Hinos Patrióticos e Militares Portugueses
Três oficiais do Exército - Coronel Alberto Ribeiro Soares, Tenente-coronel Pedro Alexandre Marquês de Sousa e Major Manuel Joaquim Ferreira da Costa - tomaram a peito a reunião de quase três centenas de hinos e marchas de cariz marcial, num reportório que abrange obras dos séculos XIX e XX, “circunscrito aos hinos militares, assim considerando aqueles que se caracterizam por uma cadência marcial, aptos a uma função militar.”
Organizadas com pormenor, em resultado de pesquisas aturadas, as fichas dos “hinos” e “marchas” incluem, entre outros aspectos, os títulos, nomes dos autores das músicas e das letras e anos da primeira exibição e transcrevem as letras e extractos das partituras. A facilidade de consulta da obra é conseguida pela organização dos correspondentes índices: cronológico, alfabético-musical (inédito, ordenado pelo primeiro verso da poesia, com a correspondente frase musical), onomástico, geográfico e geral.
No início da obra, que será uma referência para os estudiosos da Música Militar Portuguesa, encontra-se um aspecto organizativo, muito peculiar, traduzido pela correlação das peças musicais com épocas da História de Portugal, desde 1799 aos dias de hoje: Reacção da Monarquia Portuguesa à Revolução Francesa (1799 a 1816), Revolução Liberal em Portugal (1818 a 1822), Independência do Brasil (1822 a 1826), Recuperação absolutista de D. Miguel (1826 a 1828), Guerra Civil entre Liberais e Absolutistas (1828 a 1834), Vitória do Liberalismo (1834 a 1853), Regeneração (1851 a 1889), Imperialismo e nacionalismo (1851 a 1889), Estado Novo (1928 a 1960), Esforço de Manutenção do Império (1974 a 1961) e Revolução do 25 de Abril (1974).
A Revista Militar felicita a oportunidade desta publicação, editada pela “Maisimagem”, Lda., com o apoio do Estado-Maior do Exército, da Comissão Portuguesa de História Militar e do Banco Santander-Totta, e agradece o volume ofertado pelos autores.
Major-general Adelino de Matos Coelho
Director-Gerente da Revista Militar
Métodos e Escolas de Fortificação Abaluartada em Elvas
O Prof. Doutor Domingos Bucho é historiador, doutorado em Conservação do Património Arquitectónico pela Universidade de Évora, especialista nas temáticas da arquitectura militar e das cidades amuralhadas, e tem evidenciando o seu trabalho na docência, nomeadamente, no Instituto Politécnico de Portalegre, na Universidade de Évora e na Universidade de Andalucia, em trabalhos publicados e na coordenação de processos de candidatura a património mundial da UNESCO.
Na sua recente obra, uma publicação bilingue (português e inglês), das “Edições Colibri”, o Prof. Doutor Domingos Bucho aborda valores patrimoniais relevantes que podem justificar a candidatura de Elvas a Património Mundial, no quadro de referências da UNESCO, a partir de uma profunda investigação e com o estudo minucioso dos elementos recolhidos.
Relevando factores essenciais ao conhecimento do estudo da arquitectura militar, no âmbito do ensino e no domínio da fortificação abaluartada, com incidência em Elvas, o autor estabelece a relação com a “escola de fortificação holandesa”, analisa o confronto de opções dos engenheiros Joannes Cieremans (mais conhecido em Portugal como João Pascácio Cosmander) e Samuel Marolois, compara a irregularidade geométrica do Forte de Santa Luzia com os efeitos conseguidos de defesa militar e aborda, de uma forma muito compreensível, a concepção do Forte da Graça.
A concluir o seu livro, o Prof. Doutor Domingos Bucho considera que Elvas, “além de ser um exemplo de património mundial construído, com valor cultural mundial, é, também, a mais importante «mãe» do maior conjunto de fortificações modernas alguma vez construído no mundo por qualquer dos países europeus.”
A Revista Militar felicita a iniciativa desta publicação que, sem dúvida, constituirá uma referência para os estudiosos da Arquitectura e da Fortificação Militar em Portugal, e agradece o volume ofertado pelo autor.
Major-general Adelino de Matos Coelho
Director-Gerente da Revista Militar