A edição do Jornal de Letras, de 20 de Agosto de 2014, dedica oito páginas ao tema «A I Guerra Mundial na cultura portuguesa».
Considerando o acontecimento histórico como o “início de uma nova Era que mudou a geopolítica internacional e teve um enorme impacto em todos os países envolvidos no conflito”, o Jornal de Letras “em ano de centenário, recorda a sua presença na cultura portuguesa: na literatura, jornalismo, artes plásticas e música”, com a publicação de um “dossier” coordenado pela Prof. Doutora Maria Fernanda Rollo, historiadora, professora universitária, responsável pelo portal “Portugal 1914-18” (www.portugal1914.org) e diretora do Instituto de Historia Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (IHC/FCSH/UNL).
Os textos apresentados, cujos autores se indica, são os seguintes:
– O Mundo é de quem não sente», Maria Fernanda Rollo;
– «Escritores da guerra: da Renascença ao modernismo», Ricardo Revez;
– «O conflito na opinião pública: a voz dos intelectuais», Luis Augusto Costa Dias;
– «Imprensa militar: no centro da informação», José Luis Assis;
– «Jornalismo de Guerra: Entre a censura e a propaganda», Noémia Malva Novais;
– «A pintura na frente de batalha: Cenários apocalípticos», Carlos Silveira;
– «Banda desenhada: Uma vitória aos quadradinhos», Cristina Gouveia;
– «A música popular: Cantar a desgraça», Pedro Félix.
Neste conjunto de artigos publicados, o texto de José Luis Assis (também colaborador da Revista Militar) destaca o papel da “generalidade da imprensa periódica militar” durante o conflito mundial, referindo que a Revista Militar, “sem dúvida o mais interessante periódico militar, dedicou à IGM um espaço relativamente contido se comparado com outros temas, com uma grande parte dos textos focalizados na Guerra no sul de Angola, na intervenção de Portugal no conflito europeu, nos estudos comparativos entre o poder naval inglês e alemão e na guerra de trincheiras, tendo acompanhado ainda, tal como a Revista de Artilharia, o progresso técnico e cientifico desencadeado pela guerra ao nível dos submarinos, dos aeroplanos e dos hospitais, mas também da medicina, da saúde militar e do transporte de doentes e feridos dos campos de batalha para os hospitais de retaguarda (pp. 8-9)”.
A Revista Militar cumprimenta os autores e felicita o Jornal de Letras pela publicação deste “dossier” que constitui uma forma sensível e muito digna de evocar e homenagear a memória de quantos sofreram e morreram no Conflito Mundial que ocorreu nos teatros de operações africano e europeu.
Major-general Adelino de Matos Coelho
Diretor-Gerente da Revista Militar
Habilitado com os Cursos de Infantaria, da Academia Militar, Geral de Comando e Estado-Maior e Superior de Comando e Direção, do Instituto de Altos Estudos Militares; possui outros Cursos de que se destacam o de Oficial de Informação Pública do Comando Aliado da Europa da OTAN (Bélgica), o Curso Militar de Direito Internacional dos Conflitos Armados, do Instituto de Direito Humanitário de Sanremo (Itália) e o Diploma de Pós-Graduação em Estudos Europeus da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Ao longo da sua carreira, prestou serviço em várias Unidades e Órgãos do Exército, nomeadamente, no Regimento de Infantaria de nº 3, em Beja, que comandou, e no Estado-Maior do Exército, onde desempenhou o cargo de Chefe da Divisão de Pessoal. Além disso, também desempenhou carg