Nº 2635/2636 - Agosto/Setembro de 2021
Pessoa coletiva com estatuto de utilidade pública
Crónicas Bibliográficas

Portugueses e Espanhóis na Oceânia

Duas formas de resolver insurreições


 

Portugueses e Espanhóis na Oceânia – Duas formas de resolver insurreições é uma publicação da autoria de René Pélissier, editada pela Tribuna da História, em outubro de 2018. Acompanhado de um glossário específico e de uma bibliografia muito direcionada de “um número voluntariamente restrito de obras utilizadas” (sic, autor), epois de termos efetuado a leitura desta obra, não conseguimos fugir à tentação de reproduzir o texto-síntese da contracapa, pela sua objetividade:

“Numa abordagem bem fundamentada e original, René Pélissier propõe-se analisar um breve mas relevante período da história dos dois impérios da Península Ibérica, centrando-se nas opções que tomaram nas suas colónias de Timor e Ponape para se afirmar nestes territórios que se encontravam sob o seu domínio no final do século XIX.

O que o autor pretende é «apreciar o modo como os descendentes dos pioneiros dos séculos XV e XVI sobreviveram – imperialmente falando – numa época na qual, para se impor além-fronteiras, o que contava não eram as reminiscências empoladas de um passado demasiado imponente, mas o valor das exportações, a sanidade das finanças públicas, o número de navios de guerra e canhões disponível e, sobretudo, a vontade de os utilizar para se afirmar no mapa».

O seu estudo ocupa-se, por isso, «das atividades coloniais de Portugal e de Espanha. Porém, não num lugar qualquer. Nem em África, nem na América, nem na Ásia, mas exatamente onde menos as esperaríamos: no Pacífico, no sentido lato que na época o conceito abrangia. E sob um ângulo bastante particular: como obrigar as populações locais a obedecer a pressões coloniais antigas para Portugal ou totalmente novas para Espanha, tudo isto limitado a duas ilhas de habitantes ciosos da sua independência e sobejamente capazes de a defender?».

Em «Portugueses e espanhóis na Oceânia – Duas formas de resolver insurreições», o autor sustenta que os métodos portugueses em Timor e revelaram mais eficazes do que os dos espanhóis em Ponape.”

A Revista Militar felicita o autor e a Editora pela publicação desta obra e agradece a oferta do exemplar que passou a contar no seu acervo bibliográfico.

 

Major-general Adelino de Matos Coelho

Diretor-Gerente da Revista Militar

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Adelino de Matos Coelho
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2022-03-09
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Major-general

Adelino de Matos Coelho

Habilitado com os Cursos de Infantaria, da Academia Militar, Geral de Comando e Estado-Maior e Superior de Comando e Direção, do Instituto de Altos Estudos Militares; possui outros Cursos de que se destacam o de Oficial de Informação Pública do Comando Aliado da Europa da OTAN (Bélgica), o Curso Militar de Direito Internacional dos Conflitos Armados, do Instituto de Direito Humanitário de Sanremo (Itália) e o Diploma de Pós-Graduação em Estudos Europeus da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Ao longo da sua carreira, prestou serviço em várias Unidades e Órgãos do Exército, nomeadamente, no Regimento de Infantaria de nº 3, em Beja, que comandou, e no Estado-Maior do Exército, onde desempenhou o cargo de Chefe da Divisão de Pessoal. Além disso, também desempenhou carg

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