Nº 2650 - Novembro de 2022
Pessoa coletiva com estatuto de utilidade pública
Uniformes dos Regimentos do Reino e Conquistas – Anno 1791
Prof. Doutor
Pedro Soares Branco

Entre o extenso e valioso acervo da Biblioteca do Exército encontra-se um livro manuscrito, intitulado “Uniformes dos Regimentos do Reino e Conquistas”, de 1791 (fig. 1). Este contém um raríssimo conjunto de ilustrações coloridas, representando os uniformes dos corpos dos reinos de Portugal e do Algarve (fig. 2), do Brasil1 (fig. 3), de Angola e Moçambique (fig. 4) e dos Estados da Índia (fig. 5), bem como dos aspirantes guarda marinha e dos engenheiros. No mesmo volume foram ainda incluídos, em data posterior à do manuscrito original, quatro mapas manuscritos: dois coloridos, referentes aos uniformes dos regimentos metropolitanos (fig. 6) e dos regimentos ultramarinos (fig. 7), outro, infelizmente por colorir2, referente aos uniformes dos regimentos de milícias (fig. 8) e ainda outro, referente à repartição das tropas em junho de 1797. Foram igualmente incluídos três mapas impressos, relativos aos uniformes dos regimentos metropolitanos de 17883 e 17924 e aos uniformes dos regimentos ultramarinos de 17925.

Infelizmente, o livro encontra-se incompleto, faltando-lhe as páginas 1, 2 e 6 (relativas à Corte e Estremadura), 15 e 17 (relativas ao Reino do Algarve), 19 (relativa à Província do Alentejo), 35, 36, 38, 39 e 40 (relativas às Províncias Setentrionais), 51 e 52 (relativas a Pernambuco), 59 (relativa ao Rio de Janeiro), 67 (relativa a Angola e Moçambique), 72 (relativa aos Estados da Índia) e 75 (relativa aos engenheiros). Com excepção desta última, nem sempre é fácil identificar os corpos representados nas páginas em falta. Na Metrópole, estes seriam provavelmente o primeiro e segundo regimentos de infantaria da Corte (páginas 1 e 2, respectivamente), o 2º regimento de infantaria da armada real6 (página 6), o regimento de infantaria de Faro (página 15), o regimento de artilharia do Algarve (página 17), o 2º regimento de infantaria da praça de Elvas (página 19), os regimentos de infantaria de Viana e de Valença (páginas 35 e 36 ou vice-versa), os regimentos de infantaria de Penamacor e de Chaves (páginas 38 e 39 ou vice-versa) e o 1º regimento de infantaria da cidade de Bragança (página 40). Quanto aos corpos ultramarinos7, estes seriam possivelmente o corpo de artilharia da Baía (página 55), o regimento de infantaria do Rio Grande (página 59), o corpo de artilharia de Angola (página 67) e o corpo de artilharia da Índia (página 72). Não foi possível identificar os corpos originalmente representados nas páginas 51 e 52, embora um destes correspondesse, muito provavelmente, ao regimento de infantaria do Recife.

Apesar de se conhecerem, em traços gerais, os uniformes militares portugueses da segunda metade do século XVIII8, os seus talhes e cores continuam a levantar muitas dúvidas. Daqui se depreende a importância deste livro, uma vez que as fontes iconográficas daquele período são raríssimas e é provável que já não exista nenhum uniforme original9. Embora enorme, esta importância pode ainda ser reforçada pela comparação com outro livro manuscrito, conservado na Biblioteca Nacional de Espanha10,11 e que corresponde, com elevadíssima probabilidade, ao alvará de 24 de março de 176412 que estabeleceu os chamados “uniformes do conde de Lippe”13. A comparação dos dois livros permite compreender a evolução dos uniformes militares portugueses ao longo de quase duas décadas, entre 1764, ano atribuível ao livro da Biblio-
teca Nacional de Espanha, e 1791, ano do livro da Biblioteca do Exército. Procedendo a esta comparação, é possível afirmar que em 1791 o talhe dos uniformes (ou, pelo menos, o talhe regulamentar…) era ainda semelhante ao dos “uniformes do conde de Lippe” estabelecidos em 1764. Isto é, por sua vez, determinante para compreender os uniformes militares portugueses da Guerra Peninsular, uma vez que é largamente aceite que os uniformes de 1806 vieram substituir versões tardias dos “uniformes do conde de Lippe”, frequentemente referidos como “de transição”. É provável que estes “uniformes de transição” tenham resultado, em grande parte, da moda. Mas se resultaram também de disposições regulamentares, estas só podem ter sido emitidas entre o ano de 1791 e o plano de uniformes de 19 de maio de 180614.

No que respeita às cores e outras características dos uniformes representados, é extremamente interessante comparar as ilustrações do livro da Biblioteca do Exército e do livro da Biblioteca Nacional de Espanha. Embora as ilustrações comparáveis se restrinjam a 33 corpos15, permitem traçar a evolução dos uniformes destes corpos entre 1764, ano provável do livro da Biblioteca Nacional de Espanha e 1791, ano do livro da Biblioteca do Exército. Deste modo, é possível afirmar o seguinte:

– As combinações de cores da maioria dos corpos é idêntica em 1764 e 1791, com a excepção de 5 corpos: 4 regimentos de infantaria (3º da Corte, de Campo Maior, de Castelo de Vide e de Almeida) e 1 regimento de cavalaria (de Chaves);

– A representação do 3º regimento de infantaria da Corte difere substancialmente em 1764 e em 1791. Em 1764, o regimento é representado com chapéu, casaca azul, com gola, bandas e canhões encarnados e forro branco, gravata preta, véstia branca, calção azul e galões e botões brancos. O uniforme dos tambores é representado com chapéu, casaca encarnada sem bandas, com gola e canhões da mesma cor e forro branco, gravata preta, véstia branca, calção encarnado e galões e botões brancos. Em 1791, o regimento é representado com chapéu, casaca azul com gola azul, bandas e canhões brancos e forro branco, gravata encarnada, véstia branca, calção azul e galões e botões amarelos. Os tambores são representados com chapéu, casaca amarela sem bandas, com gola e canhões da mesma cor e forro branco, gravata encarnada, véstia branca, calção amarelo e galões e botões amarelos (fig. 9).

De realçar que a representação do 3º regimento de infantaria da Corte em 1791 é idêntica (excepto na cor da gravata) à do 2º regimento de infantaria da Corte em 1764. Corresponde também às cores indicadas para o “regimento de infantaria de Alencastre” (que era o 2º da Corte) nos mapas acrescentados ao livro da Biblioteca do Exército, um dos quais será de 1792 e o outro de 1796 ou posterior. Assim sendo, é muito provável que se trate dum lapso e que o corpo representado em 1791 fosse efectivamente o 2º regimento de infantaria da Corte:

– A representação do regimento de infantaria de Campo Maior difere na cor das golas, bandas, canhões e forros, azul em 1764 e encarnada em 1791 (fig. 10). No entanto, a representação de 1764 corresponde à dos mapas acrescentados ao livro da Biblioteca do Exército (um dos quais será de 1792 e o outro de 1796 ou posterior), excepto na cor do forro, que ambos os mapas indicam ser encarnado. Assim sendo, é muito provável que a cor encarnada atribuída em 1791 ao forro tenha correspondido a uma efectiva alteração destes uniformes, mas que a atribuição dessa mesma cor encarnada à gola, bandas e canhões tenha resultado dum lapso e que estas fossem, na realidade, azuis;

– A representação do regimento de infantaria de Castelo de Vide difere na cor das bandas, azuis em 1764 e brancas em 1791. No entanto, a representação de 1764 corresponde à dos mapas acrescentados ao livro da Biblioteca do Exército, um dos quais será de 1792 e o outro de 1796 ou posterior. Assim sendo, é muito provável que a cor branca atribuída em 1791 às bandas resulte dum lapso e estas fossem, na realidade, azuis;

– A representação do regimento de infantaria de Almeida16 difere na cor da gola e dos canhões, amarela em 1764 e encarnada em 1791, bem como na cor das bandas, azuis em 1764 e encarnadas em 1791 (fig. 11). A representação de 1791 corresponde à dos mapas acrescentados ao livro da Biblioteca do Exército, um dos quais será de 1792 e o outro de 1796 ou posterior. Assim sendo, é muito provável que a cor encarnada atribuída em 1791 à gola, bandas e canhões resulte da modificação, numa data indeterminada, dos uniformes atribuídos a este regimento em 1764;

– A representação do regimento de cavalaria de Chaves difere na cor da gola, canhões e forro, cor de canela em 176417 e encarnada em 1791 (fig. 12). Nos mapas acrescentados ao livro da Biblioteca do Exército, a cor atribuída à gola, canhões e forro é também encarnada, no que será de 1792 e cor de canela, no de 1796 ou posterior. Assim sendo, é possível que esta alteração de cores tenha sido proposta, mas não concretizada, ou que tenha sido concretizada, mas posteriormente revertida;

– Os uniformes dos oficiais de infantaria e artilharia diferem sistematicamente pela representação, em 1791, de gola de serviço, da mesma cor dos galões e botões. De referir que este artigo de uniforme não surge em qualquer das ilustrações do livro da Biblioteca Nacional de Espanha;

– Os uniformes dos oficiais e praças de pré de infantaria, cavalaria e artilharia diferem na representação de dragonas. Esporádica em 1764, esta torna-se praticamente constante em 179118;

– Os uniformes dos oficiais e praças de pré de cavalaria diferem sistematicamente pela representação, em 1791, de pasta (sabretache). Para oficiais e oficiais inferiores, esta é representada na cor do forro da casaca, com correias da mesma cor; para soldados, é representada em cor preta, com correias em cor de camurça idêntica à do cinto;

– Os uniformes dos oficiais e praças de pré de cavalaria diferem sistematicamente na representação dos talabartes. Em 1764, estes são representados, para oficiais e oficiais inferiores em cor de camurça com orlas guarnecidas, aparentemente a ouro ou prata19 e para os soldados em branco. Em 1791, os talabartes são representados, para oficiais e oficiais inferiores, na mesma cor da pasta, com orlas guarnecidas, aparentemente a ouro ou prata20 e para os soldados em cor de camurça idêntica à do cinto.

Em conclusão, é legítimo afirmar que o livro “Uniformes dos Regimentos do Reino e Conquistas”, bem como os mapas que lhe foram acrescentados, proporcionam informação de grande relevância para a uniformologia militar portuguesa da 2ª metade do século XVIII. Embora existam indícios de alguns lapsos nas suas ilustrações, uma análise devidamente enquadrada permite sustentar conclusões importantes:

– O talhe dos “uniformes do conde de Lippe”, semelhante para os corpos metropolitanos e ultramarinos, manteve-se formalmente inalterado entre 1764 e 1791;

– As cores dos uniformes de muitos corpos mantiveram-se inalteradas entre 1764 e, pelo menos, 1796. No entanto, foram modificadas, pelo menos, num regimento de infantaria e também, possivelmente, num regimento de cavalaria.

 

Bibliografia

Alvará, por que Vossa Magestade há por bem dar nova forma aos Fardamentos do Exército, estabelecendo o modo, pelo qual se lhes devem fazer prontos a seus devidos tempos; na maneira acima declarada. [s.l.]: Na Oficina de António Rodrigues Galhardo, 1764.

Bacalhau, Marisa – Os Regimentos da Europa na Reconquista do Rio Grande do Sul. Porto: Fronteira do Caos, 2012. ISBN 978-989-8070-95-1.

Divisas de los Regimientos de Infantería y Caballería del Reyno de Portugal. Manuscrito. Disponível em: http://www.bne.es/es/Catalogos/BibliotecaDigitalHispanica/ Inicio/index.html

Livro Iluminado e Calculado dos Fardamentos do Exército. Suas quantidades, qualidades, medidas, cores e divisas, precedido do Alvará de 24 de Março de 1764. [s.l.]: Exército Português. Direcção de História e Cultura Militar. Biblioteca do Exército, [s.d.].

Mapa das Cores dos Uniformes de todos os Regimentos do Ultramar. Manuscrito. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].

Mappa Geral das Tropas de Sua Magestade Fidelíssima. Manuscrito. [s.l.]: [s.n.], circa 1796.

Regimentos de Milicias. Manuscrito. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].

Mappa das Côres dos Uniformes de Todos os Regimentos de Infantaria, Artilheria e Cavallaria do Ultramar. [s.l.]: [s.n.], 1792 (?).

Mappa das Côres dos Uniformes de todos os Regimentos do Ultramar. Manuscrito. [s.l.]: [s.n.], circa 1796.

Mappa dos Uniformes dos Regimentos do Reino. [s.l.]: [s.n.], 1788 (?).

Mappa dos Uniformes dos Regimentos do Reino. [s.l.]: [s.n.], 1792 (?).

Plano para os Uniformes do Exército. Lisboa: Impressão Régia, 1806.

Repartição das Tropas de S.ª Mag.e Fidel.ª em Mez do Junho de 1797. Manuscrito. [s.l.]: [s.n.], 1797.

Soares Branco, Pedro – Uniformes do Exército Português, 1764. Porto: Fronteira do Caos, 2017. ISBN 978-989-8647-95-5.

Uniformes dos Regimentos do Reino e Conquistas. [s.l.]: [s.n.], 1791.


 


Figura 1: Frontispício do livro “Uniformes dos Regimentos do Reino e Conquistas”, do ano de 1791.


Figura 2: 1º Regimento de infantaria da praça de Elvas. Todos os uniformes são representados com dragonas, tal como sucede na quase totalidade das restantes ilustrações. O oficial é representado com gola de serviço, tal como sucede na totalidade das ilustrações relativas a corpos de infantaria e artilharia.


Figura 3: Regimento de artilharia do Rio de Janeiro.


Figura 4: Regimento de infantaria de Moçambique.


Figura 5: Regimento de cavalaria da guarda do vice-rei dos estados da Índia.


Figura 6: “Mapa Geral das Tropas de Sua Majestade Fidelíssima”, circa 1796.

O mapa inclui a legião de tropas ligeiras, criada por decreto de 7 de agosto de 1796.


Figura 7: “Mapa das Cores dos Uniformes de todos os Regimentos do Ultramar”, circa 1796.


Figura 8: Uniformes dos regimentos de milícias. À excepção dum pequeno apontamento, relativo aos privilegiados de Malta, o mapa não foi infelizmente colorido.


Figura 9: 3º regimento de infantaria da Corte. Na realidade, o regimento representado é muito provavelmente o 2º regimento de infantaria da Corte, também designado “regimento de Albuquerque”, circa 1888, e “regimento de Alencastre”, circa 1792.


Figura 10: Regimento de infantaria de Campo Maior. A gola, bandas e canhões seriam azuis. A atribuição da cor encarnada resulta provavelmente dum lapso.


Figura 11: Regimento de infantaria de Almeida. A cor encarnada da gola, bandas e canhões resulta da alteração dos uniformes de 1764, que tinham gola e canhões amarelos e bandas azuis.


Figura 12: Regimento de cavalaria de Chaves. O oficial é representado com talabarte encarnado, com orlas douradas e pasta (sabretache) de cor encarnada. O oficial inferior apresenta artigos semelhantes, embora as orlas do talabarte fossem provavelmente numa cor de ouro mais pobre.

 

 

___________________________________

1 Estes não incluem os 3 regimentos enviados para o Brasil em 1765. Os regimentos de Estremoz e de Moura estão representados entre os corpos metropolitanos (páginas 21 e 22). O 1º regimento de infantaria de Bragança estaria igualmente nesse conjunto (página 40, em falta).

2 Apenas foi realizada, em parte, a coloração relativa aos uniformes dos privilegiados de Malta.

3 Datado de 1788, segundo nota manuscrita.

4 Pertencente ao Almanaque de Lisboa de 1792, segundo nota manuscrita.

5 Datado de 1792, segundo nota manuscrita.

6 Não é clara a designação deste corpo em 1791. De referir que o 1º regimento da armada real é designado, neste mesmo livro, como “regimento de infantaria da Corte 1º da armada real”.

7 A artilharia ultramarina não se encontraria necessariamente organizada em regimentos, pelo que se optou pela designação genérica de “corpo de artilharia”.

8 Este reflectia o trajo elegante da época, sendo constituído por casaca, véstia e calção, usado habitualmente com chapéu, meias e sapatos. Nos corpos de cavalaria, o chapéu podia ser substituído por um capacete e as meias e sapatos eram habitualmente substituídas por botas de cano.

9 Deste período existirão apenas alguns artigos originais, desirmanados e dispersos por um número muito restrito de colecções públicas e particulares.

10Divisas de los Regimientos de Infantería y Caballería del Reyno de Portugal. Disponível em: http://www.bne.es/es/Catalogos/BibliotecaDigitalHispanica/ Inicio/index.html

11A comparação refere-se, obviamente, aos uniformes metropolitanos e não aos ultramarinos. Estes podem ser comparados no âmbito do livro da Biblioteca do Exército resultando desta comparação que, salvo pela mudança de cores, eram muito semelhantes.

12Alvará, por que Vossa Magestade há por bem dar nova forma aos Fardamentos do Exército, estabelecendo o modo, pelo qual se lhes devem fazer prontos a seus devidos tempos; na maneira acima declarada. [s.l.]: Na Oficina de António Rodrigues Galhardo, 1764.

13O Exército Português entendeu publicar, em 2021, o “Livro Iluminado e Calculado dos Fardamentos do Exército” que inclui um “fac-simile” do livro da Biblioteca Nacional de Espanha, consagrando a hipótese de ser este o livro “dos uniformes do Conde de Lippe” (cf. Livro Iluminado e Calculado dos Fardamentos do Exército. Suas quantidades, qualidades, medidas, cores e divisas, precedido do Alvará de 24 de Março de 1764. [s.l.]: Exército Português. Direcção de História e Cultura Militar. Biblioteca do Exército, [s.d.]).

14Plano para os Uniformes do Exército. Lisboa: Impressão Régia, 1806.

15Como é óbvio, não se podem comparar ilustrações desaparecidas do livro da Biblioteca do Exército, nem ilustrações do livro da Biblioteca do Exército relativas a corpos que não constam no livro da Biblioteca Nacional de Espanha.

16Designado como “regimento de infantaria da praça de Almeida”, em 1764, e como “regimento de infantaria da praça da cidade de Almeida”, em 1791.

17Referida no livro da Biblioteca Nacional de Espanha como “cor de canela claro”, para golas e canhões e “cor de canela”, para forros.

18A única excepção, que poderá dever-se a um lapso, é o soldado do regimento de cavalaria da praça de Moura.

19Para oficiais inferiores, esta guarnição seria possivelmente num fio mais pobre, de cor de ouro ou de cor de prata.

20Idem.

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2023-02-28
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Prof. Doutor

Pedro Soares Branco

Doutorado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas/NOVA Medical School. Médico Especialista em Medicina Física e de Reabilitação, com Competência em Geriatria.

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by COM Armando Dias Correia