Nº 2605/2606 - Fevereiro/Março de 2019 - Número Temático
Pessoa coletiva com estatuto de utilidade pública
António José de Lima Leitão (1787-1856): Cirurgião Militar, Médico, Político, Maçon, Professor e Escritor
Sargento-ajudante
José Luís Assis

Introdução

António José de Lima Leitão, cirurgião militar, médico, político, professor e escritor, nasceu na cidade de Lagos, no Algarve, a 17 de Novembro de 1787, e era filho de José de Lima Leitão e de Paulina Roza de Faro. Terá iniciado os estudos elementares naquela cidade[1] e adquirido a prática de curativo no hospital onde seu pai exercia as funções de cirurgião[2]. Por Decreto de 10 de Novembro de 1799 ingressou no Regimento de Infantaria n.º 2[3] de Lagos como Ajudante de Cirurgia[4]. O Regimento era comandado pelo primeiro barão de Albufeira, coronel José de Vasconcellos e Sá (1775-1842)[5], oficial de Infantaria que alcançou o posto de tenente-general[6]. Em 1808, em Grenoble (França), na Loja Militar Cavaleiros da Cruz fundada sob os auspícios do Grande Oriente Lusitano por oficiais da Legião Portuguesa e tendo como Venerável Gomes Freire de Andrade, ocupou o lugar de Segundo Vigilante[7]. Atendendo à sua idade e à organização médico militar de então e aos parcos conhecimentos que eram exigidos aos ajudantes de cirurgia, não é difícil intuir da imperfeita formação médica do jovem Lima Leitão. Contudo, julga-se que quando assentou praça já tinha alguns conhecimentos da prática curativa adquiridos no hospital onde o seu pai exercia as funções de cirurgião; “Durante oito anos, começados aos doze da minha idade, vi tratar doentes e ajudei a trata-los em Hospitais Militares nossos como Cirurgião Militar, tendo ano e meio antes começado este exercício como estudante externo[8]. Na província do Algarve, havia um Curso de Cirurgia no Hospital Militar de Tavira regido pelo cirurgião-mor António Carvalho de Mello Leal que tinha sido colocado no Regimento de Infantaria de Faro, através do Decreto de 1 de Outubro de 1789[9]. Devemos anotar que nos outro hospitais militares também se ensinavam os aspirantes a cirurgiões do Exército. Com a Primeira Invasão Francesa (1807) constitui-se um regimento que foi incorporado nas forças destinadas a combater o invasor. Neste regimento era cirurgião-mor António Cancela Pereira e cirurgiões ajudantes além de Lima Leitão, José Joaquim de Oliveira que se reformou como cirurgião-mor de milícias, José Joaquim Franco que se aposentou terminada a Guerra Peninsular e faleceu em 1838, Luiz José de Miranda que se reformou na mesma ocasião e morreu em 1832, José Romão Rodrigues Nilo (1788-1881)[10] que fez parte da Legião Portuguesa e Nicolau Joaquim Águas.

A 5 de Agosto de 1808, Lima Leitão, incorporado no seu Regimento, saiu de Lagos com destino às imediações da capital do Reino, onde permaneceu até Outubro daquele ano, momento em que regressou a Lagos. No dia 3 de Dezembro do mesmo ano, voltou a sair com o seu Regimento em direcção a Évora, tendo passado por Tomar com destino a Trás-os-Montes participando na campanha do Norte contra o exército invasor tendo, em Chaves, contactado com a epidemia de tifo, “em Chaves de meiado de Junho ao meiado de Julho de 1809 assistiu a uma terrível epidemia de tifos que as tropas francesas ali tinham deixado[11]. Em Agosto, entrou em Espanha e, ainda no mesmo mês, passou a França incorporado na Legião Portuguesa ao serviço de Napoleão[12]. Segundo consta, quando o Regimento seguia para Badajoz entrou em desavenças sérias com um oficial inglês o que o levaria a desertar e a entrar ao serviço do Exército Francês[13]. Em 1812, foi promovido a cirurgião-mor do batalhão de Pioneiros do Grande Exército[14] e, no ano seguinte, no Quartel-general Imperial de Napoleão, em Paris[15]. Terá sido nesta sua passagem por Paris que abraçou as ideias liberais e foi admitido na Maçonaria. No exercício desse cargo, prestou os serviços mais relevantes e aproveitou as excelentes lições e práticas médicas dos melhores cirurgiões e médicos do Império como sejam os barões Dominique Jean Larrey (1776-1842)[16], importante inovador na cirurgia e na triagem no campo de batalha e inventor das «ambulâncias voadoras» para o transporte mais rápido dos feridos das frentes de batalha para a rectaguarda, sendo hoje considerado o primeiro cirurgião militar moderno. Pierre-François Percy (1754-1825)[17] inventou um novo tipo de ambulância e o kit de emergência médica e René-Nicolas Dufriche Desgenette (1762-1837)[18], médico chefe no exército francês no Egipto e depois em Waterloo[19]. Da sua passagem pelo Exército Imperial guardou na sua «memória» os mais singulares casos de ensinamentos cirúrgicos e médicos que presenciou e as palavras de grande consideração e estima que recebeu daqueles seus comandantes. Napoleão, numa das suas visitas à Divisão de Ambulâncias, apontando para o jovem cirurgião-mor português, perguntou ao barão Larrey “Quel est ce petit peninsulaire?[20], ao que o dito barão lhe respondeu de modo elogioso “Eh bien, prenez soin de lui[21].

Em 1814, depois de terminadas as campanhas militares e concluída a paz com a França, o distinto cirurgião militar português recebeu das mãos do barão Percy uma carta muito honrosa certificando os seus méritos e serviços o que lhe permitiu aproveitar uma concessão facultada por Napoleão aos clínicos que tinham estado ao serviço do Exército francês para a admissão na Escola de Medicina de Paris e lhe permitiu, a 18 de Julho do mesmo ano, obter o diploma de Medicina com distinção[22]. Durante esse seu período académico foi discípulo dos maios ilustres médicos e cirurgiões franceses como Alexis de Boyer (1757-1833)[23], Jean-Nicolas Corvisart (1755-1821)[24], Philippe Pinel (1745-1821)[25] e Anthelme Louis Claude Marie Richerand (1779-1849)[26] e frequentou as lições de Ciências Naturais. Na Primavera do ano seguinte, regressou a Portugal, mas não foi bem recebido, como aliás aconteceu com todos os elementos que estiveram ao serviço da Legião Portuguesa. De acordo com Abílio Salgado em França, prevendo a hostilização de que poderia vir a sofrer futuramente publicou, no mesmo ano, o poema “Ode ao Duque de Wellington”, como general chefe do Exército Português dedicado ao Duque de Wellington com a clara intensão de se demarcar das presumíveis acusações e hostilizações que viessem a recair sobre si[27]. Dirigiu-se à Corte que, em virtude das Invasões Francesas, se encontrava no Rio de Janeiro, onde através do Decreto de 16 de Fevereiro de 1816 foi perdoado. No dia seguinte, depois de realizados os exames de habilitação como médico português, foi nomeado por Fernando José de Portugal e Castro, segundo Marquês de Aguiar, (1752-1817), Conselheiro de Estado e Ministro Assistente ao Despacho, Físico-mor da Capitania de Moçambique e Inspector da Botica do Hospital[28]. Segundo uma citação de Carlos Reis “Era ajudante de cirurgia do regimento de Infantaria de Lisboa, .... desertando para o Exercito inimigo, sendo perdoado pelo Decreto de 16 de Fevereiro de 1816, sendo promovido a Físico Mor de Moçambique por seis anos[29]. No que respeita a este assunto o suplicante

Attendendo ao que Me representou António José de Lima Leitão, Doutor em Medicina pela Universidade de Paris, Sou Servido, visto as circunstancias em que se acha, Perdoar-lhe o crime de Deserção, que confessa haver cometido em mil oitocentos e dez, ausentando-se para aquele Reino, sendo Cirurgião Ajudante, graduado Tenente do Regimento de Infantaria numero dez do Exército de Portugal, Propondo-me Nomea-lo em comutação da pena que incorrecta para Phisico Mor de Moçambique por tempo de seis annos. O Marquês de Aguiar, do Conselho de Estado, Ministro assistente ao Despacho do meu gabinete, Encarregado interinamente da Secretaria de Estado dos negócios da Marinha, e Dominios Ultramarinos o tenha assim entendido, e lhe mande expedir os Despachos necessários e faça executar[30].

Embora alguns autores defendam que, embora despachado, nunca chegou a exercer directamente o cargo em Moçambique, contudo, a 10 de Dezembro de 1817, o governador e capitão-general de Moçambique, José Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque (?- 1818)[31] endereçou a Tomás de António de Vila Nova Portugal (1755-1839) uma exposição de Lima Leitão na qual pede para se deslocar ao Rio de Janeiro a fim de se tratar. Nessa exposição o Governador fez constar:

Há sete mezes que o persegue uma relaxação do estômago, que lhe faz vomitar os alimentos de quasi todos os dias, pondo-o em acessos perigosos num abatimento severo; ameaças de gota severa o tem privado da maior parte da vista, mas trabalhando sempre com o mesmo zelo e actividade; o supplicante não o afirma mas tenho dados para o suspeitar. Tenho a honra de anunciar a V.ª Ex.ª que, pelo disvelo com que neste paiz tem estudado as doenças dos Vassalos militares de S. M., desconhecidas até hoje em causas, e próprio método de cura, achou uma aplicação, a seu ver, nova em Medicina, da qual resultará um grande bem na cura das mais graves doenças nas Colónias de S. M. Da África e da Ásia. Esta aplicação praticada há quatro meses não deu ainda uma só falha, tem poupado duas terças partes do que a real Fazenda gastava em remédios. O número de doença duplicou, mas a mortalidade no Hospital foi 5%. O suplicante a exporá metodicamente quando S. M. lho ordene[32].

A partir da análise realizada à exposição do governador da província de Moçambique podemos verificar que Lima Leitão esteve presente naquela província ultramarina e que desempenhou um serviço médico de excepcional qualidade na cura das mais graves doenças nas colónias. Àquela exposição foram juntos dois atestados médicos lavrados pelo físico e cirurgião-mor da capitania José Pires de Carvalho e pelo cirurgião Rogério António de Oliveira. O pedido foi requerido para passar à Corte a fim de tratar da sua saúde voltando depois quando recuperado.

Em finais de 1818, regressou ao Rio de Janeiro e, em meados do ano seguinte (1819), foi nomeado Físico-mor e Intendente Geral da Agricultura do Estado da Índia[33] e parte para aquele Estado. Homem muito dedicado à profissão que exerceu naquela possessão portuguesa, a ele se deve, entre outros melhoramentos, o plano de um curso médico-cirúrgico no Hospital de Goa do qual foi o seu director de ensino.

Com o triunfo da Revolução Liberal em Portugal, ocorrida na cidade do Porto, em 24 de Agosto de 1820, a notícia chegaria a Goa, a 21 de Março de 1821, e provocou uma agitação política em que Lima Leitão teve participação activa e que levou ao afastamento do vice-rei, Diogo Martim de Sousa Teles de Meneses, conde do Rio Pardo (1755-1829). Os militares e o povo prenderam o vice-rei e, a 16 de Setembro, nomearam uma “Junta Provincial do Governo do Estado da Índia”. Esta segundo o acordo previamente estabelecido, deveria ser formada por 7 elementos, contudo fora formada apenas com 5, sendo afastados dois, entre eles Lima Leitão contrariamente ao que tinha sido acordado. Este facto daria origem a uma persistente resistência ao novo governo e consequentes prisões com foi o caso do tenente-coronel Marinho e do próprio Lima Leitão, a 28 de Outubro de 1821. Segundo Manuel Vicente de Abreu, Lima Leitão, descontente com a situação, terá proposto ao conde uma contra-revolução ao que este não aceitou[34]. A 22 de Setembro, em Goa, Lima Leitão endereçou um ofício à Junta onde propunha algumas medidas para diminuir a despesa, aumentar as receitas, contentar a tropa e premiar os conspiradores. Estas medidas implicavam perseguições, demissões, reduções de vencimentos e lançamento de impostos o que obviamente a serem aplicadas iriam produzir um forte descontentamento[35]. Mais tarde, ocorreu uma revolta militar e da mesma foram responsabilizados, entre outros, Lima Leitão que foi colocado sob prisão na fortaleza da Aguada de onde, no dia 21 de Novembro, dirigiu à Junta uma carta a demonstrar o seu descontentamento por não ter sido incluído nela como tinha sido acordado[36]. A 3 de Novembro, a Junta foi deposta e substituída por outra que incluía Lima Leitão que para esse fim fora solto[37]. Depois das eleições de 14 de Janeiro de 1822, em que foi eleito deputado às Cortes pelo círculo daquela província ultramarina[38], em 1823, regressou a Lisboa deixando vagos todos os cargos que exercia, de Fisíco-mor da Índia, de Intendente-geral de Agricultura, de Director da Imprensa Nacional, de redactor da Gazeta de Goa e de Lente de Medicina do Hospital da cidade. Findaria, ainda, o seu envolvimento no processo de implementação do processo liberal no Estado da Índia Portuguesa. Foi deputado às cores, de 1820 a 1823, e às de 1826 e foi reconhecido como republicano e maçom.

Em 1824, formulou um pedido e dirigiu-o a D. João VI a solicitar a sua nomeação para lente de uma cadeira de Medicina no Hospital de Lisboa. O Monarca despachou o pedido para o ministro, na altura D. Pedro de Sousa Holstein, Marquês de Palmela (1781-1850) que passado algum tempo lhe respondeu: “a Universidade opõe-se, e no Hospital também não querem, Manoel Vieira (barão dAlvaiazere, físico mór do reino) não tem resmungado pouco. S M. Decidirá[39]. Deste modo, Lima Leitão, não fora aceite como lente na cadeira de Medicina no Hospital de Lisboa. Contudo, a 15 de Março de 1825, seria nomeado lente de Patologia Interna e Clinica Médica, na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa então estabelecida no Hospital de São José[40], entrando ao serviço por Aviso de 5 de Julho do mesmo ano e confirmada a sua nomeação através do Decreto de 28 de Julho e Portaria de 9 de Agosto do mesmo ano[41]. Lima Leitão integrou várias comissões científicas – a de 6 de Fevereiro de 1838, a de responsável para proceder à reforma do ensino médico e, a 11 de Abril do mesmo ano, pela elaboração do exame do programa da cadeira de Medicina Forense. Em 1844, no seguimento dos brilhantes serviços desempenhados ao serviço da Nação, foi nomeado para desempenhar a função de presidente do Conselho de Saúde Pública do Reino, cargo que manteria até 1846[42]. Com Lima Leitão a Medicina conheceu grandes progressos nomeadamente ao nível da linguagem médica que no início do século se enriquecera com os neologismos necessários à compreensão das inúmeras conquistas da Anatomia e da Fisiologia[43]. Reveladores disso mesmo são os seus estudos. Dotado de inquestionáveis capacidades intelectuais pelos conhecimentos médicos adquiridos em França junto dos mais ilustres médicos e cirurgiões, transmitiu aos seus discípulos os conhecimentos necessários à observação dos doentes, colocando em prática as conquistas mais recentes da Patologia Médica. Outra acção de grande vulto, diríamos mesmo inédita em Portugal no campo da Medicina Portuguesa foi a introdução e desenvolvimento da autópsia que até esse momento não era praticada porque a comunidade médica nacional não estava preparada para a realizar e muito menos para interpretar o que ela lhes pudesse revelar. Procurando alterar esse paradigma, adoptou a prática de autopsiar todos os doentes da clínica escolar que entretanto faleciam no hospital e familiarizou os seus alunos na sua prática e no seu estudo. Os seus estudos foram de tal modo importantes, demonstrando as vantagens da Autópsia que mereceram a atenção e foram adoptados pela clínica geral, passando a serem autopsiados todos os cadáveres daqueles que em vida tinham apresentado sintomas obscuros e muitas vezes sido diferentemente interpretados. António José de Lima Leitão, fruto dos seus contactos ao serviço do Exército Imperial em que conviveu com as personalidades mais ilustres daquele tempo no campo da Medicina, possuía uma grande erudição médica. Deixou uma vasta bibliografia. No conjunto da sua produção científica como médico e cirurgião relevamos alguns dos seus estudos mais importantes: “Novas preposições de Medicina, que examinará no curso de pratica do presente ano lectivo”, Imprensa rua dos Fanqueiros, 1827; Esboço sobre o cholera-morbus asiatico, contendo a teoria da propagação, da natureza, e do tratamento desta doença epidémica, fundada na observaçãoo presencial na India, e em outros factos authenticos”, Lisboa, Imprensa Regia, 1832[44]; “Breve aviso ao Povo, acerca do tratamento da moléstia epidémica que grassa na Europa com o nome de cholera-morbus asiático”, Lisboa, Imprensa Regia, 1833; “Manual completo de Medicina legal, considerada em suas referencias com a Legislação actual, obra particularmente destinada aos srs. Médicos, Advogados e Jurados, por C. Sedillot, vertida do original francez e anotada com a Legislação portuguesa que lhe é relativa, e com outros muitos esclarecimentos (...)”, Typographia de João Antonio da Silva Rodrigues, 1841; “Discurso sobre as incertezas da Medicina, e os modos geraes de convertel-as em bem da mesma sciencia”. Este estudo foi recitado na abertura dos cursos da Eschola Medico-Cirurgica de Lisboa para o anno de 1843; “Memoria sobre a aplicação do acido arsenioso, ou arsénico branco do commercio, no tratamento das febres intermitentes”, Lisboa, Imprensa Nacional, 1853. Além destes estudos Lima Leitão colaborou essencialmente nos periódicos Jornal da Sociedade das Sciencias Medicas de que foi um dos seus fundadores e por alguns anos presidente e no qual tem diversos artigos publicados. Colaborou, ainda, no Esculapio, Jornal de Medicina em que tem publicados um grande número de artigos. A vida dos homens sábios é de facto o catálogo das suas obras e as obras de Lima Leitão revelam-nos uma instrução vastíssima, uma enorme erudição, dotes e recursos de subido quilate[45].

 

Conclusão

Da sua passagem pelo Exército Imperial guardou as singulares lições e práticas médicas dos mais ilustres cirurgiões e médicos do Império que depois trouxe e colocou ao serviço do ensino médico em Portugal. A Medicina conheceu grandes progressos ao nível da linguagem médica com a criação de neologismos que permitiram compreender os avanços da Anatomia e de Fisiologia.

 

Bibliografia

Fontes

Abreu, Manuel Vicente, 1862. Relação das Alterações Politicas de Goa, Nova Goa, Imprensa Nacional.

Apontamentos Historicos para servirem á biografia do Dr. Antonio José de Lima Leitão, O Escholiaste Medico, 13.º Anno, 1856, nº. 47.

Biografias dos mui distinctos e meretissimos médicos os srs. Dr. Antonio José de Lima Leitão e Dr. Antonio Maria Brilhante. Lisboa: Typographia Universal, 1877.

Carvalho, Francisco Augusto Martins de, 1891. José Romão Rodrigues Nilo. Diccionario Bibliographico Militar Portuguez, Lisboa, Imprensa Nacional.

Decreto de 10 de Novembro de 1799, Legislação Portuguesa. Registo do Regimento de Infantaria n.º 2, Livros 2.º e 3.º Castello Branco, João Carlos Feo Cardoso, Torres, Manuel de Castro Pereira de Mesquita, 1838.

Leitão, António José de Lima, 1851-1853. A natureza das coisas, 2 vols., Lisboa: Typ. de Jorge Ferreira de Mattos.

Macphail, João, 1853. José de Lima Leitão; Antonio Maria Brilhante, [s. l., s. n.].

Provimentos Militares, Segundo Supplemento (de 10 de Outubro de 1789) A’ Gazeta de Lisboa, na Regia officina Tipographica, n. 40, 1789, (6 de outubro de 1789).

Reis, Carlos Vieira, 2004. Médicos Militares que de uma forma ou de outra se distinguiram, História da Medicina Militar Portuguesa, Lisboa, Estado-Maior do Exército.

Resenha das familias titulares do reino de Portugal acompanhada das notícias biographicas de alguns individuos das mesmas familias, Lisboa, Imprensa Nacional.

Salgado, Abílio José, referindo A. H. H. C. L., registo Geral (1823-1826), Livro 9, fl. 83V., 92, 100V, 101V, 118.

Salgado, Abílio José, 1986. António José de Lima Leitão (1787-1856): sua obra e seu posicionamento político, Sep. Da Revista Cultura História e Filosofia, Centro de História da Cultura da Universidade Nova, Lisboa.

Silva, Innocencio Francisco da, MDCCCLVIII. Diccionario Bibliographico Portuguez, Lisboa, Tomo Primeiro, Imprensa Nacional.

 


[1]    Salgado, Abílio José, 2004. António José de Lima Leitão (1787-1856): Médico, Escritor e Maçom (Obra e posicionamento político). Estudos de Homenagem a Luís de Oliveira Ramos, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, p. 943.

[2]    Reis, Carlos Vieira, 2004. Médicos Militares que de uma forma ou de outra se distinguiram, História da Medicina Militar Portuguesa, Lisboa, Estado-Maior do Exército, p. 217.

[3]    Realizou vários combates: a campanha do norte de Portugal (11 de Maio de 1809), batalha do Buçaco (27 de Setembro de 1810), Combate do Bulhaco (28 de Outubro de 1810), combate da Rendinha (12 de Março de 1811), sitio de Olivença (9 a 15 de Abril de 1811), sitio de Badajoz (5 a 16 de Maio de 1811), batalha de Albuera (16 de Maio de 1811), sitio de Badajoz (19 de Maio a 17 de Junho de 1811 e 17 de Março a 6 de Abril de 1812), batalha de Vitória (21 de Junho de 1813), bloqueio de Pamplona (30 de Junho a 18 de Julho de 1813), batalha dos Pirinéus (28 a 30 de Julho de 1813), Niville (10 de Novembro de 1813), Batalha de Orthez (27 de Fevereiro de 1814), Toulouse (10 de Abril de 1814). Veja-se http://www.arqnet.pt/exercito/2ri.html (consultado no dia 4 de Outubro de 2017).

[4]    No 2.º e 3.º Livros de Registos do Regimento de Infantaria 2 consta “13 anos, cabelos castanhos, olhos pardos, solteiro, Ajudante de Cirurgião em 10 de Novembro de 1779, voluntário. Cfr. Ibidem.

[5]    Conselheiro de Sua Majestade Fidelíssima. Participou nas campanhas da Catalunha e do Rossilhão (1793-1794) e da Guerra Peninsular. Foi condecorado com o distintivo da Granada de d’Oiro (Dec. 17 Dezembro 1795) pela primeira campanha e com a Medalha Portugueza de Três Campanhas da Guerra Peninsular e Medalha de Comando. Foi ainda agraciado por sua Majestade Britânica Jorge III do Reino Unido com a medalha da mesma Guerra pela sua participação nas batalhas de Nivelle (10 Novembro de 1813), Orthez (27 de Fevereiro de 1814) e Toulouse (10 de Abril de 1814). Foi, ainda, comendador das Ordens de S. Bento d’Aviz e da antiga Ordem da Torre e Espada.

[6]    Cfr., Decreto de 10 de Novembro de 1799, Legislação Portuguesa. Registo do Regimento de Infantaria n.º 2, Livros 2.º e 3.º Castello Branco, João Carlos Feo Cardoso, Torres, Manuel de Castro pereira de Mesquita, 1838. Resenha das familias titulares do reino de Portugal acompanhada das notícias biographicas de alguns individuos das mesmas familias, Lisboa, Imprensa Nacional, p. 2.

[7]    Marques, António Henrique Rodrigo de Oliveira, Dicionário de Maçonaria Portuguesa. [s.l.: s.n.] pp. Volume I. Coluna 31.

[8]    Cit. Reis, Carlos Vieira, 2005. Médicos Militares que de uma forma ou de outra se distinguiram. História da Medicina Militar Portuguesa, vol. II, Lisboa, Estado-Maior do Exército, p. 217.

[9]    Provimentos Militares, Segundo Supplemento (de 10 de Outubro de 1789) A’ Gazeta de Lisboa, na Regia officina Tipographica, n. 40, 1789, (6 de outubro de 1789).

[10]    Foi bacharel em letras e doutor em Medicina pela faculdade de Paris e diretor do Hospital Militar de São Francisco em Lisboa. Fez toda a campanha da Guerra Peninsular como cirurgião-ajudante do antigo Regimento de Infantaria n.º 2 e foi galardoado com as cruzes de distinção das batalhas de Albuera (16 de Maio de 1811) e Victoria (21 de Junho de 1813). Consulte-se Carvalho, Francisco Augusto Martins de, 1891. José Romão Rodrigues Nilo. Diccionario Bibliographico Militar Portuguez, Lisboa, Imprensa Nacional, p. 186.

[11]    Cit., Idem., p. 218.

[12]    Devemos anotar o desfasamento das datas. Inocêncio Francisco da Silva enuncia que Lima Leitão saiu de Portugal com destino a França em 1808, contudo, conforme podemos verificar na citação em 1810 ainda se encontrava em Portugal a braços com uma epidemia de tifo. Silva, Innocencio Francisco da, Diccionario Bibliographico Portuguez, Lisboa, Tomo Primeiro, Imprensa Nacional, MDCCCLVIII, p. 168.

[13]    Reis, Carlos Vieira, 2005. Médicos Militares que de uma forma ou de outra se distinguiram. História da Medicina Militar Portuguesa, vol. II, Lisboa, Estado-Maior do Exército, p. 218.

[14]    Silva, Innocencio Francisco da, Diccionario Bibliographico Portuguez, Lisboa, Tomo Primeiro, Imprensa Nacional, MDCCCLVIII, p. 168.

[15]    Ibidem.

[16]    Estudou Medicina sob tutela de seu tio e, em 1786, mudou-se para Paris onde concluiu os estudos no Hotel Dieu. Ingressou na Marinha e teve a primeira missão à América do Norte a bordo da Fragata “Vigilante”. Saiu da Marinha e, em 1792, tornou-se médico do Exército Francês no Reno. Em 1797, foi nomeado cirurgião-chefe dos exércitos napoleónicos na Itália e inventou as ambulâncias volantes «ambulâncias voadoras» para o transporte mais rápido dos feridos no campo de batalha. Dotou-as de material médico e pessoal de apoio que incluía um médico, um intendente, um sub-oficial, um baterista (que carregava as ataduras) e 24 homens de infantaria. As ambulâncias tiveram um grande sucesso, sendo adotadas pelo Exército Imperial e por outros exércitos. Mesmo no terrível terreno do deserto as «ambulâncias voadoras» evacuavam os feridos em menos de 15 minutos. Melhorou a organização dos hospitais de campo, estabeleceu regras para a triagem das baixas de guerra, cuidando dos doentes de acordo com a gravidade dos seus ferimentos e a urgência da necessidade de cuidados médicos independentemente da patente dos militares feridos. No ano seguinte, marchou para o Egipto sendo ferido no cerco de Acre (Israel) regressando a França, em 1801. Em 1805, ascendeu a cirurgião-chefe do Exército. Acompanhou Napoleão na campanha da Alemanha, Polónia e Moscovo (1805), na campanha Espanhola (1808), na batalha de Aspern-Essling (21 e 22 de Maio 1809) onde amputou uma das pernas ao Marechal Jean Lannes (1769-1809) em dois minutos, na Batalha de Wagram (5 e 6 Julho de 1809). Na Invasão da Rússia (1812 anotamos a Batalha do Borodino (7 Setembro de 1812), onde realizou 200 amputações em 24 horas, a Batalha de Hanau (30 e 31 de Outubro de 1813), Waterloo (16 a 19 de Junho de 1815). É considerado pela comunidade científica como o primeiro cirurgião militar moderno. Os seus inúmeros estudos foram aceites como fontes muito valiosas para o conhecimento médico e cirúrgico e foram traduzidos para todas as línguas modernas.

[17]    Nasceu em Montagney, departamento do Haute-Saône em Franche-Comté e era filho de um cirurgião de aldeia. Estudou Medicina em Besançon e saiu médico, em 1775. No ano seguinte, deslocou-se a Paris e obteve o certificado de cirurgião e entrou ao serviço do Exército – Regimento Berri-Cavallerie, em 1782. Momentos antes da Revolução tornou-se cirurgião-chefe dos Exércitos Revolucionários. Na Primeira República Francesa foi director do Hospital de Treinamento Militar do Vale de Grace e cirurgião-chefe dos Exércitos de Mosela, o Sambre-et-Meuse e o Reno comandado por Jean Victor Marie Moreau (1763-1813). Foi ao serviço deste exército que organizou o corpo de cirurgiões militares para recuperar e tratar os feridos sob fogo inimigo e renovou entre os generais Paul Kray (1735-1804) e Moreau a Convenção estabelecida entre os generais conde de Stair e Adrien Maurice de Noailles (1678-1766), em 1773, para proteger os hospitais dos exércitos. Teve a ideia de um corpo de saúde independente e neutro e inviolável, contudo foi Henri Dunant que, em 1863, criaria a Cruz Vermelha. Em 1804, recebeu a Cruz de Oficial da Legião de Honra juntamente com Desgenettes e Dominique Larrey. Foi cirurgião do Grande Armée na Alemanha e esteve em Austerlitz (2 de Dezembro de 1805), em Jena (14 de Outubro de 1806), em Eylau (7 de Fevereiro de 1807), em Friedland (14 de Junho de 1807) e na Espanha (campanha de 1808-1809). Em 1809, deixou a Grande Armée para se tornar professor na Faculdade de Medicina de Paris.

[18]    Estudou Medicina em Paris, Londres, Florença e Siena. Em 1789, regressou a França e passou os últimos estudos em Montpellier, a 6 de Julho, com a tese “A fisiologia dos vasos linfáticos”. Foi nomeado chefe médico da expedição ao Egipto na Divisão do general André Masséna (1758-1817) onde contactou com a epidemia do Tifo. Em 1796, assumiu a direcção do Hospital Val-de-Grâce e da 17.ª Divisão Militar de Paris. Em 1798, foi nomeado médico-chefe do Exército do Oriente (1798-1799) e quando chegou ao Egipto teve de enfrentar muitas doenças que grassavam no Exército pelo clima severo e a falta de água potável. Observou casos de varíola, escorbuto, febre de Damiette, conjuntivite aguda contagiosa e disenteria. Instituiu rigorosas medias de higiene e profilaxia como a limpeza de roupas, desinfecção de instalações e supervisão de alimentos. No deserto da Síria enfrentou uma epidemia de peste bubónica ou doença das glândulas. Em 1804, foi nomeado Inspector-geral do Serviço de Saúde do Exército e membro da Legião de Honra. Nesta mesma data, deslocou-se a à Toscana para estudar a epidemia da febre amarela. Em 1807, foi nomeado médico-chefe do Grande Exército e participou nas principais campanhas napoleónicas. Esteve presente nas batalhas de Eylau (1807), Friedland (1807) e Wagram (1809). Em 1808, voltou a Paris e depois acompanhou o imperador na Espanha. De 1812-1813, participou na campanha da Rússia onde foi feito prisioneiro e o Czar Alexandre I (1777-1825) mandou-o, sob escolta, entregar a Napoleão.

[19]    Apontamentos Historicos para servirem á biografia do Dr. Antonio José de Lima Leitão, O Escholiaste Medico, 13.º Anno, 1856, n. 47, p. 354.

[20]    Ibidem.

[21]    Ibidem.

[22]    Reis, Carlos Vieira, 2005. Médicos Militares que de uma forma ou de outra se distinguiram. História da Medicina Militar Portuguesa, vol. II, Lisboa, Estado-Maior do Exército, p. 218.

[23]    Nasceu em Corréze, Limousin, França e obteve os primeiros conhecimentos de cirurgia na loja de um cirurgião barbeiro. Na sua mudança para Paris atraiu a atenção de reputados cirurgiões como Antoine Louis (1723-1812) e Pierre-Joseph Desault (1738-1795). Continuou os seus estudos e tornou-se conhecido pelos seus conhecimentos anatómicos e destreza cirúrgica. Com a idade de 37 anos foi nomeado segundo cirurgião no Hôtel-Dieu de Paris e na École de Sante onde alcançou o lugar de presidente da cirurgia operativa, mudando depois para Cirurgia Clínica. Deixou um número muito considerável de trabalhos escritos no campo da patologia externa. Uma grande parte desses trabalhos tratava de doenças cancerígenas. Algumas obras importantes: Trait complet de lanatomie (4 vols.), 1797-1799, Trait des maladies chirurgicales et des operations qui leur conviennent, 2 vols, 1814-1826. Foi o primeiro cirurgião de Napoleão e barão do Império.

[24]    Nasceu na vila francesa de Dricourt e, a partir de 1777, estudou na Escola de Medicina de Paris e, em 1786, tornou-se professor de Patologia Clínica. Em 1797, começou a ensinar no Colégio de França onde adquiriu reputação como médico cardiologista. Em 1804, tornou-se o principal médico de Napoleão acompanhando-o até ao exílio na ilha de Santa Helena, em 1815. Enfatizou o estudo dos sintomas e examinou as evidências pós-morte.

[25]    Nasceu em Jonqueères, França no seio de uma família de médicos. Após a obtenção do diploma de Medicina na Faculdade de Medicina de Toulouse estudou mais quatro anos na Faculdade de Medicina de Montpellier. Foi o primeiro a descrever e classificar algumas perturbações mentais, demência precoce ou esquizofrenia. A sua obra mais importante foi“Traité médico-philosophique sur l’aliénation mentale ou la manie”.

[26]    Iniciou os seus estudos de medicina no Collège de Belley, em 1796, tendo depois ingressado na École de Santé de Paris. Em 1799, defendeu o diploma de Medicina com o estudo dissertação anatomico-cirúrgica nas fraturas do col de fémur. Frequentou a prática cirúrgica no Hospital de Saint-Louis em Paris e, em 1807, ficou como professor de Patologia Cirúrgica na Faculdade de Medicina. Em 1806, foi nomeado Director Médico da Guarda de Paris, Cirurgiões Maiores da Guarda de Paris e, no ano seguinte, presidente da Patologia Clínica, Chaire de Pathologie Chirurgicale.

[27]    Salgado, Abílio José, 2004. António José de Lima Leitão (1787-1856): Médico, Escritor e Maçom (Obra e posicionamento político). Estudos de Homenagem a Luís de Oliveira Ramos, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, p. 944.

[28]    Silva, Innocencio Francisco da, Diccionario Bibliographico Portuguez, Lisboa, Tomo Primeiro, Imprensa Nacional, MDCCCLVIII, p. 168.

[29]    Cit. Reis, Carlos Vieira, 2005. Médicos Militares que de uma forma ou de outra se distinguiram. História da Medicina Militar Portuguesa, vol. II, Lisboa, Estado-Maior do Exército, p. 218.

[30]    Cit. Idem., p. 218.

[31]    Foi nomeado governador e capitão-general de Moçambique, a 26 de Julho de 1816. A 2 de Fevereiro de 1817, assumiu o cargo e faleceu a 12 de Novembro de 1818. Anteriormente tinha sido promovido a capitão-de-mar-e-guerra e despachado para a Capitania do Rio Grande, a 2 de Dezembro de 1805. Por sua morte, organizou-se em Moçambique o governo provisório constituído Frei José Nicolau Jesus Maria Pegado, brigadeiro graduado Francisco Carlos da Costa Lacé e juíz de fora Amaro Guedes da Silva e Sousa.

[32]    Cit., Idem., p. 219.

[33]    Leitão, António José de Lima, A natureza das coisas, pref., pp. IX-X.

[34]    Abreu, Manuel Vicente, Relação das Alterações Politicas de Goa – Nova Goa, 1862. Reis, Carlos Vieira, 2005. Médicos Militares que de uma forma ou de outra se distinguiram. História da Medicina Militar Portuguesa, vol. II, Lisboa, Estado-Maior do Exército, p. 218.

[35]    Idem., p. 220.

[36]    Reis, Carlos Vieira, 2005. Médicos Militares que de uma forma ou de outra se distinguiram. História da Medicina Militar Portuguesa, vol. II, Lisboa, Estado-Maior do Exército, p. 220.

[37]    Ibidem.

[38]    Salgado, Abílio José, 2004. António José de Lima Leitão (1787-1856): Médico, Escritor e Maçom (Obra e posicionamento político). Estudos de Homenagem a Luís de Oliveira Ramos, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, p. 943.

[39]    Cit. Reis, Carlos Vieira, 2005. Médicos Militares que de uma Forma ou de Outra se Distinguiram. História da Medicina Militar Portuguesa, vol. II, Lisboa: Estado-maior do Exército, 2005, p. 221.

[40]    Salgado, Abílio José, referindo A. H. H. C. L., registo Geral (1823-1826), Livro 9, fl. 83V., 92, 100V, 101V, 118.

[41]    Cfr., Idem., p. 22.

[42]    Silva, Innocencio Francisco da, Diccionario Bibliographico Portuguez, Lisboa, Tomo Primeiro, Imprensa Nacional, MDCCCLVIII, p. 168.

[43]    Para mais informação sobre a vida e obra deste distinto médico e cirurgião militar consulta-se: Biografias dos mui distinctos e meretissimos médicos os srs. Dr. Antonio José de Lima Leitão e Dr. Antonio Maria Brilhante. Lisboa: Typographia Universal, 1877. Contém uma memória brilhante de Abílio José Salgado, António José de Lima Leitão (1787-1856): sua obra e seu posicionamento político, Sep. Da Revista Cultura História e Filosofia, centro de História da Cultura da Universidade Nova, Lisboa, 1986.

[44]    Este seu estudo representa uma parte do trabalho que o autor empreendera sob o título “Annaes da Medicina Dynamica” e que aparece apenas nas capas das brochuras. Foram editados dois cadernos com os números 2 e 3. Interrompeu-se a publicação e o número e interrompeu-se a edição o que obviamente tinha como desígnio logo à partida encerra o prefácio da obra. Nestes cadernos considerados raros encontra-se o esboço da doença epidémica que com o nome de Cholera-morbus tem grassado mortalmente na maior parte setentrional da Europa. Este esboço compreende quatro artigos: “Propagação da doença”; “Sua natureza”; “Seu tractamento”; “Preservativos”. Destes, apenas foram publicados os três primeiros artigos, faltando o quarto. O primeiro artigo e parte do segundo foram publicados, em 1831, na Gazeta de Lisboa, nos números 223, 233, 244 e 257. Consulte-se Silva, Innocencio Francisco da, Diccionario Bibliographico Portuguez, Tomo I, 1850, pp. 169-170.

[45]    Cfr. Idem., pp. 169-170.

 

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