Nº 2477/2478 Junho/Julho de 2008
Pessoa coletiva com estatuto de utilidade pública
Crónicas Bibliográficas
À Frente do Tempo
pelo Tenente Coronel Piloto Aviador
João José Brandão Ferreira
 
A Editora Prefácio publicou a obra À Frente do Tempo, da autoria do Tenente Coronel Piloto Aviador João José Brandão Ferreira, uma compilação de textos escritos em diferentes órgãos de comunicação social civis e militares, entre 1978 e 2004, abordando diversificadas questões nos domínios da política, defesa e segurança, forças armadas e sociologia militar, estratégia, geopolítica e geoestratégia, história e sociedade.
 
Numa centena de escritos, sustentados por um inconformismo permanente, ao longo de vinte e cinco anos, o Tenente Coronel Brandão Ferreira, que também é Sócio da Revista Militar, presta um saudável contributo à historiografia hodierna, trazendo à colação as inúmeras referências factuais e as notas explicativas de que se socorre, bem como a enumeração dos valores patrióticos que exalta, com veemência.
 
Num estilo de esperança quanto ao futuro, o autor expressa, designadamente, na frase pessoana com que finaliza a introdução do livro - “tudo vale a pena se a alma não é pequena” - e no epílogo da obra - “confiamos que haverá portugueses suficientes para levarem o estandarte de Portugal por diante.”
 
A Revista Militar felicita a publicação, que foi prefaciada pelo General José Lemos Ferreira, considerando que a mesma constitui um bom instrumento de trabalho para quem se debruça sobre os temas abordados, e agradece a sua oferta.
 
Adelino de Matos Coelho
Major General. Sócio Efectivo da Revista Militar
 
 
Quinze Batalhas
Decisivas da Humanidade
De Maratona a Waterloo
 
Esta obra, da autoria do historiador inglês Edward Shepherd Creasy. foi traduzida por Miguel Mata a partir da primeira edição publicada em Londres em 1851, apresentada por Edições Sílabo, inclui pormenorizado Prefácio do professor José M. H. Varandas.
 
No seu oportuno Prefácio, o investigador do Centro de História e professor das disciplinas história militar da antiguidade, história militar medieval e história da marinha, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, salienta a “revalorização do estudo sobre a guerra”, diz nos que “A história militar não se pode circunscrever aos modelos políticos, antes deve procurar respostas nos processos sociais, económicos, políticos e culturais.” e termina as suas dez páginas com, “Ponto de chegada de um processo mental específico da Europa de Oitocentos, os minuciosos modelos descritivos de quinze batalhas travadas no espaço da Europa contra inimigos internos e estrangeiros, valem para uma nova ‘história militar’ pela forma como a batalha e os seus diversos aspectos podem servir para a explicação cultural do exercício da violência organizada.”
 
Para além do rigor e do seu aspecto literário, esta obra de 1851, da autoria do Professor de história moderna e antiga da Universidade de Londres, Edward Creasy, é dos mais influentes trabalhos de história militar orientado para perspicaz análise da liderança e da táctica, conceitos e doutrinas estudados pelos líderes militares da actualidade.
 
O livro está organizado com Prefácio actual do Prof José Varandas (Outubro de 2006); Prefácio do autor, Professor Edward Creasy (26 de Junho de 1851); A Batalha de Maratona (490 anos antes de Cristo); A Derrota dos Atenienses em Siracusa (413 anos antes de Cristo); A Batalha de Arbela (331 anos antes de Cristo); A Batalha do Metauro (207 anos antes de Cristo); A Vitória de Armínio sobre as Legiões Romanas de Varo (9 anos depois de Cristo); A Batalha de Châlons (451 anos depois de Cristo); A Batalha de Tours (732); A Batalha de Hastings (1066); A Vitória de Joana d’Arc sobre os Ingleses em Orleães (1429); A Derrota da Invencível Armada (1588); A Batalha de Blenheim (1704); A Batalha de Poltava (1709); A Vitória dos Americanos sobre Burgoyne em Saratoga (1777); A Batalha de Valmy (1792) e a Batalha de Waterloo (1815).
 
O conteúdo das quinze batalhas decisivas mostra bem que, por um ou outro motivo, mudaram o curso da história, principal razão do seu estudo pelas gerações passadas e actual curiosidade por parte das ciências militar, empresarial e política, e, ainda, pelo sofisticado mundo do desporto, tendo em vista a preparação das actuais lideranças de todos aqueles âmbitos.
 
A Revista Militar agradece a “Edições Sílabo”, colecção “Clássicos do Pensamento Estratégico”, o exemplar enviado para a sua Biblioteca e felicita a Editora por mais esta contribuição para “A Estratégia ao serviço da política, da guerra e das empresas”, protagonizada com este clássico do pensamento estratégico.
 
António de Oliveira Pena
Coronel, Director Gerente do Executivo da Direcção da Revista Militar
 
Coronel
António de Oliveira Pena
Major-general
Adelino de Matos Coelho
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2008-12-19
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António de Oliveira Pena

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Adelino de Matos Coelho

Habilitado com os Cursos de Infantaria, da Academia Militar, Geral de Comando e Estado-Maior e Superior de Comando e Direção, do Instituto de Altos Estudos Militares; possui outros Cursos de que se destacam o de Oficial de Informação Pública do Comando Aliado da Europa da OTAN (Bélgica), o Curso Militar de Direito Internacional dos Conflitos Armados, do Instituto de Direito Humanitário de Sanremo (Itália) e o Diploma de Pós-Graduação em Estudos Europeus da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Ao longo da sua carreira, prestou serviço em várias Unidades e Órgãos do Exército, nomeadamente, no Regimento de Infantaria de nº 3, em Beja, que comandou, e no Estado-Maior do Exército, onde desempenhou o cargo de Chefe da Divisão de Pessoal. Além disso, também desempenhou carg

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