Prisioneiros de guerras
Experiências de cativeiro no Século XX
Prisioneiros de guerras – Experiências de cativeiro no Século XX é uma publicação coordenada por Pedro Aires de Oliveira e que, além do próprio, contou com a participação de catorze autores, no âmbito da evocação do centenário da Grande Guerra (1914-1918), tendo em conta que no desastre da Batalha de La Lys, em 9 de abril de 1918, ficaram sob custódia alemã mais de 6.000 prisioneiros de guerra portugueses.
Na introdução (“Experiências de cativeiro no Século xx”), o coordenador, da obra refere que “uma explicação possível para a recente vaga de estudos em torno do tema dos prisioneiros de guerra – ou, se preferirmos, do cativeiro em tempo de conflitos militares (a nuance não é de somenos, como veremos) – relaciona-se com o facto de este ser um ângulo de observação interessante para as mudanças no carácter da guerra, nomeadamente dos pressupostos que informam o seu enquadramento legal. Sem descurar os precedentes de épocas históricas mais recuadas, podemos, contudo, situar na segunda metade do século XIX os primeiros passos determinantes na criação de um regime internacional relativo à proteção dos prisioneiros de guerra, cujos fundamentos serão depois reforçados na centúria seguinte, formando o pano de fundo de alguns dos capítulos deste volume.”
Colaboram neste volume os seguintes autores (“títulos dos artigos”):
– Jakob Zollmann (“Prisioneiros de guerra e os seus historiadores”);
– Matthew Stibbe (“Radicalização e internacionalização: rumo a uma história global de cativeiro militar e civil durante a Primeira Guerra Mundial”);
– Maria José Oliveira (“«Deste triste viver.» Os dias de cativeiro na Frente Ocidental da Primeira Guerra Mundial, 1917-1918”);
– Francisco Javier Martínez (“Escapar ao esquecimento: prisioneiros portugueses na Guerra do Rif, em Marrocos (1921-1927)”);
– Rui Aballe Vieira (“Prisioneiros de guerra portugueses no sistema concentracionário franquista (1936-1940)”);
– Ansgar Schaeferl, Cláudia Ninhos e Cristina Clímaco (“Prisioneiros de guerra portugueses do Reich (1940-49)”);
– Ricardo Silva (“De soldados de Hitler a prisioneiros de Estaline. Combatentes portugueses na Frente Leste (1941-1954)”);
– Helena F. S. Lopes (“Entre impérios: prisioneiros portugueses na Segunda Guerra Mundial na Ásia de Leste”);
– Jorge Silva Rocha (“Prisioneiros portugueses em Timor durante a Segunda Guerra Mundial”);
– Diogo Roque (“Prisioneiros na Índia – O quotidiano e a espera pelo regresso”);
– Aniceto Afonso e Carlos de Matos Gomes (“Prisioneiros na Guerra Colonial”);
– Rui Graça Feijó (“Prisioneiros do fim do império: os prisioneiros de guerra no «Timor Português» (1975-1976)”).
A Revista Militar felicita o coordenador e os restantes autores pela publicação desta obra e agradece a oferta do exemplar que passou a contar no seu acervo bibliográfico.
Major-general Adelino de Matos Coelho
Diretor-Gerente da Revista Militar
Habilitado com os Cursos de Infantaria, da Academia Militar, Geral de Comando e Estado-Maior e Superior de Comando e Direção, do Instituto de Altos Estudos Militares; possui outros Cursos de que se destacam o de Oficial de Informação Pública do Comando Aliado da Europa da OTAN (Bélgica), o Curso Militar de Direito Internacional dos Conflitos Armados, do Instituto de Direito Humanitário de Sanremo (Itália) e o Diploma de Pós-Graduação em Estudos Europeus da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Ao longo da sua carreira, prestou serviço em várias Unidades e Órgãos do Exército, nomeadamente, no Regimento de Infantaria de nº 3, em Beja, que comandou, e no Estado-Maior do Exército, onde desempenhou o cargo de Chefe da Divisão de Pessoal. Além disso, também desempenhou carg