Nº 2531 - Dezembro de 2012
Pessoa coletiva com estatuto de utilidade pública
Crónicas Militares Nacionais
Tenente-coronel
Miguel Silva Machado

Reorganização dos comandos NATO em Portugal

Realizou-se em Oeiras, no passado dia 18 de dezembro de 2012, a cerimónia de desativação do Allied Joint Force Command Lisbon (JFC Lisbon), mantendo-se em território nacional o Joint Analysis and Lessons Learned Centre (JALLC), em Monsanto/Lisboa e o recentemente ativado, também em Oeiras, Naval Striking and Support Forces NATO (STRIKFORNATO). Previsto, mas sem data anunciada, está a transferência para Portugal da NATO Communications and Information School (NCISS).

Estas mudanças foram decididas pela Aliança Atlântica durante a Cimeira de Lisboa de 2010, e posteriormente detalhadas em 2011, pelos ministros da defesa dos países da OTAN, tendo-se reduzido o número de quartéis-generais da Aliança de 11 para 7 com uma redução de efetivos de 35% (de 13000 para 8880 no conjunto destas estruturas de comando e estado-maior).

A STRIKEFORNATO que já funciona em Oeiras, desde agosto de 2012, é constituída por cerca de 120 militares de 11 países, dos quais cerca de uma dúzia são portugueses.

O primeiro Quartel-General da OTAN em Portugal foi ativado em 1967, perto de Sintra, a título provisório, o COMIBERLANT, comando do Iberian Atlantic Command (IBERLANT). Em 1971 mudou-se para as novas instalações no Reduto Gomes Freire, em Oeiras, e em 1982 alterou a designação para CINCIBERLANT, “subindo” de importância. Em 1999, novamente “a aumentar” de importância, passa a Regional Headquarters South Atlantic – CINCSOUTHLANT. Em 2004, mudou novamente para Allied Joint Command Headquarters Lisbon (JC Lisbon), que agora foi extinto.

 

Ministro da Defesa Nacional não visita Forças Destacadas no Natal

Ao contrário do que é habitual, o Ministro da Defesa Nacional não visitou este ano de 2012, no período do Natal, as Forças Nacionais Destacadas. Optou antes por reunir em S. Julião da Barra um conjunto de militares veteranos destas missões, ao mesmo tempo que mantinha um contato público com os teatros de operações do Afeganistão, Kosovo e Somália, através de videoconferência. A razão desta opção foi, segundo o próprio Ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, “a poupança de uns milhares de euros”.

 

Crónicas Militares Nacionais, passagem de testemunho

Termina aqui, em dezembro de 2012, a minha colaboração nesta secção da Revista Militar. Assumi este encargo em Fevereiro de 1998 e assim, ininterruptamente, foram 15 anos de crónicas em que apenas um ou outro número temático não as incluiu, por decisão da direção. Cumpri com gosto esta missão, para a qual o então Diretor-Gerente, Coronel Alberto Ribeiro Soares, me convidou e quero publicamente agradecer a confiança depositada no trabalho que fui apresentando mês após mês, ano após ano, pelas sucessivas direções e pelas pessoas com as quais tive o privilégio de trabalhar diretamente neste âmbito: Tenente-general José Lopes Alves e Coronel Alberto Ribeiro Soares; General Gabriel Augusto do Espirito Santo e Coronel António de Oliveira Pena; General José Luís Pinto Ramalho e Major-general Adelino de Matos Coelho.

Espero ter levado “a carta a Garcia” e contribuído com noticias fidedignas e rigorosas para que já hoje, mas sobretudo no futuro, seja possível ao leitor interessado olhar para trás e ter noção do que de importante no meio militar se passou em Portugal e com as Forças Nacionais Destacadas.

A todos os consócios, que de viva voz me manifestaram ao longo destes anos a sua opinião sobre aquilo que ia sendo publicado, os meus maiores agradecimentos. Esta foi sempre a principal motivação, saber que era lido.

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2013-03-10
1217-1218
1911
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by COM Armando Dias Correia