornal ligado ao meio universitário, conseguiu reforçar as relações entre a Universidade e o poder político central. Preparou a ascensão do Liberalismo, propondo-se a servir a causa da instrução pública. Considerado um periódico avançado para a sua época, noticiou inúmeros assuntos com o mais elevado nível literário e científico. Procurou um intercâmbio internacional com outros periódicos, não descurando os comentários à vida nacional, tentando contornar a vigilância censuratória que se mantinha no meio editorial português.
O conteúdo vastíssimo do Jornal de Coimbra é altamente proficiente para a historiografia literária e jornalística compreendida entre 1810 e 1820. Estava repleto de notícias e traduções de notícias oriundas de todo o mundo, inclusivamente do continente africano exterior aos domínios portugueses e europeus, algo inédito no periodismo nacional, evidenciando ainda a preeminência progressiva dos Estados Unidos da América no panorama internacional. Manteve uma colaboração estreita com numerosas individualidades académicas, divulgando assuntos extremamente interessantes sobre Ciências e Artes, nomeadamente quanto às vertentes topográficas, arqueológicas e literárias da História de Portugal e nos seus domínios. Enquanto difusor das novas correntes literárias, o Jornal de Coimbra publicou poesias originais e traduções de trabalhos académicos europeus e norte-americanos, entre outra documentação inédita. Num exercício autocrítico, os redactores do Jornal de Coimbra reflectiram, inclusive, sobre o jornalismo coevo, esboçando algumas das melhores críticas especializadas sobre esta matéria na primeira vintena do século XIX[11].
Publicado entre 1 de Setembro de 1812 [n.º 1] e 22 de Dezembro de 1815 [n.º 168], o Mercurio Lusitano[12], de Teodoro José Biancardi[13] [c. 1777-c. 1849], foi um dos primeiros diários portugueses, embora seja uma “continuação” do Semanario Lusitano [1809]. Periódico noticioso de enorme qualidade, publicou notícias traduzidas de outros periódicos europeus, como era costume. Dedicou-se a relatar os acontecimentos militares europeus, introduzindo artigos de opinião que alcançaram bastante notoriedade. Formalmente idêntico à Gazeta de Lisboa, o paradigma editorial de toda a nossa imprensa periódica era igualmente um periódico oficial.
O periodismo português retomou progressivamente as causas da instrução e recreação literárias após o término das Invasões Francesas, como sucedeu no Semanario de Instrucção, e Recreio[14], de Joaquim José Pedro Lopes[15] [1778?-1840], salientando a inclinação por essa vertente periodista. São conhecidos 52 números «in-quarto» editados entre 2 de Setembro de 1812 e 25 de Agosto de 1813, conhecendo algum sucesso no circuito lisboeta. Dada a sua notabilidade, o mesmo editor dirigiria a Gazeta de Lisboa[16] [ou o Diario do Governo]. Discípulo convicto do célebre José Agostinho de Macedo [1761-1831], colaborou noutros periódicos, como o Jornal Enciclopedico de Lisboa [1820], como veremos adiante. O Semanario de Instrucção, e Recreio era dividido em várias secções: «Ciências e Artes», «Comércio e Agricultura», «Literatura» e «Variedades». Apesar da sua reputação como jornalista, Joaquim José Pedro Lopes acusava uma formação literária pouco sólida, sendo os seus textos mais engenhosos pela sua dimensão do que pelo seu crédito. Ainda assim, foi um dos primeiros redactores portugueses a reflectir sobre a actividade jornalística[17], prenunciando os conflitos entre as futuras facções absolutistas e liberais.
Libertando-se Portugal do jugo francês, o poderio napoleónico entrou em colapso após a campanha da Rússia, iniciada em Junho de 1812. Para os leitores do Semanario de Instrucção, e Recreio importava conhecer um pouco mais sobre um império longínquo e nem sempre devidamente referenciado. Desde a publicação das Gazetas da Restauração[18] [1641-1647/8] que as notícias de proveniência russa foram praticamente nulas e os periódicos portugueses pouco se interessavam sobre essas regiões, à excepção do que se pode consultar na Gazeta de Lisboa. A intervenção russa impunha-se nos destinos da Europa, mas a esmagadora maioria dos leitores nada sabia sobre a sua História[19].
No circuito dos primeiros periódicos diários, destacou-se o Correio de Lisboa[20], publicado entre 1 de Outubro [n.º 1] e 30 de Novembro de 1812 [n.º 52]. Desconhece-se o seu redactor ou editores[21], apesar da qualidade superior do discurso noticioso e respectivas análises políticas, com relevância para as notícias provenientes dos Estados Unidos da América.
Logo após as Invasões Francesas, a difusão de periódicos estrangeiros manteve-se extremamente activa. Um dos exemplos deste tráfego noticioso, redigido em castelhano, foi o El Viridico Español[22], publicado entre 2 e 30 de Novembro de 1812, compreendendo 9 números com 8 páginas «in-quarto». Cessaria bruscamente a sua edição, dado o seu redactor comunicar que ingressaria nas fileiras liberais em Espanha, devolvendo o dinheiro da subscrição do periódico aos seus assinantes. Além de ser um periódico noticioso, divulgou poesias, ordens do dia, curiosidades e traduções de notícias.
O primeiro periódico científico português do século XIX foi a Collecção de Opusculos sobre a Vaccina[23] [1812-1814], uma compilação de 23 números versando assuntos de saúde pública, dedicado ao combate e erradicação da varíola. Promovido pela Academia Real das Ciências de Lisboa, foi um órgão importantíssimo para as campanhas de vacinação daquela epidemia, já referenciada noutros periódicos[24].
O Jornal Poetico[25] [1812] foi o primeiro jornal oitocentista a dedicar-se exclusivamente à promoção de autores e textos poéticos. Coordenado pelo livreiro Desidério Marques Leitão [?-?], este periódico quinzenal editou apenas 10 números «in-quarto». Para a posteridade ficaria a compilação dos trabalhos de poetas árcades como Diogo de Sousa [ou Camacho, séc. XVII], José Dias Pereira [?-1802] e João Vieira Caldas [1781-1853], etc.
Tal como em qualquer outra época da imprensa periódica portuguesa, o período entre as Invasões Francesas e a Revolução Liberal de 1820 regista algumas omissões materiais. As causas destas lacunas são inúmeras, mas existem dados bibliográficos que permitem definir, tanto quanto possível, alguns dados acerca desses periódicos.
Veja-se o primeiro jornal musical de Oitocentos, o Jornal de Modinhas Patrioticas[26] [1812], do compositor António José do Rego[27] [1783-1821]. Infelizmente, nenhum número sobreviveu, mas seria uma compilação de trabalhos musicais patrióticos.
Segundo várias referências bibliográficas, foram publicados alguns folhetos do Theatro Nacional[28] [1813], mas dos quais nenhum chegou até nós. Não seria um verdadeiro “periódico”, mas um conjunto de panfletos que anunciavam as peças em cena no Teatro Nacional, à Rua dos Condes, em Lisboa.
Nos primórdios do periodismo brasileiro existem igualmente omissões documentais, embora tais circunstâncias tenham que ser contextualizadas na esfera política e editorial portuguesa. Aí se insere O Popular[29] [1813-1814], um periódico político publicado no Rio de Janeiro e do qual não conseguimos encontrar nenhum exemplar. Não se sabe quem foi o seu redactor ou editor, mas tentaria imitar formalmente a Gazeta do Rio de Janeiro.
De acordo com os escassos dados bibliográficos, damos conta da publicação da Gazeta Instrutiva[30] [1814]. Não se conhece o seu redactor, mas seria uma publicação cultural com cerca de 15 números, mas desconhecemos quais os assuntos noticiados.
Quanto aos periódicos de índole económica, refira-se a inexistência do “obscuro” Correio Geral do Commercio[31] [1815], cuja existência é recordada por poucos autores. Desconhece-se o seu redactor ou a oficina tipográfica onde foi impresso, mas, a julgar pelo título, destinar-se-ia à prática comercial.
No campo da divulgação literária portuguesa é forçoso incluir a Miscellanea Curiosa de Varias Poesias Joviais e Serias[32] [1815], embora não exista nenhum exemplar deste periódico. Suspeita-se que fosse análoga à Miscellanea Curioza, e Proveitoza [1779-1785], p. e.
Ainda se discute se A Abelha[33] [1818] ter-se-á publicado, pois não conhecemos nenhum exemplar e as referências bibliográficas são extremamente diminutas, exceptuando pelo testemunho de José Agostinho de Macedo. Seria, supostamente, um jornal político, semelhante ao famoso Abelha do Meio-Dia [1809-1810].
No ambiente editorial vibrante de Londres, no início ao século XIX, sucediam-se as iniciativas dos emigrantes políticos na publicação de periódicos – veja-se o semanário O Espelho Politico e Moral[34], redigido por José Anselmo Correia Henriques[35] [1777-1831] e João Bernardo da Rocha Loureiro[36] [1778-1853], entre 4 de Maio de 1813 [n.º 1] e 1 de Fevereiro de 1814 [n.º 41]. Com uma apresentação gráfica admirável, destacou a política internacional e a intervenção político-diplomática norte-americana, contando com numerosos anúncios publicitários. A aridez discursiva de O Espelho Politico e Moral foi notória, pese o uso de referências históricas com fins propagandísticos. Evocou as façanhas da ‘raça portuguesa’ e que os sentimentos românticos e ultra-românticos aperfeiçoarão na ‘busca’ pela justificação histórica da nacionalidade portuguesa[37].
No campo do periodismo brasileiro, sob a restritíssima jurisdição portuguesa, publicou-se o primeiro jornal literário brasileiro ou, noutra perspectiva, a primeira revista de cultura impressa no Brasil, após a chegada de D. João VI: O Patriota, Jornal Litterario, Politico, Mercantil[38] [1813-1814], por Manuel Ferreira de Araújo Guimarães[39] [1777-1838], e sedeado no Rio de Janeiro.
A publicação de O Patriota, Jornal Litterario, Politico, Mercantil iniciou-se em Janeiro de 1813 e findou em Dezembro de 1814, embora começasse com uma tiragem mensal e depois uma edição bimensal, em formato «in-oito». Contém notícias sobre Geografia e Topografia brasileiras, artigos de Literatura, Medicina, Botânica, Política e Estatística, contribuindo com novos estudos para a História do Brasil e de Portugal, provenientes da correspondência dos leitores e correspondentes. Deste modo, uma das características mais notórias deste periódico foi incluir artigos científicos estrangeiros, sem descurar os autores nacionais, inclusive brasileiros.
Este periódico, impresso sem a menção ao redactor no frontispício, contou com a cooperação de Silvestre Pinheiro Ferreira [1769-1846], José Saturnino da Costa Pereira [1771-1852] e José Bonifácio de Andrada e Silva[40] [1763-1838], antigo lente de Metalurgia e Geognosia na Universidade de Coimbra. Como se sabe, todas estas individualidades tiveram uma actuação decisiva na independência do Brasil.
Entre os periódicos editados em Londres, impôs-se um dos mais importantes órgãos de comunicação internacional da imprensa periódica nacional: O Portuguez ou Mercurio Politico[41] [1814-1826], redigido por João Bernardo da Rocha Loureiro e José Anselmo Henriques [1777-1831]. Notável publicação mensal, registou uma imensa procura em Inglaterra e Portugal, apesar das violentas proibições que o Governo expedira contra a sua impressão, circulação e leitura[42].
Trata-se de uma fonte histórica valiosíssima para o conhecimento da dinâmica política contemporânea. Nuno Álvares Pereira Pato Moniz[43], p.e., foi um colaborador que discorreria sobre a monarquia portuguesa, evidenciando as dinastias de Borgonha e de Avis. Chamou a atenção para o papel regulador e conciliador das «Cortes de Lamego» entre os povos e a Coroa, desde o século XII. Apelou aos valores patrióticos, imbuídos de um pensamento liberal, mas sem olvidar a tradição histórica nas liberdades nacionais[44].
Ainda no contexto londrino, despontaria o Microscopio de Verdades[45] [1814-1815], sob a orientação do diplomata Francisco de Alpoim e Meneses[46] [1790-1870?], uma publicação muitíssimo politizada, cujos interesses editoriais centralizavam-se nas relações entre Portugal e a Inglaterra, divulgando inúmera documentação diplomática, alertando para os novos desafios comerciais que se adivinhavam com o final das Guerras Napoleónicas. Foi um dos primeiros periódicos portugueses a relatar os trabalhos do Congresso de Viena [1814-1815] e, paralelamente, exaltando os Estados Unidos da América enquanto actor internacional.
Absolutista convicto e posteriormente acossado pelo Liberalismo, Francisco de Alpoim e Meneses tentou, apesar de tudo, compreender o constitucionalismo ao longo da nossa História, focando a participação efectiva das camadas populares nos rumos da nação. Residindo em Londres, o seu pensamento político foi influenciado pelo sistema parlamentar britânico, embora ciente das resistências da sociedade portuguesa face às reformas políticas[47].
Um pouco antes da batalha de Waterloo [18 de Junho de 1815], a qual marca o fim das Guerras Napoleónicas, foi editado um periódico português no circuito jornalístico parisiense – O Observador Lusitano em Pariz[48] –, do médico e diplomata Francisco Solano Constâncio[49] [1777-1846], antigo colaborador no Investigador Portuguez em Inglaterra [1811-1819] e destacar-se-á no Annaes das Sciencias, das Artes, e das Letras [1818-1822]. Apesar da exiguidade deste periódico, com apenas 4 números mensais entre Janeiro e Abril de 1815, a sua circulação esteve altamente interdita em Portugal e nos seus domínios ultramarinos.
Igualmente uma fonte histórica preciosa para o pensamento económico dos inícios do século XIX e, sendo Francisco Solano Constâncio um entusiasta das instituições sócio-políticas norte-americanas, tal julgamento seria decisivo para a sua nomeação como representante diplomático nos Estados Unidos da América [1822-1823]. Em O Observador Lusitano em Pariz discutiu-se a viabilidade de um novo equilíbrio político na Europa, mas convém aludir à tradução de um artigo do abade José Correia da Serra [1750-1823], redigido em inglês, e intitulado «General Considerations upon the Past and Future State of Europe», anteriormente editado na American Review of History and Politics[50] [1812].
Segue-se O Espectador Portuguez[51] [1816-1818], de José Agostinho de Macedo, um periódico semanal consagrado à política nacional e internacional, à crítica anti-liberal e anti-maçónica, um acérrimo rival do Correio Braziliense ou Armazem Literario, entre outros periódicos liberais. Foi uma das muitas iniciativas do famoso polemista, que tanto influenciou a sociedade portuguesa no início do século XIX. Editou 26 números, cuja controvérsia era gritante, sendo continuado por O Desapprovador[52] [1818-1819], em 25 números, em tudo similar ao periódico anterior. Entre outros assuntos, José Agostinho de Macedo reflectiu sobre as origens e a utilidade da História, nomeadamente, na construção mnemónica das sociedades, veiculando um entendimento muito peculiar sobre o periodismo português [e não só] neste início do século XIX[53].
A primeira publicação periódica unicamente norteada para o mundo artístico seria o Jornal de Bellasartes, ou Mnemosine Lusitana[54] [1816-1817], de Pedro Alexandre Cavroé[55] [1776-1844], com algumas gravuras da sua autoria, entre notícias úteis para o estudo e conservação do património cultural português. Desenvolveu uma exposição histórico-arquitectónica dos edifícios, monumentos e praças de Lisboa, incluindo as respectivas estampas, descrevendo ainda os estabelecimentos de ensino das artes e ofícios. Refira-se um ‘catálogo’ dos pintores portugueses e poemas inéditos de autores nacionais, etc., veiculando uma visão artística da História de Portugal, algo nunca antes analisado no nosso periodismo.
O Jornal de Bellasartes, ou Mnemosine Lusitana foi, fundamentalmente, um pioneiro na divulgação artística nacional. Com uma enorme receptividade por parte do público, provavelmente saturado de um jornalismo altamente politizado, foi uma “lufada de ar fresco”, como seria expectável. Com um intuito patriótico e moralista da História, Pedro Alexandre Cavroé publicou várias «anedotas» aonde evidenciou o valor e garbo dos antigos portugueses.
O primeiro periódico português [quase] integralmente direccionado à Geografia foi O Negociante Perfeito, ou Jornal de Commercio, e de Geografia[56] [1816], redigido por José Pedro Coelho Mayer[57] [?-?]. Nos 13 números conhecidos deste periódico literário esboçaram-se algumas problemáticas históricas, comerciais e mercantis em uso por todo o mundo. Publicaram-se aí, em paralelo, várias noções breves de Matemática e Aritmética aplicáveis ao comércio.
Recordando os periódicos portugueses do circuito parisiense, os Annaes das Sciencias, das Artes, e das Letras[58], publicados por uma «Sociedade de Portuguezes residentes em Paris», compreendem 16 volumes publicados trimestralmente entre Julho de 1818 e meados de 1822. Este periódico, no qual se encontram trabalhos científicos de qualidade, foi fundado por José Diogo Mascarenhas Neto[59] [1752-1824/6], Francisco Solano Constâncio[60] e Cândido José Xavier Dias da Silva[61] [1769-1833], colaborando, depois, Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque[62] [1792-1846], sendo os redactores principais, além de outros colaboradores ocasionais, como o insigne D. Manuel Francisco de Macedo Leitão e Carvalhosa[63] [1791-1856], 2.º visconde de Santarém.
O Observador Portuguez[64], um periódico cimeiro do nosso periodismo literário, foi promovido por «huma Sociedade de Literados» e editado semanalmente, entre Janeiro de 1818 e Março de 1819, totalizando 13 números. O seu conteúdo dividiase em secções distintas: «Ciências e Artes», «Literatura e Poesia», «Crítica», «História e Geografia» e, por fim, «Biografia». Os principais colaboradores do Observador Portuguez foram Nuno Álvares Pereira Pato Moniz[65], José Maria da Costa e Silva[66] [1788-1854] e António Maria do Couto[67] [1778?-1843], entre outros autores. Contudo, apesar da sua qualidade editorial, seria proibido em Março de 1819, sendo-lhe negada a licença de impressão em razão dos libelos públicos com José Agostinho de Macedo.
Pertencente aos periódicos liberais da “primeira emigração” em Londres, recordamos O Campeão Portuguez, ou o Amigo do Rei e do Povo[68] [1819-1821], redigido por José Liberato Freire de Carvalho [1772-1855], o qual reuniu 36 números quinzenais, cessando após o seu regresso a Lisboa[69]. Redigido numa linguagem menos virulenta do que outros periódicos idênticos, apelou à implementação de reformas políticas, censurou os abusos do Governo no Rio de Janeiro e “preparou-se” para a inevitável mudança política, após Agosto de 1820.
Nas vésperas da Revolução Liberal, o periodismo português encontrava-se em ebulição e assinala um certo ‘rejuvenescimento’, vislumbrando o futuro com elevada expectativa. A nossa imprensa periódica especializada seguia, paralelamente, um caminho traçado pela criação das academias e a multiplicação de periódicos científicos. Tendo em conta o nosso panorama cultural, subjugado por uma estrutura social típica do Ancien Régime e o analfabetismo e iliteracia crassos, não podemos admitir que os progressos da Ciência cativassem grande parte da população, mas unicamente um círculo limitado de leitores.
Atendendo ao primeiro Jornal Enciclopedico [1779-1806], encetaram-se esforços para reactivar este periódico sob o título Jornal Enciclopedico de Lisboa[70] [1820], coordenado por José Agostinho de Macedo[71] e Joaquim José Pedro Lopes[72], constituindo um marco na divulgação científica, onde as Ciências assumem-se como elementos decisivos para o desenvolvimento da Nação. Integrados na categoria dos “jornais enciclopédicos”, os quais seguiram os modelos da Encyclopédie [1751-1772], cujos conteúdos científicos, políticos e literários foram as suas características mais populares.
O último dos periódicos portugueses criado em Londres antes da Revolução Liberal seria O Padre Amaro, ou Sovéla, Politica, Historica, e Literaria[73], publicado entre Janeiro de 1820 e Maio de 1826, resultando numa colecção de 12 volumes – continuado pelo Apêndice ao Padre Amaro [1826-1830], em 6 volumes. Editado por Joaquim Ferreira de Freitas[74] [1771-1831], antigo colaborador das forças francesas, fugiu para Londres e abraçou o jornalismo, sendo posteriormente um periódico empenhado na defesa do esforço independentista brasileiro.
Entretanto, ainda em Paris, será editado O Contemporaneo Politico e Litterario[75] [1820], com uma tiragem mensal, cujo redactor foi Manuel Inácio Martins Pamplona Corte-Real [1760-1832], 1.º conde de Subserra, coadjuvado por Cândido José Xavier Dias da Silva. Apenas publicou 4 números entre Janeiro e Abril de 1820, sendo estritamente consagrado ao término das Guerras Napoleónicas, ao Congresso de Viena e ao advento do Liberalismo.
A 24 de Agosto de 1820, iniciou-se um levantamento revolucionário na cidade do Porto, alastrando-se a outras vilas e cidades portuguesas, consolidando-se com a adesão de Lisboa. Não se registou uma resistência forte à revolta, a qual foi provocada a pretexto dos atrasos nos soldos militares e por comerciantes descontentes, garantido o apoio de quase todas as camadas sociais. A junta governativa de Lord William Carr Beresford [1768-1854] foi substituída pela Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, convocando-se as Cortes Gerais para preparar a redacção de uma Constituição.
Ainda que o Congresso de Viena promovesse o retorno a um status quo político anterior a 1789, de modo a impedir as ideias liberais – fomentadas pelos soldados franceses e por poetas românticos, como o inglês Lord Byron [1788-1824], partidário das lutas pelas nacionalidades –, os povos subjugados exigiriam reformas urgentes. Apenas a Rússia, o Império Austro-Húngaro e a Prússia, principais signatárias de Viena, sustentariam as suas monarquias absolutistas. A Espanha jura uma Constituição liberal [Cádis, 1820], a qual será suspensa pela reacção absolutista de 1823 e a consequente guerra civil até 1839.
Também os ventos revolucionários soprariam em Portugal, espalhando as sementes do Liberalismo. Ainda que expulsos os exércitos de Napoleão, os contingentes ingleses mantiveram-se arbitrariamente na ausência de D. João VI. Mantiveram os antigos procedimentos absolutistas, perseguindo os partidários liberais, o que despoletou o descontentamento geral. Os ideais da Revolução Francesa prestaram-se a cada vez mais seguidores, organizando-se clandestinamente, com especial relevo para a Maçonaria, à qual esteve ligado o tenente-general Gomes Freire de Andrade. A muito custo, D. João VI regressará em Julho de 1821, após as eleições para as Cortes. A 1 de Outubro de 1822 é forçado a jurar a Constituição, enublada pela independência brasileira, a 22 de Setembro desse ano, impelida pelos ideais liberais e os exemplos das antigas colónias espanholas.
Estes tempos foram revolucionários nos meandros da imprensa periódica, daí esta data ser um ‘turning point’ em qualquer reflexão sobre o periodismo nacional. Como patente desde o nascimento da nossa imprensa periódica nos finais de 1641, a História continuará a sustentar as práticas jornalísticas, fornecendo as estruturas indispensáveis para as representações discursivas em que se baseiam os noticiários. Foi igualmente o tempo que antecedeu a entrada do Romantismo no panorama literário português.
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[1] Andrade, Gomes Freire de – Mémoire raisonné sur la retraite de l’Armée combinée espagnole et portugaise du Roussillon…, [s. n.], [s. l.], 1795; Ensaio sobre o methodo de organisar em Portugal o Exercito, relativo á populaçaõ, agricultura, e defeza do Paiz, Nova Officina de João Rodrigues Neves, Lisboa, 1806.
[2] Por incrível que pareça, o nome e a conspiração em que se envolveu o tenente-general Gomes Freire de Andrade quase não foram referenciados neste manancial noticioso, à excepção dos seguintes periódicos: O Investigador Portuguez em Inglaterra, ou Jornal Literario, Politico, &c., H. Bryer, Londres, n.º 78, Dezembro de 1817; Outubro de 1818, vol. XXII, n.º 4, pp. 471-475; Correio Braziliense ou Armazem Literario, vol. XIX, W. Lewis, Paternoster-Row [et al.], Londres, 1817; Le Courrier, Paris, 2 de Julho de 1818; Mourning Chronicle, 27 de Julho de 1818; The Times, Londres, 11 Setembro de 1818; O Campeão Portuguez, ou o Amigo do Rei e do Povo, vol. I, n.º 9, L. Thompson, Londres, 1819, p. 290; vol. II, p. 309.
[3] «Gazeta de Agricultura e Commercio de Portugal», in Diccionário Jornalístico Portuguez, vol. I, f.o 186; Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», p. 264; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, p. 72; Catálogo das Publicações em Série 1641-1833, p. 50; Nunes, M.ª de Fátima – Imprensa Periódica Científica (1772-1852), p. 84; Brandão, Fernando de Castro – Da Crise do Antigo Regime à Revolução Liberal 1799-1820: uma Cronologia, p. 80; «Gazeta de Agricultura e Comércio de Portugal», in Jornais e Revistas Portuguesas do Século XIX, vol. I, n.º 2405, p. 359.
[4] Câmara, Benedita Cardoso – Do Agrarismo ao Liberalismo: Francisco Soares Franco. Um pensamento crítico, «Cultura Moderna e Contemporânea», n.º 4, INIC, Lisboa, 1989.
[5] Relembramos os exemplos do Correio Mercantil, e Economico de Portugal [1790-1811]; Palladio Portuguez, ou Clarim de Pallas… [1796]; Annuncios Ruraes… [1802]; Extractos Praticos… [1804-1806]; Preços Correntes na Praça de Lisboa [1807]; Correio Geral do Commercio [1815]; Folha Mercantil da Cidade do Porto [1816-1832].
[6] «Jornal de Coimbra», in Diccionário Bibliográphico Portuguez, vol. IV, 1860, pp. 177-178; vol. XII, 1884, pp. 187-188; «Jornal de Coimbra», in Diccionário Jornalistico Portuguez, vol. I, f.os 200-201; Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», p. 264; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, pp. 50, 73, 123, 186; Alves, José Augusto – A Opinião Pública em Portugal (1780-1820), pp. 385, 418, 574; Nunes, M.ª de Fátima – Imprensa Periódica Científica (1772-1852), pp. 79-84; «Jornal de Coimbra», in Jornais e Revistas Portuguesas do Século XIX, vol. II, n.º 2991, p. 30.
[7] «José Feliciano de Castilho», in Diccionário Bibliográphico Portuguez, vol. IV, 1860, p. 316; vol. XII, 1884, pp. 313-314.
[8] «Ângelo Ferreira Dinis», Idem, vol. I, 1858, p. 71; vol. VIII, 1867, p. 65.
[9] «Jerónimo Joaquim de Figueiredo», Idem, vol. III, 1859, pp. 266-267.
[10] «José Maria Soares», Idem, vol. V, 1860, p. 50.
[11] “N’esta qualidade d’Escriptos ou se extractão, e analysão as obras novas, ou se publicão Escriptos originaes pouco extensos, e cujos A. A. se não querem muitas vezes declarar: vulgarisão-se em todo o caso conhecimentos sobre muitos objectos. Os Periodicos, que não fazem senão extractar e analysar as obras novas, são interessantes, se indicão os pontos, que nas ditas obras principalmente se tratão, e o merecimento d’ellas. Comprar ou estudar todos os Livros, que se publicão sôbre qualquer materia he impossível, e he ás vezes perder dinheiro e tempo. Homens de huma applicação não interrompida, lêm constantemente os Periodicos da sua Profissão, não para estudarem n’elles as materias, mas para saberem p. m. ou m., de que Livros hão de prover as suas Livrarias. […] Os Periódicos, que não tratão se não de novidades politicas e militares, são muito interessantes; tem desmascarado a todos os respeitos os nossos inimigos, tem tornado mais claros, que a luz do Sol, o patriotismo, o amor ao Soberano, etc. Creio bem que taes Escriptos tem preparado as grandes scenas politicas e militares, que n’estes ultimos tempos se tem visto, e continuão. Se se propozesse quaes no estado actual das cousas são de maior utilidade, se os Periódicos sôbre objectos Litterarios, ou os outros; talvez que não acceitassemos o advogar a causa dos primeiros: mas huns e outros são mais ou menos uteis, póde haver de tudo, he o ponto que não tenhão collisões desagradaveis.” «Reflexões sôbre Periódicos», in Jornal de Coimbra, vol. II, n.º 13, Janeiro 1813, pp. 105-107.
[12] «Mercurio Lusitano», in Diccionário Jornalístico Portuguez, vol. I, fl.os 215-215v.º; Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», pp. 265; «Mercúrio Lusitano», in Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. XVI, p. 983; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, pp. 42, 73; Catálogo das Publicações em Série 1641-1833, p. 59; Alves, José Augusto dos Santos – A Opinião Pública em Portugal (1780-1820), p. 418; Brandão, Fernando de Castro – Da Crise do Antigo Regime à Revolução Liberal 1799-1820: uma Cronologia, pp. 85, 100; «Mercúrio Lusitano», in Jornais e Revistas Portuguesas do Século XIX, vol. II, n.º 3465, p. 94.
[13] «Teodoro José Biancardi», in Diccionário Bibliográphico Portuguez, vol. VII, 1862, pp. 308-309.
[14] «Semanario de Instrucção, e Recreio», in Diccionário Jornalistico Portuguez, vol. I, f.os 247-247v.º; Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», pp. 264-265; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, pp. 50-51, 73; Brandão, Fernando de Castro – Da Crise do Antigo Regime à Revolução Liberal 1799-1820: uma Cronologia, pp. 85, 90; Alves, José Augusto – A Opinião Pública em Portugal (1780-1820), pp. 176, 418, 575; Nunes, M.ª de Fátima – Imprensa Periódica Científica (1772-1852), pp. 83-84; «Semanário de Instrução, e Recreio», in Jornais e Revistas Portuguesas do Século XIX, vol. II, n.º 4811, p. 278.
[15] «Joaquim José Pedro Lopes», in Diccionário Bibliográphico Portuguez, vol. IV, 1860, pp. 107-111; vol. XII, 1884, p. 93; «Joaquim José Pedro Lopes», in Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. XV, p. 434.
[16] Incumbido da redacção da Gazeta de Lisboa, em Junho de 1813, assumiu este cargo até Novembro de 1820, quando o título daquele órgão oficioso foi alterado para Diario do Governo. Continuando até Abril de 1821, sendo exonerado, pelo que passou a redigir a Gazeta Universal [1821-1823]. Em 13 de Junho de 1823, retomou à redacção do Diario do Governo, do qual esteve algum tempo ausente em 1827, continuando até meados de 1833.
[17] “A palavra jornal no sentido rigoroso significa diario, e subentende-se-lhe o nome papel, quando por isto se quer entender obra escrita que sahe todos os dias, ou em hum ou mais dias da semana ou mez, em serie ou continuação regular. Estes papeis de ordinario se fazem ou para dar noticias de successos do tempo, e estes costumão ser maís a miudo e mais pequenos, ou para publicar e espalhar os conhecimentos scientificos e litterarios, no que quando são bem desempenhados servem de muita utilidade. Poucos são os homens que podem fazer estudos regulares, ou que a isso se dedicarão de tenra idade, e não he possivel que huma Nação se componha de sabios: mas he mui conveniente que se leião cousas uteis, e cousas que recreiem o espirito sem o corromper; e não sei de hum methodo mais facil para espalhar por entre o povo menos instruido o amor da leitura, e por meio desta huma certa amenidade nos costumes, do que o da publicação de bons jornaes litterarios: assim o tem praticado todas as nações cultas da Europa, e mesmo a nossa gozou por alguns tempos de ter hum bom jornal qual era o Jornal Enciclopedico, que se fez digno de estimação. – Ora como nem todos tem tempo para ler grandes obras por isso os jornaes não só são uteis, mas direi mesmo necessarios. Para se poder com tudo tirar vantagem destes papeis he preciso que nelles se empreguem habeis pennas. As letras e aos costumes convem summamente que o Jornalista seja hum homem de bastantes e bem dirigidos estudos, e de moral irreprehensivel: além da sciencia das cousas carece de ser dotado de hum gosto exquizito, saber bem manejar os diversos estilos, e possuir espirito de rectidão. Não deve nunca fazer que em lugar de huma crítica assizada appareça huma satyra injuriosa; não deve por affeições particulares avultar os defeitos pequenos, e escurecer os grandes; nunca a lisonja deverá manchar seus escritos, a verdade deve ser o seu alvo. Analyses exactas, reflexões judiciosas, linguagem polida farão agradavel a leitura de suas publicações.” Lopes, Joaquim José Pedro – «Reflexões sobre os Jornaes e Jornalistas», in Semanario de Instrucção, e Recreio, vol. I, n.º 1, Impressão Régia, Lisboa, 2 Setembro 1812, pp. 15-16.
[18] Dias, Eurico Gomes – Gazetas da Restauração (1641-1648): uma revisão das estratégias diplomático-militares portuguesas (edição transcrita), pp. 7, 135, 172, 260, 276, 283, 286.
[19] «Resumo da Historia do Imperio da Russia», in Semanario de Instrucção, e Recreio, vol. II, n.º 46, 14 Julho 1813, pp. 312-314.
[20] «Correio de Lisboa», in Diccionário Jornalístico Portuguez, vol. I, f.o 169; Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», p. 265; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, p. 73; «Correio de Lisboa», in Jornais e Revistas Portuguesas do Século XIX, vol. I, n.º 1311, p. 203.
[21] Defende-se a possibilidade deste periódico ter sido editado por José Anastácio Falcão, o redactor do Gazeta d’Almada ou Telescopio Portuguez [1809-1810]. Cf. Catálogo das Publicações em Série 1641-1833, p. 39. Convém não confundir esta publicação com outros periódicos intitulados Correio de Lisboa e publicados em 1837 e 1869.
[22] Balbi, Adrien – Essai Statisque sur le Royaume de Portugal et d’Algarve, tomo II, p. CLXXIX; «El Viridico Español», in Diccionário Jornalístico Portuguez, vol. I, f.o 259; Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», p. 265; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, p. 73; Brandão, Fernando de Castro – Da Crise do Antigo Regime à Revolução Liberal 1799-1820: uma Cronologia, p. 86; «El Viridico Español», in Jornais e Revistas Portuguesas do Século XIX, vol. II, n.º 5154, p. 326.
[23] «Collecção de Opusculos sobre a Vaccina», in Diccionário Bibliográphico Portuguez, vol. II, 1859, p. 89; vol. IX, 1870, p. 77; «Collecção de Opusculos sobre a Vaccina», in Diccionário Jornalístico Portuguez, vol. I, fl.os 163-163v.º; Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», p. 264; Paulo, Zeferino – Periódicos Portugueses de Medicina e Ciências Subsidiárias, p. 34; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, p. 73; Catálogo das Publicações em Série 1641-1833, p. 34; «Colecção de Opúsculos sobre a Vacina», in Jornais e Revistas Portuguesas do Século XIX, vol. I, n.º 1072, pp. 168-169.
[24] Nomeadamente, no Jornal Enciclopedico [1779; 1788-1793; 1806], por exemplo.
[25] «Jornal Poetico», in Diccionário Bibliográphico Portuguez, vol. XII, 1884, p. 194; «Jornal Poetico», in Diccionário Jornalístico Portuguez, vol. I, f.o 204; Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», p. 264; «Jornal Poético», in Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. XIV, p. 317; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, p. 73; «Jornal Poético», in Jornais e Revistas Portuguesas do Século XIX, vol. II, n.º 3136, p. 50.
[26] «Jornal de Modinhas Patrióticas», in Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. XVII, p. 481; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, p. 73.
[27] «António José do Rego», in Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. XXIV, p. 822.
[28] Balbi, Adrien – Essai Statisque sur le Royaume de Portugal et d’Algarve, tomo II, p. CCLXXXVIII; «Theatro Nacional», in Diccionário Jornalístico Portuguez, vol. I, f.o 256; Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», p. 265; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, p. 73; Brandão, Fernando de Castro – Da Crise do Antigo Regime à Revolução Liberal 1799-1820: uma Cronologia, p. 87.
[29] Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», p. 266; «O Popular», in Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. XXII, p. 488; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, p. 209.
[30] Gazeta Instrutiva, Officina de Viuva Neves & Filhos, Lisboa, 1814. Cf. Balbi, Adrien – Essai Statisque sur le Royaume de Portugal et d’Algarve, tomo II, p. CCXCI; «Gazeta Instrutiva», in Diccionário Jornalístico Portuguez, vol. I, f.o 189; Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», p. 266; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, p. 73.
[31] Balbi, Adrien – Essai Statisque sur le Royaume de Portugal et d’Algarve, tomo II, p. CCXCV; «Correio Geral do Commercio», in Diccionário Jornalístico Portuguez, vol. I, f.o 168; Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», p. 267.
[32] «Miscellanea Curiosa de Varias Poesias Joviais e Serias», in Diccionário Jornalístico Portuguez, vol. I, f.o 221; Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», p. 267; «Miscelânea Curiosa de Varias Poesias Joviais e Sérias», in Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. XVII, p. 374; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, p. 73.
[33] Carta de Manoel Mendes Fogaça, escrita a seu amigo transmontano, sobre huma cousa que observou em Lisboa chamada O Observador, Imprensa Régia, Lisboa, 1818; «A Abelha», in Diccionário Jornalístico Portuguez, vol. I, f.o 155; Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», p. 269; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, p. 73.
[34] «O Espelho Politico e Moral», in Diccionário Jornalistico Portuguez, vol. I, f.os 183-183v.º; Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», pp. 265-266; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, pp. 62, 84, 87, 92; Brandão, Fernando de Castro – Da Crise do Antigo Regime à Revolução Liberal 1799-1820: uma Cronologia, 88, 92; Alves, José Augusto – A Opinião Pública em Portugal (1780-1820), pp. 42, 51, 115, 194, 229, 268, 423, 428, 432-438, 489-495; Catálogo das Publicações em Série 1641-1833, p. 46; Nunes, M.ª de Fátima – Imprensa Periódica Científica (1772-1852), pp. 91-93; Rodríguez, Alberto Pena – «História do Jornalismo Português», in História da Imprensa, cap. VIII, p. 356; «O Espelho Político e Moral», in Jornais e Revistas Portuguesas do Século XIX, vol. I, n.º 2013, p. 303.
[35] «José Anselmo Correia Henriques», in Diccionário Bibliográphico Portuguez, vol. IV, 1860, pp. 235-236; vol. XII, 1884, p. 220.
[36] Relembramos que João Bernardo da Rocha Loureiro foi o impulsionador do Correio da Peninsula ou Novo Telegrafo [1809-1810], juntamente com Nuno Álvares Pereira Pato Moniz. Finda a publicação de O Espelho Politico e Moral, iniciaria a edição de O Portuguez; ou, Mercurio Politico, Commercial e Literario [1814-1826].
[37] «Character da Naçaõ Portugueza», in O Espelho Politico e Moral, n.º 7, 15 Junho 1813, pp. 50-51.
[38] «O Patriota, Jornal Litterario», in Diccionário Jornalistico Portuguez, vol. I, f.os 236-236v.º; Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», p. 266; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, pp. 93, 209; Brandão, Fernando de Castro – Da Crise do Antigo Regime à Revolução Liberal 1799-1820: uma Cronologia, p. 89, 94; «O Patriota», in Jornais e Revistas Portuguesas do Século XIX, vol. II, n.º 3960, p. 162.
[39] «Manuel Ferreira de Araújo Guimarães», in Diccionário Bibliográphico Portuguez, vol. V, 1860, pp. 424-425; vol. XVI, 1893, pp. 209-210.
[40] «José Bonifácio de Andrada e Silva», in Diccionário Bibliográphico Portuguez, vol. V, 1860, pp. 276-278; vol. XII, 1884, pp. 261-263.
[41] Balbi, Adrien – Essai Statisque sur le Royaume de Portugal et d’Algarve, tomo II, p. CLXXXI; «O Portuguez ou, Mercurio Politico, Commercial e Literario», in Diccionário Jornalístico Portuguez, vol. I, f.o 238-241; Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», p. 267; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, pp. 42, 62, 84-85, 87-88, 90, 92-94, 97-99, 111, 120, 143; Catálogo das Publicações em Série 1641-1833, p. 69; Brandão, Fernando de Castro – Da Crise do Antigo Regime à Revolução Liberal 1799-1820: uma Cronologia, pp. 93, 109-110; «O Português ou Mercúrio Político, Comercial e Literário», in Jornais e Revistas Portuguesas do Século XIX, vol. II, n.º 4168, p. 189.
[42] Alves, José Augusto dos Santos – Ideologia e Política na Imprensa do Exílio. O Portuguez (1814-1826), 2.ª edição, «Temas Portugueses», INCM, Lisboa, 2005.
[43] Santos, M.ª Helena Carvalho dos – «Jornalistas, Poder e Exílio nos princípios de Oitocentos», in O Jornalismo Português – Passado, Presente e Futuro. Actas & Colóquios da Hemeroteca, HML/CML, Lisboa, 2004, pp. 16-21.
[44] Moniz, Nuno Álvares Pereira Pato – «Cartas a Orestes», in O Portuguez; ou, Mercurio Politico, Commercial e Literario, T. C. Hansard, Londres, 10 Setembro 1814, pp. 471-482.
[45] Microscopio de Verdades; ou, Oculo Singular, para o Povo Portuguez ver puras, e singelas verdades despidas dos caprichos, e paixões particulares, e outras expostas abrilhante luz do patriotismo, depois de terem sido descobertas por elle, entre as sombras do erro, da ignorancia, ou malicia dos Godoyanos, W. Lewis, Londres, 1814-1815. Cf. «Microscopio de Verdades», in Diccionário Jornalistico Portuguez, vol. I, f.os 217-217v.º; Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», p. 266; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, pp. 84, 92; Alves, José Augusto – A Opinião Pública em Portugal (1780-1820), pp. 428, 574; Catálogo das Publicações em Série 1641-1833, p. 60; Rodríguez, Alberto Pena – «História do Jornalismo Português», in História da Imprensa, cap. VIII, p. 356; Cruz, João Cardoso da – Introdução ao estudo da Comunicação, p. 143; «Microscópio de Verdades», Jornais e Revistas Portuguesas do Século XIX, vol. II, n.º 3478, p. 95.
[46] «Francisco de Alpoim e Meneses», in Diccionário Bibliográphico Portuguez, vol. II, 1859, pp. 327-328; vol. IX, 1870, p. 248.
[47] Meneses, Francisco de Alpoim e – «Cortes de Lamego», in Microscopio de Verdades; ou Oculo Singular…, vol. I, n.º 1, W. Lewis, Londres, 1814, cap. IV, pp. 17-34.
[48] Balbi, Adrien – Essai Statisque sur le Royaume de Portugal et d’Algarve, tomo II, p. CLXXXI; «O Observador Lusitano em Pariz», in Diccionário Jornalistico Portuguez, vol. I, f.os 229-229v.º; Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», p. 268; Castro, Armando – O Pensamento Económico no Portugal Moderno (de fins do século XVIII a começos do século XX), «Biblioteca Breve», Instituto de Cultura Portuguesa, Lisboa, 1980, 77; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, pp. 73, 84-85; Brandão, Fernando de Castro – Da Crise do Antigo Regime à Revolução Liberal 1799-1820: uma Cronologia, p. 97; ALVES, José Augusto – A Opinião Pública em Portugal (1780-1820), pp. 425-428; Rodríguez, Alberto Pena – «História do Jornalismo Português», in História da Imprensa, cap. VIII, p. 356; Cruz, João Cardoso da – Introdução ao estudo da Comunicação, p. 143; Nunes, M.ª de Fátima – Imprensa Periódica Científica (1772-1852), pp. 94-98; «O Observador Lusitano em Paris», in Jornais e Revistas Portuguesas do Século XIX, vol. II, n.º 3763, p. 136.
[49] «Francisco Solano Constâncio», in Diccionário Bibliográphico Portuguez, vol. III, 1859, pp. 65-67; vol. IX, 1870, p. 379; Sousa, M.ª Leonor Machado de – Solano Constâncio: Portugal e o mun-do nos primeiros decénios do século XIX, Arcádia, Lisboa, 1979; Idem – Um Ano de Diplomacia Luso-Americana: Francisco Solano Constâncio (1822-1823), «Temas Portugueseses», INCM, Lisboa, 1988.
[50] Serra, José Francisco Correia da – «Considerações geraes sobre o estado passado e futuro da Europa», in O Observador Lusitano em Pariz, ou Collecção Litteraria, Politica, e Commercial, vol. I, n.º 4, P. N. Rougeron, Paris, Abril 1815, pp. 500-504. Cf. «General Considerations upon the Past and Future State of Europe, in American Review of History and Politics, and General Repository of Literature and State Papers, vol. IV, Farrand & Nicholas, Filadélfia, 1812, pp. 354-366; Faria, António – Concepção de História e Prática Política: o Abade Correia da Serra (1751-1823), CMS, Serpa, 2001, pp. 104-105.
[51] «Espectador Portuguez», in Diccionário Jornalístico Portuguez, vol. I, fl.os 182-182v.º; Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», p. 268; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, pp. 73, 107, 111; Catálogo das Publicações em Série 1641-1833, p. 46; «Espectador Português», in Jornais e Revistas Portuguesas do Século XIX, vol. I, n.º 1993, p. 300.
[52] O Desapprovador, Impressão de Alcobia, Lisboa, 1818-1819.
[53] Macedo, José Agostinho de – «Reflexões sobre o estudo da Historia», in O Espectador Portuguez: Jornal de Litteratura e Critica, n.º 18, Impressão de Alcobia, Lisboa, 1816, pp. 155-158.
[54] «Jornal de Bellasartes, ou Mnemosine Lusitana», in Diccionário Bibliográphico Portuguez, vol. IV, 1860, p. 176; «Jornal de Bellasartes, ou Mnemosine Lusitana», in Diccionário Jornalístico Portuguez, vol. I, fl.os 199-199v.º; Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», p. 268; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, p. 73; Catálogo das Publicações em Série 1641-1833, p. 54; «Jornal de Bellas-Artes, ou Mnemósine Lusitana», in Jornais e Revistas Portuguesas do Século XIX, vol. II, n.º 2982, p. 29.
[55] «Pedro Alexandre Cavroé», in Diccionário Bibliográphico Portuguez, vol. VI, 1862, pp. 381-383; vol. XVII, 1894, pp. 175-176; «Pedro Alexandre Cavroé», in Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. VI, p. 369.
[56] «O Negociante Perfeito, ou Jornal de Commercio, e de Geografia», in Diccionário Jornalístico Portuguez, vol. I, f.o 225; CUNHA, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», p. 268; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, p. 73; «O Negociante Perfeito ou Jornal de Comércio e de Geografia», in Jornais e Revistas Portuguesas do Século XIX, vol. II, n.º 3639, p. 119.
[57] «José Pedro Coelho Mayer», in Diccionário Bibliográphico Portuguez, vol. XIII, 1885, pp. 154-155.
[58] «Annaes das Sciencias, das Artes, e das Letras», in Diccionário Bibliográphico Portuguez, vol. I, 1858, p. 73; «Annaes das Sciencias, das Artes, e das Letras», in Diccionário Jornalistico Portuguez, vol. I, 1858, f.os 157-157v.º; Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», p. 270; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, pp. 50, 84, 93, 106, 118, 197; Alves, José Augusto – A Opinião Pública em Portugal (1780-1820), pp. 428-429, 574, 588; Catálogo das Publicações em Série 1641-1833, p. 22; Brandão, Fernando de Castro – Da Crise do Antigo Regime à Revolução Liberal 1799-1820: uma Cronologia, p. 114; Rodríguez, Alberto Pena – «História do Jornalismo Português», in História da Imprensa, cap. VIII, p. 356; CRUZ, João Cardoso da – Introdução ao estudo da Comunicação, p. 143; Astigarraga, Jesus & Almodovar, António – «Dictionaries and Encyclopaedias on Political Economy in the Iberian Peninsula (18th, 19th and 20th Centuries)», in Storia del Pensiero Economico, n.º 41, Firenze University Press, Firenze, 2001, pp. 131-163; Nunes, M.ª de Fátima – Imprensa Periódica Científica (1772-1852), pp. 97-99; «Anais das Ciências, das Artes e das Letras», Jornais e Revistas Portuguesas do Século XIX, vol. I, n.º 247, p. 55. Uma segunda série deste periódico sairia com título de Novos Annaes das Sciencias, e das Artes dedicados aos que falam a Lingua Portugueza em ambos os Hemispherios, Chez Farcy, Paris, Janeiro-Julho 1827.
[59] «José Diogo Mascarenhas Neto», in Diccionário Bibliográphico Portuguez, vol. IV, 1860, p. 307.
[60] Relembramos o contributo de O Observador Lusitano em Pariz [1815].
[61] «Cândido José Xavier Dias da Silva», in Diccionário Bibliográphico Portuguez, vol. II, 1859, pp. 28-29.
[62] «Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque», Idem, vol. V, 1860, p. 323; vol. XVI, 1893, p. 71.
[63] «Correspondencia», in Annaes das Sciencias, das Artes, e das Letras, vol. X, 1820, pp. 26-49.
[64] «Observador Portuguez. Obra de Erudição, e Recreio», in Diccionário Bibliográphico Portuguez, vol. VI, 1862, pp. 319-320; «Observador Portuguez. Obra de Erudição, e Recreio», in Diccionário Jornalistico Portuguez, vol. I, f.os 227-227v.º; Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», pp. 269-270; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, pp. 50, 73, 107, 111; Brandão, Fernando de Castro – Da Crise do Antigo Regime à Revolução Liberal 1799-1820: uma Cronologia, pp. 112, 116; ALVES, José Augusto – A Opinião Pública em Portugal (1780-1820), pp. 236, 429, 484-485, 574; Catálogo das Publicações em Série 1641-1833, p. 65; Nunes, M.ª de Fátima – Imprensa Periódica Científica (1772-1852), p. 88; «Observador Português», in Jornais e Revistas Portuguesas do Século XIX, vol. II, n.º 3765, p. 136. Por vezes, é confundido como o Observador Portuguez, Histórico, e Politico de Lisboa…. [1809].
[65] Nuno Álvares Pereira Pato Moniz houvera colaborado no Correio da Peninsula ou Novo Telegrafo [1809-1810] e dirigirá O Portuguez Constitucional [1820-1821].
[66] «José Maria da Costa e Silva», in Diccionário Bibliográphico Portuguez, vol. V, 1860, pp. 25-29; vol. XIII, 1885, pp. 90-91.
[67] António Maria do Couto estará ligado a O Liberal [1820-1821].
[68] «O Campeão Portuguez ou o Amigo do Rei e do Povo», in Diccionário Jornalístico Portuguez, vol. I, fl.os 160-162; Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», pp. 270-271; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, pp. 61, 84-85, 88, 90, 92-94, 98; Catálogo das Publicações em Série 1641-1833, p. 28; Brandão, Fernando de Castro – Da Crise do Antigo Regime à Revolução Liberal 1799-1820: uma Cronologia, p. 116; «O Campeão Português», in Jornais e Revistas Portuguesas do Século XIX, vol. I, n.º 877, p. 142.
[69] Sucedido por O Campeão Portuguez em Lisboa, ou o Amigo do Povo e do Rei Constitucional. Semanario Politico para advogar a causa e interesses da Nação Portugueza em ambos os Mundos, e servir de continuação ao Campeão Portuguez em Londres, Typographia Rollandiana, Lisboa, 1822-1823.
[70] «Jornal Enciclopedico de Lisboa», in Diccionário Jornalistico Portuguez, vol. I, f.º 203; Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», pp. 271-272; LAPA, Albino – «Jornal Enciclopedico de Lisboa», in A palavra «Lisboa» na História do Jornalismo, pp. 66-67; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, pp. 48, 51, 123; Brandão, Fernando de Castro – Da Crise do Antigo Regime à Revolução Liberal 1799-1820: uma Cronologia, p. 118; Catálogo das Publicações em Série 1641-1833, p. 55; Nunes, M.ª de Fátima – Imprensa Periódica Científica (1772-1852), pp. 88-90; «Jornal Enciclopédico de Lisboa», in Jornais e Revistas Portuguesas do Século XIX, vol. II, n.º 3114, p. 48.
[71] Mello, Joaquim Lopes Carreira de – Biographia do Padre Jose Agostinho de Macedo, Typographia de Francisco d’Azevedo, Porto, 1854.
[72] Recordamos que foi redactor da Gazeta de Lisboa e do Semanario de Instrucção, e Recreio [1812-1813].
[73] «O Padre Amaro», in Diccionário Jornalistico Portuguez, vol. I, f.os 233-234v.º; Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», p. 271; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, pp. 84, 92, 143; Brandão, Fernando de Castro – Da Crise do Antigo Regime à Revolução Liberal 1799-1820: uma Cronologia, p. 118; Rodríguez, Alberto Pena – «História do Jornalismo Português», in História da Imprensa, cap. VIII, p. 356; Alves, José Augusto – A Opinião Pública em Portugal (1780-1820), p. 429; Catálogo das Publicações em Série 1641-1833, p. 66; «O Padre Amaro ou Sovela Política, Histórica, e Literária», in Jornais e Revistas Portuguesas do Século XIX, vol. II, n.º 3840, p. 147.
[74] «Joaquim Ferreira de Freitas», in Diccionário Bibliográphico Portuguez, vol. IV, 1860, pp. 77-79; vol. XII, 1884, pp. 36-37; «Joaquim Ferreira de Freitas», in Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. XI, p. 845.
[75] «O Contemporaneo Politico e Litterario», in Diccionário Bibliográphico Portuguez, vol. IX, 1870, p. 94; «O Contemporaneo Politico e Litterario», in Diccionário Jornalístico Portuguez, vol. I, fl.os 165-165v.º; Cunha, Alfredo da – «Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa (1641-1821)», p. 271; Tengarrinha, José – História da Imprensa Periódica Portuguesa, p. 84; Catálogo das Publicações em Série 1641-1833, p. 38; Brandão, Fernando de Castro – Da Crise do Antigo Regime à Revolução Liberal 1799-1820: uma Cronologia, p. 118; «O Contemporâneo Político e Literário», in Jornais e Revistas Portuguesas do Século XIX, vol. I, n.º 1215, p. 189.